Nova enzima
Nova enzima revoluciona produção de etanol de segunda geração e abre caminho para combustível mais sustentável

Uma descoberta promissora foi anunciada por cientistas do Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM), organização social vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI). Trata-se de uma nova enzima capaz de acessar a celulose de resíduos agrícolas como cana-de-açúcar, palha de milho e outras fontes de biomassa, impulsionando a produção de etanol de segunda geração.
Batizada de CelOCE, a enzima se destaca pela sua eficiência em quebrar a celulose, componente presente em grande quantidade nos resíduos agrícolas. Anteriormente, o processo de produção de etanol de segunda geração não tinha uma alta eficiência de aproveitamento da celulose, resultando em desperdício de matéria-prima. Com a CelOCE, é possível acessar a celulose de forma mais assertiva, utilizando menos matéria-prima para produzir a mesma quantidade de etanol.
“Não se trata apenas de uma descoberta científica, mas de uma quebra de paradigma que muda nosso entendimento sobre como a vida microbiana processa e metaboliza a celulose”, ressalta o líder da pesquisa, Mário Murakami. “Esta descoberta é um grande exemplo de como a biodiversidade pode revolucionar e acelerar a transição para uma bioeconomia, para uma economia circular de base biológica renovável”, complementou.
Benefícios da nova enzima
Os benefícios da CelOCE são diversos, como maior eficiência na produção de etanol, redução do desperdício de matéria-prima, menor necessidade de novas áreas de plantio e contribuição para a sustentabilidade, já que o etanol de segunda geração é considerado um combustível mais limpo.
“Se compararmos com a última grande descoberta na área, há mais de 20 anos, que proporcionou um ganho de liberação de açúcar em torno de 10%, esta descoberta aumenta em mais de 20% essa liberação. Ela representa o dobro do incremento em relação à última grande revolução na área”, compara o cientista Mário Murakami.
“Conseguimos reunir descoberta, impacto, mudança de paradigma e o que isso pode representar em termos de eficiência e viabilização de biorrefinarias no Brasil para a produção de biocombustíveis, bioenergia e outros biomateriais. Esses açúcares podem ser bioconvertidos em etanol, gasolina verde, diesel verde, biocombustível de aviação e bioquerosene”, afirma Mário.
Etanol de primeira e segunda geração
O etanol de primeira geração é produzido a partir da sacarose, o açúcar presente no caldo da cana-de-açúcar. Já o etanol de segunda geração, também conhecido como etanol celulósico, é produzido a partir da celulose, presente no bagaço e na palha da cana, por exemplo.
A descoberta da CelOCE representa um avanço significativo para a produção de etanol de segunda geração, tornando o processo mais eficiente e sustentável, e colocando o Brasil na vanguarda da produção de biocombustíveis.


TECNOLOGIA
Em Barcelona, MCTI reforça a cooperação internacional em supercomputação

O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) tem desempenhado um papel essencial na articulação de parcerias internacionais, promovendo colaborações entre instituições brasileiras e centros de excelência no exterior. Um dos avanços mais significativos nessa área é a parceria com o Barcelona Supercomputing Center (BSC), um dos mais avançados centros de pesquisa em supercomputação da Europa.
Após encerramento do Mobile World Congress (MWC) 2025, um dos maiores e mais influentes eventos de tecnologia do mundo, realizado entre 3 e 6 de março em Barcelona, na Espanha, o secretário de Ciência e Tecnologia para Transformação Digital (SETAD), Henrique de Oliveira Miguel, e o coordenador-geral de Tecnologias Digitais (CGTD), Guilherme Corrêa, realizaram uma visita técnica ao BSC.
O centro abriga o supercomputador MareNostrum 5, um dos mais potentes do continente europeu, e tem se consolidado como referência global na pesquisa e desenvolvimento de tecnologias de computação avançada.
A visita reforçou a colaboração científica entre o Brasil e a Espanha no desenvolvimento de inteligência artificial e computação de alto desempenho (HPC). Desde julho de 2024, quando a ministra Luciana Santos assinou um memorando de entendimento entre o Laboratório Nacional de Computação Científica (LNCC) e o BSC, essa cooperação tem se intensificado, garantindo intercâmbio de conhecimento e acesso a tecnologias de ponta.
Um dos exemplos dessa iniciativa é o apoio financeiro ao Instituto Eldorado, localizado em Campinas, para desenvolver projetos conjuntos com o BSC.
A colaboração entre o Eldorado e o BSC tem como foco o desenvolvimento de um acelerador matricial, tecnologia fundamental para otimizar o treinamento de modelos de inteligência artificial em supercomputadores. Essa parceria teve início há cerca de um ano e já resultou na troca de pesquisadores entre as instituições, consolidando o intercâmbio de conhecimento e inovação.
“Nosso objetivo é fomentar cada vez mais parcerias desse tipo, pois elas impulsionam a inovação e fortalecem a soberania tecnológica do Brasil”, enfatizou o coordenador-geral de Tecnologias Digitais, Guilherme Corrêa.
Delegação brasileira no Mobile World Congress e atuação do MCTI
Organizada pelas associações TeleBrasil e Telcomp e liderada pelo Ministro das Comunicações, Juscelino Filho, a delegação brasileira no Mobile World Congress MWC) contou com representantes de diversas esferas do governo, incluindo a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), a Agência Nacional de Proteção de Dados (ANPD) e o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA).
O MCTI teve uma participação estratégica, contribuindo para debates fundamentais sobre o futuro da conectividade, inteligência artificial e infraestrutura digital. Durante o evento, a delegação brasileira realizou reuniões setoriais para alinhar interesses, compreender demandas do setor e fortalecer o diálogo com grandes players da indústria.
“O evento, que antes era mais voltado para telecomunicações, hoje abrange diversas áreas da tecnologia. Para o MCTI, é fundamental estar inserido nessas discussões e acompanhar de perto as tendências globais”, explicou Guilherme Corrêa.
Networking e articulações estratégicas
A delegação aproveitou o ambiente propício do MWC para estabelecer contatos estratégicos e aprofundar discussões sobre temas prioritários, como a Lei de TICs (antiga Lei de Informática) e o Plano Brasileiro de Inteligência Artificial (PBIA). Momentos de networking, incluindo encontros informais e visitas a estandes de empresas líderes do setor, permitiram uma maior articulação entre representantes do governo e da iniciativa privada.
“Muitas vezes, as conversas mais produtivas acontecem nos intervalos do evento, quando podemos interagir diretamente com parlamentares e executivos e apresentar nossas pautas com mais flexibilidade”, acrescentou o coordenador.
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