Entidades pedem R$ 597 bilhões para o próximo Plano Safra e fortalecimento do Proagro

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As principais entidades representativas do setor agropecuário do Paraná apresentaram ao governo federal uma proposta para o Plano Safra 2025/26, solicitando a disponibilização de R$ 597 bilhões em linhas de crédito destinadas ao custeio, investimento e comercialização para pequenos, médios e grandes produtores.

A Federação da Agricultura e Pecuária do Paraná (Faep), a Federação dos Trabalhadores Rurais Agricultores Familiares do Paraná (Fetaep), a Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar) e a Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento do Paraná (Seab) também sugeriram que o Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural tenha um orçamento de R$ 4 bilhões, quatro vezes mais que o previsto atualmente no orçamento da União.

Do total solicitado, R$ 417 bilhões seriam direcionados para custeio e comercialização, enquanto R$ 180,1 bilhões atenderiam investimentos. A proposta prevê R$ 90 bilhões para o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) e R$ 507 bilhões para a agricultura empresarial, incluindo R$ 86 bilhões para o Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor (Pronamp).

As entidades também propuseram redução das taxas de juros. Para a agricultura familiar, a sugestão é de juros entre 0,5% e 5,5% ao ano (atualmente até 6%). No Pronamp, a taxa seria de 7% ao ano, frente aos 8% da safra 2024/25. Para grandes produtores, a proposta é de 11%, uma queda de 1 ponto percentual em relação ao ciclo atual. Nos investimentos, as taxas sugeridas variam de 7% a 11% para médios e grandes produtores e de 0,5% a 5,5% ao ano para o Pronaf.

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Além disso, foram sugeridas alterações nas fontes de recursos do Plano Safra. Entre as propostas está o aumento da exigibilidade dos recursos obrigatórios oriundos dos depósitos à vista, passando de 30% para 34%, além da ampliação do direcionamento da poupança rural de 65% para 70% e dos recursos das Letras de Crédito do Agronegócio (LCAs) de 50% para 80%. Também foi proposta a alteração na base de cálculo da exigibilidade do crédito rural, reduzindo-a de R$ 500 milhões para R$ 200 milhões, o que ampliaria o número de instituições financeiras sujeitas ao direcionamento obrigatório, aumentando o volume de recursos disponíveis para financiamento.

No âmbito da gestão de riscos, as entidades solicitaram um orçamento de R$ 4 bilhões para o seguro rural (atualmente previsto em R$ 1,06 bilhão), além da implementação de subvenções diferenciadas para culturas predominantes em cada região, como soja, milho e trigo, que são mais vulneráveis a eventos climáticos adversos. Também foi sugerido que o orçamento do Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural seja de execução obrigatória, sem risco de cortes ou contingenciamentos.

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A proposta encaminhada ao governo federal também inclui medidas para fortalecimento do Programa de Garantia da Atividade Agropecuária (Proagro), aumento do limite de financiamento para construção e ampliação de armazéns e ampliação dos valores e prazos de reembolso para financiamentos da agricultura familiar. Entre outras medidas, as entidades também sugerem a inclusão da bovinocultura de leite no rol de atividades financiáveis pelo Pronaf, a ampliação do orçamento da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e o fortalecimento da participação do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) nos investimentos do Plano Safra.

O documento foi encaminhado aos ministérios da Agricultura e do Desenvolvimento Agrário, com o objetivo de fortalecer as políticas públicas voltadas ao setor agropecuário e ampliar os recursos disponíveis para o financiamento da produção agrícola no país.

Fonte: Pensar Agro

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Agronegócio

Produção de Etanol de Milho no Brasil Deve Quase Dobrar Até 2032, Preveem Especialistas do Citi

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A produção de etanol de milho no Brasil deverá crescer significativamente nos próximos anos, quase dobrando até alcançar cerca de 16 bilhões de litros anuais até 2032. A projeção foi divulgada pelo banco de investimentos Citi em uma nota publicada nesta terça-feira, que destaca a rápida expansão desse setor no país.

Segundo o Citi, o Brasil produziu aproximadamente 6,3 bilhões de litros de etanol de milho na safra 2023/24, com expectativa de aumento para 9,5 bilhões de litros durante a temporada atual. No ano passado, 22 usinas de etanol de milho estavam em operação no país, mas 12 novas unidades estão em construção e outras nove receberam aprovação da Agência Nacional do Petróleo (ANP) para iniciar suas obras.

O Citi ressalta que o etanol de milho oferece vantagens logísticas em relação à cana-de-açúcar. O milho possui um tempo de armazenamento mais longo e custos de transporte mais baixos, o que permite a produção de etanol em áreas mais remotas, ampliando a flexibilidade do setor.

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Além disso, o banco observou que o milho pode desempenhar um papel importante no equilíbrio do mercado de etanol do Brasil, garantindo uma oferta estável, especialmente durante a entressafra da cana-de-açúcar. A produção de etanol na região Centro-Sul do país deve atingir um recorde histórico na temporada 2024/25, mesmo com a previsão de queda na safra de cana-de-açúcar, com o milho ajudando a manter o abastecimento para a produção do biocombustível.

Em janeiro, a União Nacional de Etanol de Milho (Unem) previu que a produção de etanol de milho nesta temporada superaria as estimativas em cerca de 200 milhões de litros, elevando a produção total para aproximadamente 8,2 bilhões de litros.

Fonte: Portal do Agronegócio

Fonte: Portal do Agronegócio

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