Nísia Trindade anuncia R$ 24 milhões para custeio de serviços no Hospital São Paulo

A ministra da Saúde, Nísia Trindade, anunciou, nesta segunda-feira (17), um investimento de R$ 24 milhões por ano para ações de custeio do Hospital São Paulo (HSP/Unifesp). O anúncio ocorreu durante a solenidade de inauguração da emergência referenciada da unidade de saúde paulistana. Os recursos estão previstos em portaria que será publicada esta semana.
A nova unidade de emergência vai beneficiar 22 bairros e quase 3 milhões de pessoas na capital paulista. Com a reforma, o hospital ganhou 50 novos leitos, aumentando a capacidade de atendimento em 250%.
“Quero fazer uma menção especial a esse trabalho conjunto que resultou em uma melhor qualidade de atendimento para a população de São Paulo, mas que também é uma referência para a população brasileira. É assim que temos trabalhado”, disse Nísia.
A ministra cumpre agenda hoje (17), no estado, e passará ainda por São Bernardo do Campo e Mauá, onde visita unidades hospitalares para ações relacionadas à implementação do Programa Mais Acesso a Especialistas (PMAE) na região.
Mais de 2 milhões de Ofertas de Cuidado Integrado
Lançado em 2024, o Mais Acesso a Especialistas vai facilitar o acesso a cirurgias eletivas, consultas e diagnósticos especializados, com previsão de 9,5 milhões de Ofertas de Cuidados Integrados (OCI) em oftalmologia, otorrinolaringologia, ortopedia, cardiologia e oncologia em 2025. Com suporte da Saúde Digital e fila única, o prazo máximo de espera para atendimentos oncológicos será de 30 dias e, para os demais casos, de até 60 dias.
Aos municípios de São Paulo – estado que conta com 99,7% de adesão ao programa – está prevista a realização de mais de 2,3 milhões de OCIs. Em 2024, SP recebeu mais de R$ 129,7 milhões para ações de fomento ao PMAE.
Nathan Victor
Ministério da Saúde
Fonte: Ministério da Saúde


SAÚDE
Ministro Alexandre Padilha recebe familiares de vítimas da Covid-19

Nesta terça-feira (11), o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, recebeu em seu gabinete representantes de associações e familiares de vítimas que entraram para as estatísticas de milhares de vidas perdidas durante a pandemia de Covid-19. “Resiliência é a palavra que utilizo para resumir este encontro hoje. O enfrentamento à Covid-19, seja dos trabalhadores ou das famílias, é uma prova enorme de resiliência. Resiliência do SUS, do povo brasileiro, da ciência”, afirmou o ministro, reforçando que articula a criação de um Grupo de Trabalho – coordenado pela Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente – para propor um modelo de estrutura para que cada estado possa enfrentar melhor situações de surtos, epidemias, endemias e os impactos das mudanças climáticas.
Há exatos cinco anos, o diretor da OMS, Tedros Adhanom, declarou que os países deveriam adotar uma estratégia integral e combinada para prevenir infecções, salvar vidas e minimizar o impacto da pandemia. Na época, o Brasil não adotou os mecanismos sugeridos pela OMS, vindo o país a registrar mais de 700 mil óbitos.
Na reunião com o ministro Padilha, participaram a Sociedade Brasileira de Bioética (SBB), a Associação de Vítimas da Covid-19 (Avico); a Associação Vida e Justiça; o Centro Brasileiro de Estudos de Saúde (CEBES); a Coalização Nacional Orfandade e Direitos; a Fiocruz; o Instituto Questão de Ciência; a atual presidente do Conselho Nacional de Saúde (CNS), Fernanda Magano e o presidente do CNS durante a pandemia, Fernando Pigatto. “É importante que a gente tenha, no Brasil, uma política de estado mais estável”, defendeu a nova secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente, Mariângela Simão.
O dia 11 de março é doloroso para Izabela Lopes Jamar, que perdeu a mãe para a Covid-19. “Quero justiça e que pessoas sejam responsabilizadas pelos crimes de saúde pública e pela divulgação de fake news que cometeram”, afirmou.
Kátia Castilho perdeu a mãe e o pai por Covid-19. A mãe, segundo ela, foi vítima de uma empresa acusada de promover tratamentos para a doença sem eficácia comprovada. “Março e abril foram os meses que perdi meus pais. A gente precisa que o Ministério da Saúde olhe mais para nós. Não podemos ser esquecidos”, declarou.
A advogada Bruna Morato depôs na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia. “O que me traz aqui são dois sentimentos: esperança e indignação. A minha resistência está relacionada à rede apoio a esses parentes e associações”, disse, solicitando ao Ministério da Saúde ampliação do apoio na assistência aos familiares das vítimas.
A presidente da Associação de Vítimas e Familiares da Covid-19, Paola Falceta, defendeu a criação de uma política de saúde mental com linha de cuidado para familiares órfãos como método de preparo para os sistemas de saúde em caso de novas pandemias. “Grande parte da população utiliza o SUS e, provavelmente, teremos outras pandemias. Quanto antes tivermos protocolos, melhor”, defendeu.
Ministério da Saúde
Fonte: Ministério da Saúde
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