Meliponicultura: Aposta de Agricultores Familiares em Sem Peixe Contribui para a Sustentabilidade e Geração de Renda

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A meliponicultura, ou criação de abelhas sem ferrão, tem se consolidado como uma promissora atividade entre os agricultores familiares de Sem Peixe. O mel produzido por essas espécies nativas possui valor agregado significativo, podendo atingir até dez vezes o preço do mel convencional, dependendo da variedade. Além disso, a prática favorece a preservação ambiental, contribuindo para o equilíbrio ecológico da região.

Apoio Institucional e Capacitação para os Produtores

O Sistema Faemg Senar, em parceria com o Sindicato dos Produtores Rurais de Dom Silvério, tem sido um grande aliado dos meliponicultores, oferecendo cursos especializados e o Programa de Assistência Técnica e Gerencial (ATeG) voltado à meliponicultura – o primeiro do estado. As capacitações e o acompanhamento técnico proporcionam avanços para os 30 produtores locais, como o meliponicultor Wellington Canazart, que iniciou sua jornada na atividade em 2020.

“O grupo facilita a troca de experiências, o trabalho colaborativo e o desenvolvimento técnico. Ter esse apoio também valoriza e dá visibilidade ao nosso trabalho”, afirmou Wellington, que cria abelhas das espécies Uruçu amarela, Mandaçaia, Jataí, e Mandaguari preta e amarela. Recentemente, ele montou uma unidade de beneficiamento de mel em sua propriedade, e em outubro de 2024, o meliponário “Mel de Minas” conquistou o Selo de Inspeção Municipal (SIM). A expansão do negócio visa não apenas o beneficiamento da própria produção, mas também a prestação de serviços aos outros meliponicultores do município.

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“Queremos crescer bastante, inclusive comprando a produção de outros meliponicultores. Já temos mercados esperando o nosso produto”, destacou Wellington, que agora busca o Selo de Inspeção Federal (SIF) para poder comercializar sua produção em todo o Brasil. Para alcançar esse objetivo, ele conta com o apoio do programa de habilitação sanitária oferecido pelo Sistema Faemg Senar.

Melhoramento Genético das Abelhas e Expansão da Produção

Para otimizar a produção de mel, própolis e enxames, o técnico de campo do ATeG, Vanderson Negreiro, tem trabalhado no melhoramento genético das abelhas. “A região enfrentava dificuldades com a genética, pois poucos enxames foram introduzidos e multiplicados aqui. Estamos em parceria com um povo indígena do Espírito Santo para adquirir novas matrizes e resolver essa questão”, explicou Vanderson.

Segundo o técnico, a maioria dos produtores atendidos pelo programa planeja aumentar significativamente o número de matrizes em suas propriedades, com o objetivo de dobrar a produção de mel e demais produtos. “Este crescimento é parte do planejamento estratégico do grupo”, afirmou.

Sustentabilidade e Preservação Ambiental

A preservação ambiental é uma das bases do trabalho com as abelhas nativas, que necessitam de um ambiente rico em biodiversidade para se desenvolverem adequadamente. Como parte de suas ações, o programa promove a recuperação de nascentes e o plantio de árvores nativas, além de trabalhar com os produtores e a comunidade local na conscientização sobre práticas sustentáveis.

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Wellington Canazart destaca a importância de alinhar a produção de mel com a preservação do meio ambiente: “Não é possível criar abelhas sem cuidar da natureza. Nosso objetivo é incentivar a preservação e gerar renda de forma sustentável”, concluiu.

Mais Informações sobre Meliponicultura

A plataforma Senar Play oferece uma cartilha gratuita sobre a criação de abelhas sem ferrão, acessível para todos os interessados na prática.

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Fonte: Portal do Agronegócio

Fonte: Portal do Agronegócio

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Consumo de Café Cresce no Brasil e Alcança 40,4% da Safra Nacional

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O consumo doméstico de café no Brasil manteve sua trajetória de crescimento em 2024, conforme revela a Associação Brasileira da Indústria de Café (ABIC). Entre novembro de 2023 e outubro de 2024, houve um aumento de 1,11% em relação ao período anterior, totalizando 40,4% da safra nacional de café, que atingiu 54,21 milhões de sacas, segundo dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). No ciclo anterior, o volume consumido representava 39,4% da safra, que foi de 55,07 milhões de sacas.

A análise dos indicadores da ABIC demonstra uma tendência de crescimento sustentado no consumo da bebida. As indústrias associadas à entidade registraram uma expansão de 1,77%, enquanto as não-associadas apresentaram uma retração de 0,66%, sugerindo uma preferência crescente dos consumidores por cafés certificados.

Brasil Mantém Posição de Segundo Maior Consumidor Global

O Brasil segue como o segundo maior consumidor de café do mundo, ficando atrás apenas dos Estados Unidos, cuja diferença de consumo é de 4,1 milhões de sacas. Em termos per capita, o consumo brasileiro é superior ao dos EUA, alcançando 6,26 kg/habitante/ano para café cru e 5,01 kg/habitante/ano para café torrado e moído. Apesar disso, houve uma leve redução de 2,22% no consumo per capita em comparação ao ano anterior, influenciada pelo crescimento da população, conforme dados do IBGE. Ainda assim, a média de consumo do brasileiro se manteve elevada, com aproximadamente 1.430 xícaras de café por ano.

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Distribuição Regional do Consumo

A região Sudeste lidera o consumo de café no país, respondendo por 41,7% do total nacional, seguida pelo Nordeste (26,9%), Sul (14,6%), Norte (8,8%) e Centro-Oeste (8,0%). As indústrias associadas à ABIC representam 71,7% da produção de café torrado em grão e moído, além de deterem 86,5% de participação no varejo supermercadista. Atualmente, a entidade certifica 2.132 produtos.

Crescimento no Faturamento da Indústria

Em 2024, o faturamento da indústria de café torrado alcançou R$ 36,82 bilhões, um crescimento expressivo de 60,85% em relação a 2023, impulsionado pelo aumento dos preços no varejo.

Variação dos Preços no Varejo

A ABIC monitora o comportamento dos preços por meio da análise de três milhões de notas fiscais mensais. Entre janeiro e dezembro de 2024, os preços dos diferentes segmentos de café tiveram aumento significativo:

  • Cafés Especiais: +9,80%
  • Cafés Gourmets: +16,17%
  • Cafés Superiores: +34,38%
  • Cafés Tradicionais e Extrafortes: +39,36%
  • Cafés em cápsula: +2,07%

Nos últimos quatro anos, a matéria-prima registrou um aumento acumulado de 224%, enquanto o café no varejo subiu 110%. Em 2024, a variação anual de preços foi de 37,4%, superando a média da cesta básica, que ficou em 2,7%.

Ticket Médio de Consumo

O atacarejo seguiu como o segmento com maior ticket médio de compras de café. Em dezembro de 2024, houve um crescimento de 5,99 pontos percentuais em relação ao ano anterior. Pequenos mercados também registraram aumento nos gastos com café, passando de R$ 18,80 para R$ 22,69, enquanto estabelecimentos maiores elevaram o ticket médio de R$ 17,63 para R$ 24,79.

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Entre os diferentes tipos de café, os grãos registraram o maior crescimento no ticket médio, saltando de R$ 20,94 para R$ 48,48. Em termos regionais, o Sudeste permanece como a região com maior gasto médio em café. No recorte socioeconômico, as classes AB lideram o consumo, com um ticket médio de R$ 26,23, seguidas pela classe C (R$ 25,99) e classe DE (R$ 24,73).

Certificação e Perfil das Indústrias

A ABIC certifica atualmente 2.132 produtos, divididos em diferentes categorias: Tradicional (39%), Extraforte (20%), Superior (16%), Gourmet (24%), Especial (1%), Cápsula (3%) e Sustentável (4%). Quanto ao porte das empresas associadas, a maioria (51%) é de pequeno porte, seguida por microempresas (21%), médias (12%), nanoempresas (10%) e grandes indústrias (6%).

A busca por certificação tem crescido significativamente, impulsionada pela portaria SDA 570 e pelos esforços da ABIC em conscientizar a indústria cafeeira. Em 2024, foram certificadas 278 novas marcas, e outras 44 estão em processo de certificação. O crescimento por categoria em relação a 2023 foi de:

  • Tradicional: +15%
  • Extraforte: +16%
  • Superior: +12%
  • Gourmet: +17%
  • Especial: +85%

Os dados reforçam a importância do café para o mercado brasileiro e apontam para um futuro promissor, com maior valorização da qualidade e aumento na demanda interna.

Fonte: Portal do Agronegócio

Fonte: Portal do Agronegócio

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