Em Manaus, ministra Nísia Trindade anuncia aumento no custeio das equipes de saúde ribeirinhas
Em mais um esforço para fortalecer a atenção primária – a principal porta de entrada do Sistema Único de Saúde (SUS) em todo o país, especialmente para as populações do campo, da floresta e das águas, a ministra Nísia Trindade anuncia aumento no custeio das equipes de Saúde da Família Ribeirinha. Em agenda no estado de Manaus, nesta quarta-feira (5), a ministra da Saúde visita a Unidade Básica de Saúde Ribeirinha da Comunidade Nossa Senhora de Fátima – zona rural de Manaus, e a Unidade Básica de Saúde Fluvial, ancorada na comunidade. Pela tarde, a ministra participa da cerimônia de abertura do “Encontro Nacional da Estratégia Saúde da Família Ribeirinha: nos caminhos das águas o SUS se fortalece”, onde deve detalhar o anúncio e as principais mudanças no investimento das equipes.
Mesmo com valores anteriores ao reajuste, o Ministério da Saúde mais que dobrou o financiamento dessas equipes, passando de R$80,5 milhões em 2022 para R$ 168,1 milhões em 2024. Hoje, o Sistema Único de Saúde (SUS) conta com 310 equipes de Saúde da Família Ribeirinha e a previsão, além do reajuste de valores, é ampliar ainda mais a quantidade de equipes, podendo chegar a 340 até o fim de 2025.
No Amazonas, a Unidade Básica de Saúde Ribeirinha da Comunidade Nossa Senhora de Fátima realiza mais de 500 atendimentos mensais à população local, entre assistência médica, com enfermeiros e cirurgiões-dentistas. São mais de 30 profissionais dedicados às 625 famílias e 2,4 mil pessoas diretamente acompanhadas pela estratégia Saúde da Família da unidade. A Unidade Básica de Saúde Fluvial também acompanha rotineiramente 820 famílias e 2,6 mil pessoas da região por meio da atenção básica. A UBSF também possui laboratório para realizar e entregar exames em cada viagem. Cerca de 800 pessoas circulam em cada viagem na unidade, garantindo acompanhamento de saúde.
Todo esse trabalho é possível com a atuação estratégica das equipes de Saúde da Família Ribeirinha, criadas para atender às especificidades regionais da Amazônia Legal e do Pantanal Sul-Mato-Grossense. É por meio desses profissionais que os serviços da atenção primária chegam nos territórios ribeirinhos, superando as barreiras geográficas de um país de dimensão continental, como é o Brasil. Garantir assistência em saúde às populações que vivem em locais de maior vulnerabilidade social é uma prioridade do governo federal, pois ampliam o acesso com equidade ao SUS.
Ao promover um financiamento mais adequado, com o aumento no custeio das equipes de Saúde da Família Ribeirinha, o Ministério da Saúde fortalece o trabalho multiprofissional, enfrenta as desigualdades em saúde e garante assistência de qualidade para as necessidades específicas das populações do campo, das florestas e das águas.
Ministério da Saúde
Fonte: Ministério da Saúde
SAÚDE
Comitiva do Ministério da Saúde visita abrigos de migrantes em Boa Vista
A comitiva do Ministério da Saúde enviada a Roraima visitou, no último fim de semana, todos os 8 abrigos de migrantes erguidos em Boa Vista – além deles, houve visitas às instalações da Operação Acolhida em Pacaraima, na fronteira entre Brasil e Venezuela, durante a semana. A equipe, formada por integrantes das secretarias Executiva (SE), de Atenção Primária (Saps), de Atenção Especializada (Saes) e da Força Nacional do SUS (FN-SUS), conversou com gestores e beneficiários para avaliar as complexidades do local na recepção dos migrantes que vêm do país vizinho.
Os especialistas do ministério estiveram no abrigo Janokoida, no Rondon 1 – o maior de pessoas migrantes da América Latina -, passando também pelo Rondon 5 e pelo Abrigamento Temporário de Refugiados (ATR-2), bem como no Posto de Recepção e Apoio (PRA), no Jardim Floresta e no Pricumã, finalizando a sessão de visitas no Waraotuma a Tuaranoko, destinado a comunidades indígenas.
Há 6 mil pessoas abrigadas em Boa Vista, além das 579 alojadas em Pacaraima. Para além dos números, são mulheres com crianças nos braços, homens com filhos maiores no encalço, netos com seus avôs. Pessoas que chegam ao Brasil em busca de emprego, serviços de saúde e melhores oportunidades para os filhos. “Vim em busca de trabalho, consegui e já estou para trazer minha família”, comenta Jesús, 29, que hoje atua como ajudante de pedreiro na capital roraimense.
Enxergam no Brasil uma oportunidade. “Estou aqui há seis meses e mal consigo acreditar”, conta Javier, 54 anos, que sofre de miocardiopatia. “Já estou na fila para tratamento e possivelmente na próxima semana já consiga um diagnóstico mais preciso”, explica o beneficiário do abrigo Pricumã, no bairro homônimo, na capital do estado.
O atendimento em saúde a essas comunidades de pessoas migrantes, tanto em Boa Vista quanto em Pacaraima, são feitos na atenção primária local, através das Unidades Básicas de Saúde (UBSs), por onde entram no Sistema Único de Saúde (SUS) e, por força constitucional, têm garantido o atendimento e encaminhamento para tratamentos de maior complexidade, caso necessário.
Consultora técnica da FN-SUS, a antropóloga Camila Medeiros identificou algumas complexidades que, apesar dos esforços dos gestores locais, apresentam-se na lida com as pessoas em trânsito. “Como desafios, nos foram apresentadas as barreiras linguísticas de acesso à saúde e, também, a necessidade de mediação entre o saber tradicional e o saber biomédico, em que há margem para divergências sobre o que se considera a condução mais adequada dos processos terapêuticos”, pontua.
No Centro de Coordenação e Interiorização (CCI), onde os migrantes são encaminhados à interiorização, diversas empresas se apresentam com interesse em contratar os migrantes. De acordo com Niusarete de Lima, representante do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS), há uma checagem dos antecendentes das instituções, como possível presença na lista de trabalho análogo à escravidão, e se estiver tudo certo, as vagas são ofertadas aos migrantes.
“Atualmente, são pelo menos seis empresas que têm setores de recursos humanos já dentro do CCI”, conta ela. Em 2024, foram 21.802 venezuelanos transferidos a outras cidades. E, desde 2018, esse número chega a 144.503 pessoas interiorizadas.
Povos tradicionais
O abrigo Waraotuma a Tuaranoko (“espaço dos warao”), o maior destinado a indígenas da América Latina, com capacidade para 1.500 pessoas – hoje conta com 1.362 ocupantes. Lá, o esporte é visto como essencial.
“Os warao são muito competitivos, querem ganhar em todos os aspectos. Venceram campeonatos municipais de futebol e chegaram a ganhar com folga do time formado pelos militares da Operação Acolhida”, brinca Nádya Silveira, gestora do local. Conhecidos como “povo da água”, porém, os warao não são a única etnia presente no local. Apesar de serem majoritários – representando 70% dos beneficiários – há também representantes de outros sete grupos étnicos no Tuaranoko.
Há, também, muitos artesãos e artesãs, sobretudo entre as comunidades tradicionais. Com traços de ancestralidade, cunham produtos que são vendidos em feiras dentro dos próprios abrigos ou ao redor de Boa Vista, com preços de R$ 10 a R$ 180, e, em maior parte, feitos a partir da fibra do buriti. Para Camila, da FN-SUS, há uma relação de respeito às tradições de cada povo. “Há uma preocupação com a participação comunitária e o respeito às especificidades culturais de cada etnia, como a organização de comitês que engajam os grupos no planejamento e condução das ações para o abrigo”, comenta.
Fake news e incertezas
A comitiva do Ministério da Saúde está em campo para avaliar como pode auxiliar para que não haja desassistência aos migrantes e para que o acréscimo gerado pelo fluxo migratório não gere gargalos e prejudique o atendimento à população local. A agência da Organização das Nações Unidas (ONU) que atende os migrantes na região havia suspendido os serviços na última semana. Na segunda-feira (3), o atendimento foi normalizado no Posto de Triagem (PTrig) e no PRA.
Dentro dos abrigos, é frequente perguntas a respeito do futuro de quem já se deslocou de um país a outro. Com a disseminação de informações falsas, pessoas migrantes e refugiadas passam a temer as consequências da saída de agências humanitárias da região, o que implicaria em desassistência a quem mais precisa.
Olavo David
Ministério da Saúde
Fonte: Ministério da Saúde
- CIDADES3 dias atrás
Aposta de Ceres acerta 5 números da Mega-Sena
- ESTADO6 dias atrás
Caiado vistoria obras do Mercadão de Águas Lindas de Goiás
- PLANTÃO POLICIAL7 dias atrás
PMGO prende homem com drogas e munições após fuga e colisão na BR-153
- PLANTÃO POLICIAL5 dias atrás
Em Goiás, jovem é mantido em cárcere por dois dias, torturado e morto por criminosos que roubaram R$ 40 mil
- ARTIGO5 dias atrás
Disputa de herança
- CIDADES5 dias atrás
Em Goiás, família doa órgãos de jovem que morreu após acidente de moto
- PLANTÃO POLICIAL4 dias atrás
Adolescente é apreendido suspeito de matar comerciante em galeria; Assista
- VALE DO SÃO PATRÍCIO1 dia atrás
Usinas CRV Industrial e Rubi S.A. abrem inscrições para cursos profissionalizantes gratuitos