Faturamento da cafeicultura brasileira pode atingir R$ 116,42 bilhões em 2025

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As projeções iniciais para o setor cafeeiro em 2025 indicam um faturamento bruto recorde de R$ 116,42 bilhões para as lavouras de café no Brasil. Desse total, o café da espécie Coffea arabica deve gerar R$ 81,51 bilhões, correspondendo a 70% da receita, enquanto o Coffea canephora (robusta e conilon) tem previsão de faturamento de R$ 34,91 bilhões, equivalente a 30% do total nacional.

Se confirmado, esse valor representará um crescimento expressivo em relação a 2024, quando o faturamento do setor foi de R$ 79,67 bilhões, configurando um aumento de 46%. Quando comparado a 2023, o avanço é ainda mais significativo, superando 120%, já que naquele ano o faturamento foi de R$ 57,82 bilhões.

O café arábica, que registrou receita de R$ 57,69 bilhões em 2024, deve ter um crescimento de 41,3% no próximo ano. Já o café canephora, cujo faturamento foi de R$ 21,97 bilhões no último ano, apresenta uma projeção de crescimento ainda mais expressiva, atingindo 58,9% em 2025.

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Essas estimativas têm como base o Valor Bruto da Produção (VBP) de janeiro de 2025, estudo elaborado e divulgado mensalmente pela Secretaria de Política Agrícola (SPA) do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa). O levantamento é realizado com base no Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Para as projeções deste ano, foram considerados os preços médios pagos aos produtores em janeiro de 2025, utilizando como referência o café arábica tipo 6, bebida dura para melhor, e o café robusta tipo 6, peneira 13, com 86 defeitos.

Sudeste lidera faturamento, Minas Gerais se destaca

A análise regional do VBP da cafeicultura mostra que a Região Sudeste ocupa a liderança no faturamento do setor, com uma receita estimada em R$ 98,97 bilhões, representando 85% do total. Na sequência, aparece a Região Nordeste, com R$ 9,45 bilhões (8,1%), seguida pelo Norte, que deve alcançar R$ 5,36 bilhões (4,6%). O Sul tem previsão de faturamento de R$ 1,66 bilhão (1,4%), enquanto a Região Centro-Oeste deve registrar R$ 972 milhões, correspondendo a menos de 1% do faturamento nacional.

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Entre os estados produtores, Minas Gerais lidera o ranking com um faturamento estimado de R$ 58,72 bilhões, equivalente a 50% da receita total do setor. O Espírito Santo ocupa a segunda posição, com R$ 30,01 bilhões (25,7%). Na terceira colocação aparece a Bahia, com R$ 9,42 bilhões (8,1%), seguida de perto por São Paulo, que deve alcançar R$ 9,41 bilhões (8%). Rondônia fecha o ranking dos cinco principais estados produtores de café, com um faturamento estimado em R$ 5,18 bilhões, representando 4,5% do VBP total projetado para 2025.

Valor Bruto da Produção – VBP Janeiro 2025

Fonte: Portal do Agronegócio

Fonte: Portal do Agronegócio

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Mercado do boi gordo mantém tendência de alta com demanda aquecida

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O mercado físico do boi gordo apresentou firmeza nos preços ao longo da última semana, refletindo o bom desempenho do escoamento da carne no atacado. Estados como São Paulo, Goiás, Mato Grosso do Sul e Rondônia registraram encurtamento das escalas de abate, o que favoreceu a valorização da arroba. A demanda consistente, tanto no mercado interno quanto no externo, tem sido o principal fator de sustentação dos preços.

As exportações seguem aquecidas, consolidando o Brasil como um dos principais fornecedores globais de carne bovina. O fluxo positivo dos embarques mantém o setor em uma posição estratégica, especialmente diante das tensões comerciais entre Estados Unidos e China, que podem gerar novas oportunidades para a carne brasileira. O cenário internacional reforça a competitividade do produto nacional, impulsionando a valorização da arroba no mercado interno.

No dia 13 de março, as cotações da arroba do boi gordo refletiram essa tendência de valorização. Em São Paulo, o valor manteve-se estável em R$ 310,00. Já em Goiás e Mato Grosso do Sul, houve alta de 1,72%, com a arroba negociada a R$ 295,00. Em Minas Gerais, o mercado registrou queda de 3,91%, fixando o preço em R$ 295,00. Mato Grosso permaneceu com preços inalterados em R$ 300,00, enquanto em Rondônia a arroba seguiu estável em R$ 265,00.

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No mercado atacadista, a elevação nos preços reflete o desempenho positivo do consumo na primeira quinzena de março. O quarto traseiro do boi foi cotado a R$ 25,00 o quilo, apresentando alta de 2,04% na comparação semanal. O quarto dianteiro registrou valorização de 2,72%, sendo negociado a R$ 18,50 o quilo. No entanto, a expectativa para a segunda quinzena do mês é de uma possível desaceleração no consumo, em razão da menor circulação de renda entre os consumidores.

As exportações brasileiras de carne bovina fresca, congelada ou refrigerada mantêm um ritmo expressivo de crescimento. Em março, nos primeiros três dias úteis do mês, os embarques totalizaram US$ 295,515 milhões, com uma média diária de US$ 98,405 milhões. O volume exportado atingiu 60,545 mil toneladas, com um preço médio de US$ 4.876,00 por tonelada. Na comparação com março do ano anterior, o valor médio diário das exportações cresceu 161,3%, enquanto a quantidade exportada avançou 142,7%.

A manutenção desse cenário dependerá de fatores como a continuidade da demanda externa aquecida e o comportamento do consumo doméstico. Além disso, desafios logísticos e tributários seguem impactando a cadeia produtiva, tornando essencial o planejamento estratégico do setor para garantir a competitividade do produto brasileiro no mercado global.

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Fonte: Pensar Agro

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