Opinião

Mãos limpas

As mãos apenas simbolizam o trabalhador que faz da labuta um legítimo apostolado de desenvolvimento pessoal e do mundo. Por meio do trabalho conquistamos as nossas luzes, bem como modificamos o nosso ambiente e entorno.

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Paulo Hayashi Jr. é Doutor em Administração. Professor e pesquisador da Unicamp.

Fazer as obras nobres com as mãos limpas representa muito mais do que se limpar na superficialidade do corpo, mas em estar em paz com a consciência e a moral. Ter os membros higienizados não significa adotar uma postura de Pôncio Pilatos, mas de se importar com o bem geral e a preocupação com as pessoas que edificam as obras de Deus. Mãos limpas tampouco não significa ter os membros estéreis, mas de fazer o bem sem olhar a quem. Todo momento é hora. De ajudar sem cansar ou de ser prestativo e servir com a pureza que se pede aos que buscam construir um futuro melhor. Isso não vem sem críticas ou incompreensão daqueles que ainda estão imersos nas bolhas do ego ou dos prazeres passageiros e hostis a ascensão séria.

As mãos apenas simbolizam o trabalhador que faz da labuta um legítimo apostolado de desenvolvimento pessoal e do mundo. Por meio do trabalho conquistamos as nossas luzes, bem como modificamos o nosso ambiente e entorno. Com a moral ativa e a força de vontade, conseguimos transformar sonhos e sementes em frutos e realizações que permitem vislumbrar a capacidade do ser humano. Uma força e potência que realiza milagres, mesmo apesar dos empecilhos. Por meio das transformações que realizamos progredimos e damos sinais de que manter-se limpo, alinhado aos desígnios do alto, permite intuir se corretamente nas ações e atitudes. Deste modo, tal como para o apóstolo dos Gentios, Paulo de Tarso: “E Deus pelas mãos de Paulo fazia maravilhas extraordinárias” (Atos, 19:11).

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Paulo Hayashi Jr. é Doutor em Administração. Professor e pesquisador da Unicamp.

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ARTIGO

Os fios da liberdade e o resistir da vida

É preciso sempre reverberar a discussão sobre a importância de um ambiente saudável para essa população, pois muitos estão adoecendo, cansados de toda essa situação. Os momentos de prazer, alegrias e cuidado são mais do que necessários nessa construção do bem viver para a população negra.

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Livia Marques é psicóloga.

A inferioridade do racismo é observada até nos comentários sobre os cabelos. Até pouco tempo, um experiente apresentador de programa de TV fez um comentário racista sobre o cabelo de uma bailarina negra. O absurdo não parou por aí. Ainda foi comentado, ao vivo, que outra pessoa da equipe do programa relatou ter visto um piolho.

Outra situação aconteceu durante um evento do exterior em que duas convidadas brasileiras sofreram racismo. Os cabelos de ambas as pessoas negras foram atacados e novamente com uma história com piolhos.

Talvez alguns comentem que elas foram fortes ao encarar, ao permanecerem no palco, ao lerem a carta com o relato. No entanto, a reflexão não é sobre ser forte ou ter coragem. É também sobre o cansaço diário e o não querer passar por tamanha violência, que adoece, inferioriza e desumaniza pessoas constantemente.

Não é saudável entrar em uma apresentação ou ir assistir a uma aula com medo de ser atacado ou ofendido. Ou ter medo de ser uma pessoa apontada por seus traços e cabelos ou de ser alguém que não merece respeito.

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Essas situações acontecem diariamente com pessoas negras por conta da história colonizadora e do processo de escravidão no país. Crianças vivenciam isso. Adolescentes e adultos são atacados e muitos evitam o embate por receio de serem colocados no lugar de serem raivosos e descontrolados.

Pessoas negras não podem, segundo o racismo, terem a própria percepção. Não podem se expressar, muito menos serem assertivas. Mas as marcas do próprio período de escravidão no Brasil mostram no cotidiano, em 2024, o quanto é indesejável e, por vezes, até perigoso que pessoas negras coloquem seus desejos e suas opiniões.

Para essas pessoas, só sobra o lugar de subjugação, o de não expressar o que deseja e o que sente por medo da rejeição. Além da ansiedade, isso gera sintomas físicos e psicológicos que podem ser vistos em forma de procrastinação, tremores ao expor suas opiniões, níveis altos de culpa, além do isolamento social.

Quem pode e tem o direito ao viver e esperançar? Nessas reflexões, deixo também o meu questionamento para as pessoas que se dizem aliadas no processo antirracista. Como estão agindo diante de ações realmente concretas?

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É preciso sempre reverberar a discussão sobre a importância de um ambiente saudável para essa população, pois muitos estão adoecendo, cansados de toda essa situação. Os momentos de prazer, alegrias e cuidado são mais do que necessários nessa construção do bem viver para a população negra.

Livia Marques é psicóloga

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