Indústria da construção mostra sinais de recuperação, diz CNI

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A indústria de construção civil está em recuperação, com melhora nos índices de atividade e do número de empregados. É que mostra a Sondagem Indústria da Construção, divulgada hoje (23) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).

Segundo a CNI, os índices estão crescendo desde maio, “mostrando desempenho cada vez mais favorável”.

O índice de evolução do nível de atividade registrou 51,4 pontos em agosto, alta de 3,3 pontos frente a julho. É o maior índice desde junho de 2011. O indicador varia de 0 a 100. Ao se situar acima da linha divisória de 50 pontos, aponta para aumento da atividade no mês.

O índice de evolução do número de empregados aumentou 2,7 pontos, para 49,5 pontos, e está praticamente sobre a linha divisória.

A Utilização da Capacidade Operacional (UCO) apresentou nova alta em agosto, aumentando 2 pontos percentuais e alcançando 60%. O percentual de agosto de 2020 superou em 2 pontos o índice de agosto de 2019.

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Confiança

O Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI-Construção) apresentou alta de 2,7 pontos no mês, atingindo 56,7 pontos. É a quinta alta consecutiva do índice, que acumula crescimento de 21,9 pontos no período. Com a alta, o ICEI-Construção se distancia de sua média histórica (53,5 pontos) e da linha divisória de 50 pontos, que separa confiança de falta de confiança.

Entre os componentes do ICEI-Construção, o Indicador de Expectativa aumentou 1,7 ponto e o de Condições Atuais, 4,6 pontos. O índice de Condições Atuais foi a 46,1 pontos, ou seja, mostra que o empresário ainda percebe o impacto da crise em suas condições de negócios. Por outro lado, o índice de Expectativas alcançou 62 pontos, mostrando otimismo disseminado pela indústria da construção.

Os indicadores de expectativas do nível de atividade e de novos empreendimentos e serviços registraram 56,1 e 55,5 pontos, após crescimento de 1,8 e 2,3 pontos, respectivamente.

Os indicadores de expectativas de compras de insumos e matérias-primas e números de empregados, por sua vez, alcançaram 55,6 e 54,1 pontos, após altas de 2,8 pontos e 1,8 ponto, respectivamente.

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A intenção de investimento alcançou 44,4 pontos em agosto, após aumento de 4,9 pontos. É a quarta alta consecutiva do indicador, que agora se situa no mesmo nível registrado para fevereiro, na pré-pandemia.

Edição: Maria Claudia

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ECONOMIA

Valorização de títulos americanos eleva dólar no Brasil, diz professor

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A manutenção dos juros altos e a valorização dos títulos públicos nos Estados Unidos estão entre as principais razões para a alta do dólar no Brasil. A avaliação é do professor de finanças da Escola de Administração de Empresas de São Paulo da Fundação Getulio Vargas (FGV), Renan Pieri.

“A alta do dólar tem relação com a valorização dos títulos públicos americanos, muito no cenário de manutenção de juros altos nos Estados Unidos, com a expectativa de um momento mais difícil na eleição [presidencial], também por conta do mercado aquecido lá. Os juros mais altos, essa rentabilidade maior dos títulos americanos, atrai capital para lá e tira dinheiro do Brasil”, disse.

A cotação do dólar comercial fechou nesta terça-feira (2) a R$ 5,665, com pequena alta de 0,22%. A moeda norte-americana continua no maior nível desde 10 de janeiro de 2022, quando fechou a R$ 5,67. O dólar acumula alta de 16,8% em 2024.

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Questões internas

Parte da alta do dólar deve-se a questões internas, como a expectativa do mercado financeiro sobre o anúncio de medidas de corte de gastos para o orçamento de 2025 e do contingenciamento de verbas públicas para o orçamento deste ano.

“A questão fiscal do Brasil faz com que o mercado comece a acreditar que o governo vai ter muita dificuldade de cumprir o novo arcabouço fiscal, o método de superávit primário, e portanto passa a cobrar um prêmio maior para manter os investimentos aqui”, ressalta Pieri.

De acordo com ele, se esse “prêmio” não se traduzir em juros mais altos, haverá saída de capital do país. “Saída de capital do país significa que os investidores acreditam menos no futuro do Brasil no longo prazo”.

Jogo político

Segundo a professora de economia política da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Maria Malta, a elevação do preço do dólar se relaciona, entre outras coisas, com a queda de braço que os grandes bancos e instituições financeiras estão fazendo para influenciar a decisão sobre o próximo presidente do Banco Central.

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“O que está havendo é um jogo político pré-eleitoral em um contexto de avanço da extrema-direita no mundo. Neste jogo, o setor financeiro pretende obter uma parte ainda maior das rendas do país e ampliar seu poder e riqueza”, destacou.

Ela acrescenta que, para a estrutura econômica brasileira, a desvalorização do real melhora a situação do país “em termos de exportações, juros mais baixos diminuem os custos internos da dívida pública e estimulam a tomada do crédito produtivo”.

Fonte: EBC Economia

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