Haddad defende Mercosul integrado para negociar com União Europeia

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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta segunda-feira (23) que quanto mais integrado o Mercosul estiver, melhores condições terá para negociar com a União Europeia. A declaração foi feita na chegada ao ministério, após ser perguntado sobre como recebeu o resultado do primeiro turno das eleições na Argentina.

Com mais de 90% das urnas contabilizadas, o candidato Sergio Massa obteve 36,2% dos votos e disputará a presidência com Javier Milei, candidato da extrema direita que liderava as pesquisas de intenção de voto, mas obteve 30,19% dos votos.

Após dizer que preferia evitar comentar o resultado de eleição, uma vez que a Argentina passará, ainda, por um segundo turno, Haddad disse que está acompanhando o pleito, pela relevância que terá para o Mercosul – bloco de integração regional que reúne como membros Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai, além da Venezuela, que está suspensa.

Integração

“Estamos acompanhando [as eleições presidenciais argentinas] com interesse por causa do Mercosul, que é muito importante”, disse Haddad ao lembrar que a Câmara dos Deputados já aprovou a entrada da Bolívia no Mercosul, e que a questão agora tramita no Senado.

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O Mercosul tem recebido críticas de Javier Milei, o que levou Haddad, em algumas oportunidades, a manifestar preocupação com o futuro do bloco.

“Para o Brasil, é importante consolidar uma integração na região. Por isso estou acompanhando com interesse, porque eu sou integracionista. Eu gosto de pensar em uma América do Sul mais integrada, negociando com a União Europeia de forma mais forte. Quanto mais integrados estivermos, melhor para sentarmos à mesa e fazer um bom acordo para a região voltar a se desenvolver. São muitos anos sem desenvolvimento”, acrescentou o ministro.

Candidatos

Sergio Massa, do partido peronista União pela Pátria, é o atual ministro da Economia da Argentina. Político experiente, o advogado conquistou as primárias de seu partido após três tentativas. Massa também já foi presidente da Câmara dos Deputados.

Javier Milei é da coalizão conservadora La Libertad Avanza, e se apresenta como “anarcocapitalista” e como representante de um liberalismo extremo. Ele tem defendido propostas bastante polêmicas. Entre elas, o fim do Banco Central argentino e a descontinuidade do Mercosul.

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Fonte: EBC Política Nacional

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POLÍTICA NACIONAL

Hugo Motta: não vamos permitir que a discussão do novo PNE seja politizada

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O presidente da Câmara, deputado Hugo Motta (Republicanos-PB), afirmou nesta quinta-feira (13) que não vai permitir que as discussões do novo Plano Nacional de Educação (PNE) sejam politizadas com radicalismo e extremismo. Segundo ele, o foco deve ser os recursos a serem melhor investidos, o reconhecimento dos professores, a infraestrutura das escolas, a melhoria da merenda escolar e a aplicação das novas tecnologias no ensino. Motta discursou no Encontro Anual Educação Já 2025, promovido pela organização Todos pela Educação.

O Plano Nacional de Educação estabelece diretrizes e metas para o desenvolvimento nacional, estadual e municipal da educação. O atual PNE venceu em 25 de junho de 2024, mas uma lei sancionada pelo presidente Lula prorrogou o prazo até o final deste ano. A proposta para a terceira edição do plano, de autoria do Poder Executivo (PL 2614/24), estabelece 18 objetivos a serem cumpridos até 2034.

Debate
Motta destacou que pretende criar uma comissão especial para debater o plano assim que as comissões permanentes da Casa forem instaladas e o Orçamento for aprovado. Para ele, o colegiado é uma das prioridades de sua gestão à frente da Câmara.

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“Não podemos deixar que a comissão especial politize o tema, não vamos gastar energia com viés ideológico, para não atrapalhar o projeto. Vamos discutir sobre eficiência, e não narrativas ou preciosismos”, defendeu.

“Faço esse apelo: será um crime contra o País se deixarmos essa matéria ser politizada pelo radicalismo político”, ponderou Motta.

Para Motta, o Parlamento precisa estar aberto para dialogar com todos os especialistas para aprimorar o PNE apresentado pelo Executivo. Segundo ele, uma das prioridades deve ser estabelecer uma meta para que todos os municípios possam ter creches e atender às crianças na primeira infância.

Reportagem – Luiz Gustavo Xavier
Edição – Roberto Seabra

Fonte: Câmara dos Deputados

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