Projeto prevê a compra de 750 toneladas de 73 agricultores familiares do Nordeste de Goiás

Em Goiás, cerveja de mandioca vai movimentar economia local de 19 municípios

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O produtor rural Jemir Pinto, de Buritinópolis, é um dos cadastrados pelo Governo de Goiás para participar do projeto de produção de cerveja a partir da fécula de mandioca (Foto: Emater)

O Governo de Goiás, por meio da Secretaria da Retomada, anuncia que serão 19 municípios atendidos pelo projeto da cerveja regional feita a partir da fécula de mandioca adquirida de pequenos produtores do Nordeste goiano. O trabalho, que visa fomentar a renda de agricultores familiares, conta com a parceria da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa) e da Agência Goiana de Assistência Técnica, Extensão Rural e Pesquisa Agropecuária (Emater).

Os produtores já cadastrados no programa são de Cavalcante, Flores de Goiás, Posse, Buritinópolis, Alto Paraíso de Goiás, Terezina de Goiás e Simolândia. Uma equipe da Emater realiza nos próximos dias um levantamento da oferta de mandioca em propriedades de agricultores de Alvorada do Norte, Campos Belos, Damianópolis, Divinópolis de Goiás, Guarani de Goiás, Iaciara, Mambaí, Monte Alegre de Goiás, Nova Roma, São Domingos, São João d’Aliança e Sítio d’Abadia.

O projeto da cerveja regional atenderá pelo menos 73 pequenos produtores rurais, de acordo com o relatório de cadastro do dia 22 de setembro. A previsão atual é de que a Ambev compre 340 toneladas do produto na primeira fase, em Cavalcante, Posse, Flores de Goiás e Buritinópolis. A empresa, que vai produzir a bebida na fábrica de Anápolis, pretende adquirir cerca de 750 toneladas do alimento até o final de 2020.

O secretário da Retomada, César Moura, cita o projeto da cerveja regional de mandioca como um exemplo da determinação do governador Ronaldo Caiado de priorizar as ações de Estado aos goianos de regiões mais vulneráveis e mais atingidas pela pandemia de Covid-19. “Uma de nossas principais missões é criar as conexões necessárias para levar desenvolvimento, emprego e renda à população que mais precisa da ajuda do Estado, visando o avanço da economia, sem deixar de se preocupar com a questão social”, justifica César. Para ele, a aquisição de mandioca de agricultores familiares da região Nordeste cumpre o papel de garantir renda, desenvolver a economia local e levar dignidade aos produtores rurais.

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A sinergia entre as pastas do Governo de Goiás foi outro ponto lembrado por César Moura como fator de sucesso do projeto de cerveja de mandioca. “Atuar de forma conjunta é uma das características que fazem desta ação uma iniciativa de grande relevância para a retomada econômica e social do Estado. A identificação de oportunidades feita pela Retomada, o apoio logístico, de pesquisa e a formalização da participação dos produtores, por parte da Seapa e da Emater, comprovam esta sintonia e a combinação de esforços, atitudes presentes em todas as realizações da Secretaria da Retomada”, declara.

O secretário de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Antônio Carlos de Souza Lima Neto, destaca que o Governo de Goiás tem buscado apoiar e fomentar o desenvolvimento agropecuário em todas as regiões do Estado, especialmente nos locais de maior vulnerabilidade social. “Seguindo a orientação do governador Ronaldo Caiado, temos conseguido atender os produtores que mais precisam de suporte neste momento. Nossa vocação agropecuária, aliada às políticas públicas de desenvolvimento regional, faz com que Goiás alcance resultados significativos, tanto em relação à demanda interna quanto externa”, informa.

O titular da Seapa ressalta ainda que a parceria firmada entre o Estado e a Ambev trará benefícios não apenas para aqueles que integram a cadeia da mandioca em Goiás, mas também para outros setores da economia. “A iniciativa visa gerar emprego e renda, fundamentais para o projeto de retomada do Estado de Goiás. Com o sucesso do trabalho conjunto, a demanda deve ser aumentada e produtores de outros municípios goianos poderão ser cadastrados futuramente, ampliando a comercialização e a movimentação do comércio nesses locais”, acrescenta.

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Para o presidente da Emater, Pedro Leonardo de Paula Rezende, a aquisição dos produtos da agricultura familiar pela Ambev resolve um dos grandes entraves, que é a questão da comercialização. “Muitas vezes os produtores têm o conhecimento prático, a expertise para produzir, mas têm dificuldade no momento de vender os seus produtos. A parceria entre a Ambev e o Governo do Estado de Goiás, por meio da Secretaria da Retomada, tem o objetivo de resolver este problema e levar desenvolvimento e renda aos produtores da Região Nordeste”, comenta.

A equipe de técnicos da Emater contribui com o projeto realizando o cadastramento dos produtores, o mapeamento das áreas com potencial para fornecer esses produtos, acompanhamento de todo o processo produtivo. “Outra missão desta iniciativa do Governo de Goiás é oportunizar ao maior número possível de pequenos produtores familiares a possibilidade de ter a melhoria na renda e na qualidade de vida através da venda dos seus produtos dentro dessa parceria com a Ambev.

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Municípios com produtores já cadastrados no projeto da cerveja de mandioca

Alto Paraíso – 27 produtores

Buritnópolis – 3 produtores

Cavalcante – 17 produtores (sendo 13 kalungas)

Flores de Goiás – 7 produtores

Posse – 11 produtores

Terezina de Goiás – 7 produtores (todos kalungas)

Simolândia – 1 produtor

Total = 73 produtores até o dia 21 de setembro

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ECONOMIA

Valorização de títulos americanos eleva dólar no Brasil, diz professor

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A manutenção dos juros altos e a valorização dos títulos públicos nos Estados Unidos estão entre as principais razões para a alta do dólar no Brasil. A avaliação é do professor de finanças da Escola de Administração de Empresas de São Paulo da Fundação Getulio Vargas (FGV), Renan Pieri.

“A alta do dólar tem relação com a valorização dos títulos públicos americanos, muito no cenário de manutenção de juros altos nos Estados Unidos, com a expectativa de um momento mais difícil na eleição [presidencial], também por conta do mercado aquecido lá. Os juros mais altos, essa rentabilidade maior dos títulos americanos, atrai capital para lá e tira dinheiro do Brasil”, disse.

A cotação do dólar comercial fechou nesta terça-feira (2) a R$ 5,665, com pequena alta de 0,22%. A moeda norte-americana continua no maior nível desde 10 de janeiro de 2022, quando fechou a R$ 5,67. O dólar acumula alta de 16,8% em 2024.

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Questões internas

Parte da alta do dólar deve-se a questões internas, como a expectativa do mercado financeiro sobre o anúncio de medidas de corte de gastos para o orçamento de 2025 e do contingenciamento de verbas públicas para o orçamento deste ano.

“A questão fiscal do Brasil faz com que o mercado comece a acreditar que o governo vai ter muita dificuldade de cumprir o novo arcabouço fiscal, o método de superávit primário, e portanto passa a cobrar um prêmio maior para manter os investimentos aqui”, ressalta Pieri.

De acordo com ele, se esse “prêmio” não se traduzir em juros mais altos, haverá saída de capital do país. “Saída de capital do país significa que os investidores acreditam menos no futuro do Brasil no longo prazo”.

Jogo político

Segundo a professora de economia política da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Maria Malta, a elevação do preço do dólar se relaciona, entre outras coisas, com a queda de braço que os grandes bancos e instituições financeiras estão fazendo para influenciar a decisão sobre o próximo presidente do Banco Central.

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“O que está havendo é um jogo político pré-eleitoral em um contexto de avanço da extrema-direita no mundo. Neste jogo, o setor financeiro pretende obter uma parte ainda maior das rendas do país e ampliar seu poder e riqueza”, destacou.

Ela acrescenta que, para a estrutura econômica brasileira, a desvalorização do real melhora a situação do país “em termos de exportações, juros mais baixos diminuem os custos internos da dívida pública e estimulam a tomada do crédito produtivo”.

Fonte: EBC Economia

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