Impacto da Queda de Chumbinhos no Café Destaca a Importância do Manejo Durante a Seca de 2024

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As lavouras de café do Brasil estão enfrentando um período de ajustes naturais, com a fase conhecida como “queda de chumbinhos”, um fenômeno recorrente no ciclo produtivo da cultura. Este ano, no entanto, a queda tem se mostrado mais intensa devido à seca prolongada e às elevadas temperaturas de 2024. Embora esse processo faça parte do desenvolvimento normal das plantas, as condições climáticas adversas exigem maior atenção dos produtores para reduzir perdas e preparar as lavouras para as safras seguintes.

A queda de chumbinhos ocorre entre 80 e 100 dias após a florada, geralmente entre os meses de dezembro e fevereiro. Esse fenômeno funciona como uma forma de autorregulação das plantas, que eliminam frutos que não conseguem ser sustentados. Contudo, fatores como a desfolha e o estresse hídrico aumentaram a intensidade desse processo em 2024.

Segundo Marcelo Jordão, engenheiro agrônomo e pesquisador da Fundação Procafé, o cenário atual exige cuidados especiais. “Plantas que sofreram com a seca severa e altas temperaturas possuem uma quantidade reduzida de folhas, o que diminui a fotossíntese e as reservas de carboidratos, prejudicando diretamente a capacidade de sustentar os frutos”, explica Jordão. Ele também aponta que frutos maiores, oriundos das primeiras floradas, se tornam os principais consumidores de energia da planta, o que intensifica a queda dos frutos mais novos.

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Oportunidade para Manejo Preventivo

Embora os impactos já sejam sentidos na safra de 2025, especialistas ressaltam que práticas de manejo adequadas e ações preventivas podem assegurar a recuperação das plantas e a preparação para o próximo ciclo produtivo. “É fundamental que os produtores realizem uma avaliação criteriosa das lavouras e ajustem o manejo de forma estratégica, considerando também a safra de 2026”, recomenda Jordão.

O cenário atual sublinha a importância de investimentos em práticas que aumentem a resiliência das plantas, como o monitoramento contínuo e o ajuste no manejo nutricional e hídrico. Apesar dos desafios impostos pelas mudanças climáticas, o setor cafeeiro brasileiro tem demonstrado sua capacidade de adaptação e resiliência.

Fonte: Portal do Agronegócio

Fonte: Portal do Agronegócio

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Agronegócio

Tendências Tecnológicas para o Agro em 2025: Inovações que Transformam o Setor

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O Brasil se mantém como uma potência no agronegócio, sendo o terceiro maior exportador mundial de produtos agropecuários, com um valor em torno de US$ 150,1 bilhões, conforme levantamento da TradeMap ITC 2023, divulgado pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). O setor representa cerca de 20% do PIB e dos empregos no país, além de ser responsável por 40% das exportações nacionais.

Além de ser líder nas exportações de produtos como soja, café, laranja e açúcar, o país deve sua posição de destaque aos avanços tecnológicos e à qualificação dos produtores, que, após passarem por formações acadêmicas de alto nível, retornam ao campo com novas abordagens gerenciais e tecnológicas. O investimento crescente em soluções de internet via satélite, como o Starlink, e o cenário internacional, com crises como a guerra na Ucrânia e os eventos climáticos nos Estados Unidos, também ampliam a importância do Brasil para o mercado global de produtos agrícolas.

Em 2025, o setor agropecuário brasileiro continuará a se beneficiar das inovações tecnológicas, com destaque para o avanço das Agtechs (startups do agronegócio) e das Deep Techs (startups de base científica), que trazem soluções de ponta para as mais diversas áreas da produção agrícola.

Robôs, Sensores e Inteligência Artificial: Inovações que Otimizam o Campo

Em relação às tendências tecnológicas para o agro em 2025, espera-se que os robôs e sensores se tornem cada vez mais essenciais, especialmente no que tange à automação de tarefas no campo. Essas tecnologias não apenas combatem a escassez e a insalubridade da mão-de-obra, mas também proporcionam melhores condições de trabalho e otimizam os processos agrícolas. A John Deere, por exemplo, lançou recentemente um trator autônomo em parceria com a startup Agtonomy.

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A Inteligência Artificial também está ganhando força, com sensores dedicados à colheita, melhorando a qualidade dos modelos preditivos, especialmente diante dos desafios climáticos enfrentados pelo setor. Um exemplo brasileiro dessa inovação é a startup Cromai, que utiliza dados do campo para oferecer soluções inteligentes, como o controle de ervas daninhas por georreferenciação.

No setor de pecuária, o uso de tecnologias de monitoramento, como colares para o gado e sensores para otimização da produção de leite e fertilização, deve ganhar destaque nos próximos anos.

Soluções para Climas Adversos e Logística de Alimentos

Com as mudanças climáticas e a variabilidade geográfica da produção, o setor agropecuário busca estratégias para lidar com climas adversos e garantir maior longevidade na exportação de produtos. As fazendas indoor, como a brasileira Pink Farms, que simulam condições climáticas ideais, têm se mostrado uma alternativa promissora para a produção de alimentos mais nutritivos, resistentes e com menos conservantes.

Além disso, as inovações em embalagens e compartimentos para aumentar a vida útil dos alimentos devem se intensificar. A startup Apeel, que desenvolve pílulas comestíveis para prolongar a durabilidade de frutas e legumes, já alcançou um valor de mercado superior a US$ 2 bilhões. No setor logístico, soluções de sensoriamento para o controle de áreas de armazenamento de alimentos, como as desenvolvidas pela startup PostHarvest, também se destacam, com o objetivo de otimizar a cadeia de frio e reduzir perdas.

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Biotecnologia no Agro: Uma Revolução em Três Frentes

O avanço da biotecnologia no setor agropecuário promete uma verdadeira revolução, com três áreas principais em foco: a otimização de sementes, a fagoterapia e a redução do impacto ambiental.

Na otimização de sementes, as tecnologias genéticas terão um papel fundamental na redução da dependência de fertilizantes e agrotóxicos. A Phytoform, por exemplo, utiliza organismos geneticamente modificados (OGMs) para aumentar a produtividade, com destaque para o caso dos tomates, onde a empresa conseguiu aumentar a produtividade em até 400%.

No campo da fagoterapia, que envolve o uso de fagos para tratar infecções bacterianas, a pecuária se beneficiará da redução do uso de antibióticos, especialmente na criação de frangos. A Embrapa investe fortemente nessa área, com o objetivo de combater doenças como a Salmonela.

Por fim, a microbiologia aplicada à redução das emissões de metano, especialmente na dieta de bois e ovelhas, também deve crescer. Em 2023, Bill Gates participou de uma rodada de investimentos de US$ 12 milhões em uma startup chamada Rumin8, que atua nesse segmento.

O futuro do agronegócio brasileiro, portanto, está intrinsecamente ligado à inovação tecnológica, com as Agtechs, Deep Techs e Biotechs liderando o caminho para um setor mais produtivo, sustentável e competitivo no cenário global.

Fonte: Portal do Agronegócio

Fonte: Portal do Agronegócio

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