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Em Goiás, homem é suspeito de se passar por advogado e liberar suspeito de tráfico da prisão durante audiência de custódia

O profissional teve seus dados usados ilegalmente registrou boletim de ocorrência em Aparecida de Goiânia. O crime é investigado pela PC como falsidade ideológica.

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Um homem é suspeito de se passar por um advogado para liberar um suspeito de tráfico de drogas da prisão durante uma audiência de custódia em Aparecida de Goiânia. O profissional que teve os dados usados pelo golpista registrou um boletim de ocorrência e a Polícia Civil (PC) tenta identificar o falso advogado.

Conforme a PC, um homem foi à delegacia no último dia 16 dizendo que era advogado de um suspeito de tráfico de drogas e acompanhou a prisão em flagrante. Depois, ainda se passando por defensor, pediu ajuda a uma outra profissional que não conhecia para atuar no caso.

Para convencer a mulher, disse que era advogado, mas não tinha experiência na área criminal. Caso ela ajudasse, dividiria o suposto dinheiro que receberia.

“Ele falou: ‘doutora, a senhora não quer me auxiliar não, ajudar nessa custódia?’. Eu falei que ajudava, fiz o acompanhamento na delegacia, ele se apresentou como advogado e eu acompanhei. Depois fiz uma procuração no nome de nós dois e nós fizemos a audiência”, disse a advogada Elicedna Sateles Bastos.

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O suspeito por tráfico foi liberado no dia 17 de fevereiro para aguardar o processo em liberdade. Em nota, o Tribunal de Justiça informou que o falso advogado apenas apareceu no vídeo ao lado da advogada, mas quem, de fato, participou da audiência de custódia foi a advogada.

O TJ afirmou ainda que que sempre que o advogado não é conhecido, sua carteira da OAB é solicitada para inclusão em ata e que no caso em questão, não houve qualquer prejuízo quanto à audiência de custódia, visto que a pessoa presa estava assistida por profissional habilitado.

O advogado que teve o nome e o registro na Ordem dos Advogados do Brasil usado pelo falso defensor é Pedro Henrique Faria Martins e reside em Itapuranga. O profissional atua na área de direito da família e imobiliário. Ao realizar consultas de processos, percebeu que seu nome constava em uma ação na área criminal.

“Eu verifique no sistema do Tribunal de Justiça que constava uma audiência de custódia e eu entrei em contato com meus parceiros criminalistas e todos disseram que esse processo não era nosso. Foi quando eu fui analisar e encontrei no termo de interrogatório que ele foi acompanhado pelo suposto Pedro e lá constava o número da minha OAB e uma assinatura falsa”, disse.

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A PC investiga o caso. “Foi feito a conferência e descobriu-se que efetivamente não era ele [advogado Pedro] que havia participado. Alguém usou os dados dele para atuar tanto na Central de Flagrantes quanto na audiência de custódia”, disse o delegado Jonatas Barbosa. A PC já começou a ouvir testemunhas e pessoas que participaram da audiência e do registro da prisão. Agora, o delegado tenta conseguir a verdadeira identificação do homem que atuou nos procedimentos e prendê-lo.

O homem que se passou por advogado deve responder por falsidade ideológica.

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