Goiás deverá colher 70 milhões de toneladas de cana-de-açúcar

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A produção goiana de cana-de-açúcar na safra 2017/18 deve crescer. O índice esperado é de quase 11% de elevação na produção com 2,33 milhões de toneladas no estado. Já o etanol total deve cair em torno de 2% do que foi produzido na safra anterior – com 4,31 bilhões litros. A produção de anidro (misturado à gasolina) deve crescer 6,3% e a de hidratado cair 4,7% no estado. Os números fazem parte do segundo levantamento da safra 2017/18, divulgado na quinta-feira (24) pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

“Apesar do segundo levantamento, os números ainda são preliminares e até o fim da safra, alguns itens podem ter variação, como é o caso do etanol hidratado que está tendo boa demanda no momento e o açúcar sofrendo derrocado nos preços em função do excedente mundial previsto para o adoçante”, destaca o analista técnico do Instituto para o Fortalecimento da Agropecuária de Goiás (Ifag) e da Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg), Alexandro Alves.

Até meados de outubro e inicio de novembro, onde a safra deve se estender, espera-se uma produção de 70 milhões de toneladas para o estado, caso o clima colabore. “Assim os números podem variar no levantamento final de safra. No momento as condições de colheita estão ótimas em Goiás e a produção segue a todo vapor, mesmo assim, o cronograma ainda segue atrasado em função da demora no inicio pleno da colheita este ano em função do prolongamento das chuvas”, aponta o analista.

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A produção brasileira de cana-de-açúcar na safra 2017/18 está estimada em 646,34 milhões de toneladas, volume que representa leve queda de 1,7% em comparação com o período anterior (657,2 milhões de t). Em relação ao levantamento divulgado em 18 de abril, a queda da safra brasileira foi de 0,2%, quando a Conab projetava safra de 647,6 milhões de toneladas. A área a ser colhida está estimada em 8,77 milhões hectares, queda de 3,1%, se comparada com a safra 2015/16. Conforme a Conab, apesar da diminuição de área, a queda na produção deve ser pouco relevante e poderá ser compensada pelo aumento da produtividade.

O rendimento deverá crescer 1,5%, passando de 72,62 toneladas para 73,73 toneladas por hectare. Em relação ao levantamento de abril, o avanço foi de 0,62%.A Conab informou também que prevalece a prioridade sobre a produção de açúcar. A fabricação do adoçante deverá atingir 39,39 milhões de toneladas, alta de 1,8% ante os 38,69 milhões de toneladas na safra 2016/17.

Em abril, a Conab previa produção de 38,7 milhões de toneladas. A produção de etanol deve ser de 26,12 bilhões de litros, redução de 6,1% em relação ao período anterior (27,81 bilhões de litros), em virtude da preferência pela produção de açúcar. A estimativa de abril totalizava 26,45 bilhões de litros.

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A queda, conforme a Conab, ocorre apenas no etanol hidratado, que vai direto para as bombas de combustível. Enquanto o hidratado cai 10,2% e sai de 16,73 bilhões para 15,02 bilhões de litros, o anidro sobe de 11,07 bilhões para 11,09 bilhões de litros, com aumento de 0,2%. No levantamento de abril a previsão era de 11,38 bilhões de litros para o anidro e de 15,07 bilhões de litros para o hidratado.

Neste levantamento, a Conab divulga também o porcentual de colheita mecanizada no País. A estimativa desta safra é de que 90,2% da área de colheita adote a tecnologia. Na região Centro-Sul, o porcentual é de 95,6%, enquanto que no Norte-Nordeste é de apenas 23,2%, devido à dificuldade de atuação mecânica num relevo mais acidentado.

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Usinas bioenergéticas realizam encontro estratégico para a safra 2025

CRV Industrial e Rubi S.A. reúnem líderes para desenvolver planejamento.

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CRV Industrial e Rubi S.A realizaram um workshop estratégico para planejar a safra 2025. Fotos: João Lima.

As usinas bioenergéticas CRV Industrial, com unidades em Carmo do Rio Verde (GO) e Capinópolis (MG), e a Rubi S.A, presente em Rubiataba e Uruaçu (GO), realizaram um encontro estratégico para planejar as ações voltadas à safra 2025. O workshop aconteceu na última semana e reuniu líderes das áreas agrícola, industrial e administrativa das empresas.

Para embasar o planejamento, foi aplicado um questionário que coletou insights e percepções dos gestores sobre diferentes aspectos da empresa. A partir dessa ferramenta, foram estabelecidas diretrizes estratégicas de curto, médio e longo prazo, com metas claras para cada setor.

A missão das usinas – “Produzir açúcar, biocombustíveis e energia a partir de fontes renováveis, com respeito às pessoas e ao meio ambiente” – foi um dos principais temas debatidos no encontro. Os participantes discutiram a importância de alinhar missão, visão e valores às novas demandas do mercado e às projeções futuras do setor. Também foram analisadas tendências de mercado, concorrência e regulamentações que podem impactar o negócio.

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E para enriquecer as discussões, os departamentos envolvidos apresentaram cases de sucesso e iniciativas simples, mas eficazes, que podem ser implementadas em todas as unidades, promovendo maior qualidade na execução das atividades, economia de recursos e aprimoramento contínuo dos processos.

Mão de obra

Outro tema central do planejamento foi a gestão de pessoas, com foco na retenção de talentos. Segundo a Superintendente de Gestão Integrada das usinas, Marcilene Cristina, o desafio de encontrar e manter mão de obra qualificada na região tem sido um ponto de atenção.

“Quando planejamos a safra, conseguimos antecipar desafios e gargalos, permitindo que tudo ocorra em conformidade. O principal destaque desse encontro foi a retenção de talentos, considerando a dificuldade que temos enfrentado na contratação de profissionais na nossa região”, destacou Marcilene.

Além da gestão de talentos, o encontro também abordou a necessidade de investimentos em infraestrutura, tecnologia e capital humano para fortalecer o crescimento sustentável das usinas. O planejamento estratégico traçado servirá como um guia para garantir eficiência operacional e competitividade no setor bioenergético.

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