Esportes
MotoGP em Goiânia deve movimentar mais de R$ 868 milhões

Maior campeonato de motovelocidade do mundo, a MotoGP voltará ao Brasil após um hiato de 22 anos com uma etapa em Goiânia, em março do ano que vem. Estudo feito pelo Instituto Mauro Borges (IMB) indica que a realização do evento vai movimentar a economia goiana em mais de R$ 868 milhões.
Há expectativa de geração de pelo menos quatro mil empregos, além do aquecimento de toda a cadeia de negócios em torno da corrida, o chamado trade turístico.
O levantamento sobre o impacto financeiro considera os preparativos para a etapa da MotoGP e também faz projeções para a semana da corrida. O evento deve atrair mais de 150 mil pessoas, sendo 12% do exterior e 32% de outros estados. Entre os setores mais impactados, estão: transporte; hotelaria; comércio de produtos alimentícios e bebidas; atividades de publicidade, televisão e cinematografia.
O estudo do IMB prevê que cada pessoa atraída pelo evento terá um gasto médio de R$ 3.180. O cálculo considera itens como ingresso para a corrida, hospedagem, alimentação e lazer. Já a arrecadação tributária do Estado está estimada em R$ 130 milhões (ICMS e ISS).
“Poucos lugares no mundo recebem um evento desse porte. Então, a MotoGP coloca Goiânia num patamar de protagonismo. Isso fortalece nosso turismo”, celebrou o presidente da Goiás Turismo, Fabrício Amaral.
Por isso, foi montado um comitê que discute o preparo da cidade para receber a corrida, bem como estratégias de divulgação das potencialidades goianas. “Um evento puxa o outro, e a tendência de atrair outros é muito grande. Nossa capital é linda, acolhedora e estará pronta”, assegurou.

O presidente do Conselho Empresarial de Turismo (Cetur), da Fecomércio Goiás, Ricardo Rodrigues, apontou que, para ter sucesso, o setor deve atender a três pilares: hospitalidade, segurança e infraestrutura.
Para ele, os goianos são acolhedores por natureza, o Estado oferece boa segurança pública e está em construção uma estratégia para atender as demandas indiretas do evento. “O turismo vive um momento muito pujante, onde a iniciativa privada se aproximou da pública para discutir todas as questões, e isso evita erros. Estamos de mãos dadas, e quem ganha é a população”, comentou.
A MotoGP vai movimentar não só o turismo na capital goiana, como de municípios próximos. Nesse sentido, segundo projeção do IMB, cerca de 67 mil pessoas precisarão de hospedagem. Os turistas devem ocupar toda a capacidade hoteleira de Goiânia e também se acomodar em cidades como Aparecida de Goiânia, Anápolis, Trindade, Caldas Novas e outras.
É esperado, ainda, um aumento de visitantes nos destinos turísticos de Goiás, dias antes e após a corrida.
Até 2030

A parceria que estabelece Goiânia como a sede das etapas brasileiras da MotoGP tem vigência de cinco anos – de 2026 a 2030.
“Para nós é um momento de muito orgulho porque Goiás vai assistir algo que apenas alguns países do mundo têm chance. Este será o evento mais organizado e faremos algo que ficará na história”, projetou o governador Ronaldo Caiado, na ocasião da .
Para tanto, o Autódromo Internacional Ayrton Senna passa por uma ampla reforma que custará cerca de R$ 50 milhões. As intervenções visam atender a alguns critérios do evento internacional, além de aperfeiçoar a estrutura para melhor receber o público e os pilotos com suas equipes.
“Esse será o maior evento de toda a história do Estado. Durante cinco anos, Goiás será o centro da principal categoria da motovelocidade mundial. A qualidade do nosso autódromo foi um fator fundamental para conseguirmos trazer essa etapa para cá e, claro, iremos trabalhar para deixar tudo em perfeitas condições para receber os mais de 150 mil adeptos que virão à Goiânia”, projetou o secretário-geral de Governo, Adriano da Rocha Lima.
O secretário de Esporte e Lazer, Rudson Guerra, destacou que a MotoGP certamente vai atrair o maior público que o Autódromo de Goiânia já viu. “O povo goiano é apaixonado pelo esporte a motor, vemos isso semanalmente nas competições regionais e nacionais que recebemos aqui. Além disso, serão dezenas de milhares de turistas. Estaremos preparados para recebê-los”, garantiu.
Evento reúne pilotos internacionais

Um ano antes da MotoGP, Goiânia vai viver o clima da velocidade sobre duas rodas no Autódromo Internacional Ayrton Senna já nesta segunda-feira (17/03), às 11 horas. Cinco pilotos internacionais das categorias MotoGP, Moto2 e MotoE demonstrarão a força da disputa mais importante do motociclismo mundial.
Além de ver os pilotos em ação fazendo manobras no circuito, o público poderá fazer perguntas aos atletas e também uma sessão de fotos. Os ingressos gratuitos para o evento serão disponibililzados pelo site da MotoGP.
Fonte: Governo de Goiás


ESTADO
Dieese: queda no preço da cesta básica em Goiânia é a maior do Brasil

O custo da cesta básica em Goiânia registrou a maior queda entre as capitais brasileiras em fevereiro, com redução de 2,32%. Os dados da Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos foram divulgados pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) na última segunda-feira (10/03).
Apenas outras duas capitais apresentaram queda: Florianópolis (-0,13%) e Porto Alegre (-0,12%).
Enquanto Goiânia observa um cenário de alívio nos preços, o panorama nacional revela uma realidade distinta. O levantamento aponta o impacto no orçamento das famílias em 14 cidades, com aumento no custo dos alimentos entre os meses de janeiro e fevereiro. A variação na alta de preço girou entre 1,87%, em Vitória, e 13,22%, em Fortaleza.
A cesta básica mais cara do país foi registrada em São Paulo, onde o conjunto dos alimentos básicos chegou a R$ 860,53. Na sequência, estão Rio de Janeiro (R$ 814,90), Florianópolis (R$ 807,71) e Campo Grande (R$ 773,95).
No Norte e Nordeste, onde a composição da cesta é diferente, os menores valores estão em Aracaju (R$ 580,45), Recife (R$ 625,33) e Salvador (R$ 628,80). A cesta básica em Goiânia tem o preço de R$ 739,34.
Produtos
O café subiu de preço em todas as capitais analisadas e puxou o valor da cesta básica. Também contribuíram para a alta o tomate e o quilo da carne bovina de primeira que, em Goiânia, apesar do cenário geral de aumento, obteve a maior queda de preço, com – 3,81%.
O arroz e o feijão também ficaram mais baratos na capital goiana com -11,61% e -5,35%, respectivamente.
Isenção
O Governo de Goiás se antecipou à proposta federal de redução do ICMS sobre itens da cesta básica. A medida, já em vigor no estado, isenta nove produtos e confere redução da alíquota de 19% para 7% em outros 11 itens essenciais, como arroz, feijão, açúcar, café, macarrão, óleo, sal, manteiga, queijo, farinha e pães. A iniciativa garante preços mais acessíveis para a população goiana.
Goiás já concede isenção total ou parcial de ICMS para mais de 20 itens da cesta básica
Fonte: Governo de Goiás
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