Mercado de Trigo: Perspectivas e Impactos da Volatilidade nos Preços

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O mercado global de trigo segue em um cenário de incertezas, impulsionado por uma série de fatores que podem manter a volatilidade dos preços nos próximos meses. De acordo com a TF Agroeconômica, os estoques mundiais do grão estão cerca de 6 milhões de toneladas abaixo do volume registrado no ano anterior. Entretanto, as boas projeções para as safras de inverno no Hemisfério Norte podem pressionar os preços no médio e longo prazos. Ainda assim, as sanções impostas à Rússia adicionam um componente de imprevisibilidade ao mercado, podendo reverter essa tendência.

No Brasil, cooperativas e cerealistas que possuem trigo estocado devem observar uma elevação nos preços, especialmente nos estados do Paraná e Rio Grande do Sul, onde o mercado registra desempenho positivo de 7,70% e 6,63%, respectivamente. Em contrapartida, na Bolsa de Chicago, houve uma queda de 3,22% no mesmo período. Para os moinhos, recomenda-se a adoção de opções de CALL para julho e setembro na Bolsa de Chicago como estratégia de proteção contra possíveis oscilações.

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Dentre os fatores que impulsionam a valorização do trigo, destacam-se a desvalorização do dólar frente ao euro, que amplia a competitividade das exportações dos Estados Unidos, e a desaceleração das vendas russas no mercado internacional. Além disso, a menor oferta do cereal no Brasil, especialmente nos estados do Sul, tende a elevar os preços até a paridade de importação, estimada em R$ 1.750 CIF moinhos.

Por outro lado, há elementos que podem exercer pressão negativa sobre os preços, como o bom desempenho das safras de inverno nos principais produtores globais, incluindo Estados Unidos, Rússia e França. Além disso, a guerra comercial entre Estados Unidos e China, que pode gerar impactos a partir de abril, e a intensificação do conflito na Ucrânia, com o avanço dos ataques russos, adicionam novas camadas de incerteza ao mercado.

Diante desse cenário dinâmico, especialistas recomendam o monitoramento contínuo dos fatores que influenciam a oferta e a demanda global de trigo para antecipar possíveis impactos nas cotações internacionais.

Fonte: Portal do Agronegócio

Fonte: Portal do Agronegócio

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Agronegócio

Fertirrigação impulsiona a pecuária no Sul do Brasil

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A pecuária na região Sul do Brasil enfrenta desafios cada vez maiores devido a estiagens prolongadas e eventos climáticos extremos. Além disso, a expansão da agricultura, especialmente do cultivo de soja, tem reduzido significativamente as áreas tradicionalmente destinadas à criação de gado. Diante desse cenário, a irrigação surge como uma alternativa estratégica para garantir a oferta contínua de alimento ao rebanho ao longo do ano.

A escassez hídrica compromete a capacidade das pastagens de fornecer os nutrientes necessários ao desenvolvimento dos animais. Nesse contexto, a irrigação por aspersão tem se destacado por otimizar a absorção de água e nutrientes, promovendo um desempenho superior das forrageiras. Apesar de ainda pouco difundida, essa tecnologia apresenta um vasto potencial de crescimento na região.

Potencial da irrigação para pastagens

“As pastagens possuem raízes fasciculadas, que se concentram entre 3 e 15 centímetros de profundidade. A irrigação por aspersão cria um bulbo molhado ideal, permitindo que as plantas absorvam melhor os nutrientes e a água, o que impulsiona seu desenvolvimento”, explica Geferson Reis, especialista da Netafim. Ele destaca que o mercado de irrigação para pastagens no Sul do Brasil tem um potencial gigantesco, com grande margem para expansão.

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Rentabilidade e eficiência na produção

Além da redução dos impactos climáticos, o investimento em irrigação tem sido favorecido pelo bom momento do mercado pecuário, impulsionado pela alta nos preços da carne e pela demanda crescente. Propriedades que adotaram a técnica já registram ganhos diários de peso do gado superiores à média, compensando a diminuição das áreas de pastagem e elevando a eficiência produtiva.

Com tecnologia e manejo adequados, a irrigação se consolida como uma ferramenta essencial para garantir a sustentabilidade e a competitividade da pecuária na região Sul, permitindo maior previsibilidade e segurança na produção.

Fonte: Portal do Agronegócio

Fonte: Portal do Agronegócio

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