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Brasil

Motoristas de ônibus e bancários lideram afastamentos por saúde mental no Brasil, aponta INSS

Entre 2012 e 2024, foram concedidos milhares de benefícios para trabalhadores acometidos por transtornos mentais e comportamentais diretamente relacionados às condições laborais.
Motoristas de ônibus e bancários lideram afastamentos por saúde mental no Brasil, aponta INSS. Foto: Reprodução

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O Brasil enfrenta um aumento alarmante nos afastamentos do trabalho por motivos relacionados à saúde mental, com dados do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) revelando que motoristas de ônibus e bancários são as profissões que mais registram esses afastamentos reconhecidos como doença ocupacional. Entre 2012 e 2024, foram concedidos milhares de benefícios para trabalhadores acometidos por transtornos mentais e comportamentais diretamente relacionados às condições laborais.

Segundo o levantamento feito com base na plataforma Smartlab, ferramenta do Ministério Público do Trabalho e da Organização Internacional do Trabalho, motoristas de ônibus lideram a lista devido à intensa rotina, jornadas longas e contato constante com trânsito e passageiros, que elevam os níveis de estresse. Em seguida, aparecem gerentes e escriturários de banco, categorias sujeitas a pressões por metas e cobranças intensas, com quase 38% dos afastamentos entre gerentes justamente reconhecidos como doenças relacionadas ao trabalho.

A quarta posição é ocupada por técnicos de enfermagem, com mais de 48 mil afastamentos registrados, refletindo a sobrecarga física e emocional da categoria, especialmente agravada após a pandemia. Vigilantes completam o top 5, muitos deles expostos a riscos de violência e isolamento.

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O aumento de 66% nos afastamentos por saúde mental entre 2023 e 2024 revela uma epidemia silenciosa que afeta o mercado de trabalho brasileiro, cobrando atenção de empresas e do poder público para implementar políticas efetivas de prevenção, acompanhamento psicológico e melhoria das condições laborais. Enquanto isso, o INSS ainda acumula 2,6 milhões de pedidos de benefícios pendentes, evidenciando a dimensão do problema e os desafios para o sistema previdenciário.

Especialistas destacam que o crescimento desses afastamentos está ligado a fatores como pressão por produtividade, insegurança no emprego, sobrecarga emocional e a falta de programas eficazes de bem-estar no trabalho. O cenário exige uma resposta coordenada para proteger a saúde mental dos trabalhadores e garantir ambientes laborais saudáveis e sustentáveis.

Este quadro aponta para a urgência de investimentos em saúde mental no trabalho como estratégia para reduzir perdas por absenteísmo e melhorar a qualidade de vida no país, frente ao que especialistas definem como uma crise sem precedentes em saúde ocupacional no Brasil.

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