Nova gestão do Ministério da Saúde tem paridade de gênero entre as secretarias nacionais

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O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, escolheu oito titulares para compor a nova gestão da pasta. Serão nomeadas quatro secretárias e quatro secretários, em paridade de gênero nos cargos principais. Um dos nomes é o da médica e sanitarista Mariângela Simão que assume a Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente (SVSA). A nova secretária foi diretora-geral adjunta da OMS para Acesso a Medicamentos, Vacinas e Produtos Farmacêuticos entre 2017 e 2022 e já integrou o Ministério da Saúde, tendo dirigido o Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais de 2006 a 2010.  

Confira a composição completa de secretários do Ministério da Saúde:

Conheça o perfil das secretárias e dos secretários na nova gestão 

Adriano Massuda – Secretário Executivo

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Foto: divulgação/MS

Médico sempre se dedicou à pesquisa em saúde pública. Entre os anos de 2016 a 2020, foi pesquisador-visitante no Departamento de Saúde Global e Populações da Harvard T.H. Chan School of Public Health 

Depois de cerca de um ano à frente da Secretaria de Atenção Especializada à Saúde (Saes), agora, Adriano Massuda terá a tarefa de apoiar o ministro na gestão das atividades sobre os sistemas federais de planejamento e orçamento na saúde. 

Médico sanitarista e professor da Fundação Getúlio Vargas/Escola de Administração de São Paulo, Adriano Massuda tem especialização e residência médica em Medicina Preventiva e Social, e em Administração em Saúde pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). 

Fez mestrado e doutorado em Saúde Coletiva na área de Política, Planejamento e Gestão em Saúde, também pela Unicamp. É professor da Escola de Administração de Empresas da Fundação Getúlio Vargas (FGV-EAESP) e coordenador do FGV-Saúde (Centro de Estudos de Planejamento e Gestão em Saúde da FGV-EAESP). 

Mariângela Simão – Secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente

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Foto: divulgação/MS

Foi diretora-geral adjunta da OMS para Acesso a Medicamentos, Vacinas e Produtos Farmacêuticos e já integrou o Ministério da Saúde, no Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais 

A nova secretária já integrou o Ministério da Saúde, tendo dirigido o Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais de 2006 a 2010, período do primeiro e segundo mandatos do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva. Durante esse tempo, também representou o Ministério da Saúde nas negociações que levaram à constituição da Unitaid. 

Mariângela foi diretora-geral adjunta da Organização Mundial da Saúde (OMS) para Acesso a Medicamentos, Vacinas e Produtos Farmacêuticos, entre 2017 e 2022. Recentemente, a secretária concluiu a tarefa de diretora-presidente do Instituto Todos pela Saúde. 

Mariângela Simão também foi diretora de Direitos Humanos, Gênero, Prevenção e Mobilização Comunitária no Programa das Nações Unidas para o HIV-Aids (Unaids), em Genebra, na Suíça. 

Mozart Sales – Secretário de Atenção Especializada à Saúde

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Foto: divulgação/MS

Com ampla experiência na gestão pública e uma trajetória consolidada no fortalecimento do Sistema Único de Saúde (SUS), Mozart Sales retorna à pasta para contribuir com as diretrizes estratégicas do ministro Alexandre Padilha, reforçando o compromisso do governo federal com a ampliação e qualificação dos serviços de saúde no país, garantindo atendimento especializado à população.

Natural de Fortaleza (CE), Mozart Sales é doutor em Saúde Integral e especialista em políticas públicas e articulação institucional. Além da carreira médica, teve forte participação política e acadêmica, sendo professor na Faculdade de Ciências Médicas da Universidade de Pernambuco, vereador de Recife (2004-2008) e presidente da Comissão de Saúde da Câmara Municipal da cidade.

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No governo federal, já ocupou cargos estratégicos, incluindo o de chefe de gabinete do Ministério da Saúde (2011-2012), diretor da Hemobrás (2015-2016) e médico pesquisador do Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira (IMIP).

Ana Luiza Caldas – Secretária de Atenção Primária à Saúde

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Foto: divulgação/MS

Já foi responsável pela Subsecretaria de Promoção, Atenção Primária e Vigilância em Saúde no Rio de Janeiro, onde auxiliou na recomposição das equipes de Saúde da Família 

A Secretaria de Atenção Primária à Saúde (Saps) passa a ser comandada por Ana Luiza Caldas, médica de Família e Comunidade e mestre em Saúde Pública pela Escola Nacional de Saúde Pública da Fiocruz (ENSP/Fiocruz). Com ampla experiência na gestão do SUS, a secretária escolhida pelo ministro da Saúde, Alexandre Padilha, tem como missão fortalecer o atendimento preventivo e descentralizado. 

Com trajetória dedicada à saúde pública, Ana Luiza iniciou sua atuação na Estratégia Saúde da Família (ESF) do município do Rio de Janeiro, consolidando experiência na linha de frente do atendimento. Em seu currículo, há funções estratégicas na gestão da atenção primária como a Coordenação do Núcleo Interno de Regulação da Coordenadoria Geral de Atenção Primária e a Supervisão Médica Regional de uma das 10 áreas de planejamento da capital fluminense. 

Ana Luiza também foi a responsável pela Subsecretaria de Promoção, Atenção Primária e Vigilância em Saúde do Rio de Janeiro, onde auxiliou na recomposição das equipes de Saúde da Família, ampliando a cobertura assistencial e garantindo o acesso integral ao cuidado, inclusive para populações em situação de vulnerabilidade, como pessoas privadas de liberdade e em situação de rua, além de realizar a implantação do Super Centro Carioca de Saúde, um dos maiores complexos de saúde pública da América Latina. 

Fernanda De Negri – Secretária de Ciência, Tecnologia e Inovação e do Complexo Econômico-Industrial da Saúde

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Foto: divulgação/MS

Uma das idealizadoras do Centro de Pesquisas em Ciência, Tecnologia e Sociedade do Ipea 

Com diversos livros e artigos publicados sobre inovação, ciência e tecnologia, Fernanda De Negri foi escolhida pelo ministro da Saúde, Alexandre Padilha, para comandar a Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação e do Complexo Econômico-Industrial da Saúde (Sectics). 

Ela tem publicações de sua autoria na área de produtividade e saúde, com ênfase nas políticas públicas para C&T. Seu livro “produtividade no Brasil: desempenho e determinantes” foi finalista do prêmio Jabuti, na área de economia, em 2015. 

No setor público, ocupou funções relacionadas com as políticas públicas para a produtividade e para a ciência e tecnologia, sendo pesquisadora do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) – instituição onde foi vice-presidente e em que coordenou diversos trabalhos de pesquisa sobre produtividade e inovação no setor produtivo brasileiro. 

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Felipe Proenço – Secretário de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde

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Foto: divulgação/MS

Médico de Família e Comunidade, foi professor adjunto da Universidade Federal da Paraíba nos Programas de Pós-Graduação em Saúde da Família e de Pós-Graduação em Saúde Coletiva 

Felipe Proenço é o novo secretário de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde (SGTES). Na gestão anterior, esteve à frente da Secretaria de Atenção Primária em Saúde (Saps) de fevereiro de 2024 a março de 2025.  

Proenço já exerceu o cargo de secretário substituto de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde e de diretor do Departamento de Planejamento e Regulação da Provisão de Profissionais de Saúde da pasta, nos quais teve a atribuição de coordenar nacionalmente o Mais Médicos para o Brasil. 

O secretário é doutor em Saúde Coletiva pela Universidade de Brasília (UnB) e mestre em Saúde Coletiva pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Também possui residência em Medicina de Família e Comunidade pelo Grupo Hospitalar Conceição (GHC).

Ana Estela Haddad – Secretária de Informação e Saúde Digital

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Foto: divulgação/MS

Secretária coordenou o desenvolvimento do aplicativo “Meu SUS Digital” 

A Secretaria de Informação e Saúde Digital (Seidigi) segue sob a coordenação de Ana Estela Haddad na nova gestão do ministro Alexandre Padilha. Graduada em Odontologia pela Universidade de São Paulo (USP) e especialista em Odontopediatria pela Fundecto-FOUSP, Ana Estela retornou ao Ministério da Saúde em 2023, ano de criação da Seidigi. 

A secretária tem ampla experiência em gestão pública em saúde e educação e formulação de políticas públicas. Ocupou, no Ministério da Saúde, o cargo de diretora de Gestão da Educação na Saúde da Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde (SGTES), de 2005 a 2010, tendo coordenado a idealização e implementação de programas como o Pró-Saúde, Telessaúde Brasil e Programa de Educação pelo Trabalho em Saúde (PET-Saúde)

Sob gestão da secretária Ana Estela Haddad, a pasta desenvolveu o aplicativo “Meu SUS Digital”. Na plataforma, o usuário pode acompanhar seu histórico clínico, os dados de vacinação, resultados de exames, medicações, posição na fila de transplante, entre outros serviços. 

Ricardo Weibe Tapeba – Secretário de Saúde Indígena

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Foto: divulgação/MS

Ativista, advogado, líder de comunidade e filho de lideranças tradicionais, Weibe Tapeba acompanha desde cedo a batalha dos pais pelos direitos dos povos indígenas 

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, confirmou o secretário Ricardo Weibe Tapeba para seguir no comando da Secretaria de Saúde Indígena (Sesai) na nova gestão da pasta. Ativista, advogado e líder de comunidade, ele faz parte da Federação dos Povos e Organizações Indígenas do Ceará (Fepoince). 

Em 2016, o secretário foi eleito vereador pelo município de Caucaia, no Ceará. Filho de lideranças tradicionais, Weibe Tapeba acompanha desde cedo a batalha dos pais pelos direitos dos povos indígenas: a mãe, uma agente de saúde; e o pai, um dos líderes da articulação dos povos indígenas do Nordeste. 

Além disso, em seu primeiro mandato como vereador, foi considerado um dos parlamentares mais atuantes por conta da apresentação de diversos projetos de lei e requerimentos. Por sua forte atuação em prol dos direitos humanos, meio ambiente e saúde, Tapeba é reconhecido por lideranças e movimentos. 

Ministério da Saúde

Fonte: Ministério da Saúde

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SAÚDE

“A saúde integral da mulher é prioridade absoluta do Ministério da Saúde”, afirma Padilha em primeira reunião no Congresso Nacional

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No segundo dia à frente do Ministério da Saúde, o ministro Alexandre Padilha realizou a primeira reunião no Congresso Nacional com a bancada feminina da Câmara dos Deputados. O encontro ocorreu nesta quarta-feira (12) e marcou o compromisso do governo em priorizar a saúde das mulheres. “A saúde integral da mulher é prioridade absoluta na gestão do Ministério da Saúde”, defendeu Padilha. 

Liderada pela deputada Benedita da Silva, a bancada feminina levou ao ministro sugestões de projetos e medidas para fortalecer o atendimento no Sistema Único de Saúde (SUS). Durante a reunião, Padilha enfatizou a importância de garantir um cuidado ainda mais amplo para todas. “Não dá para falar de saúde sem falar das mulheres, sem envolvê-las no enfrentamento dos desafios do setor. As mulheres são maioria da população e principais usuárias do SUS, seja por conta própria ou como cuidadoras de seus filhos, pais e familiares. Além disso, a maior parte dos profissionais da saúde são mulheres”, destacou o ministro. 

A deputada Benedita da Silva (RJ) agradeceu ao ministro pela disponibilidade em dialogar com o grupo e reforçou a importância da parceria para avançar em projetos fundamentais. “A bancada feminina tem trabalhado intensamente e conquistado avanços em diversos projetos. Hoje, na área da saúde, temos três propostas voltadas para o câncer, três relacionadas à saúde mental e psicossocial, duas para acompanhamento em saúde, além de iniciativas específicas para a saúde da mulher negra, combate à violência sexual e regulamentação da profissão de doulas. O que queremos é ouvi-lo, dar-lhe as boas-vindas e reforçar que estamos prontas para construir juntos”, declarou Benedita. 

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A parlamentar Jandira Feghali (RJ) destacou a importância da participação feminina no debate sobre o Complexo Econômico-Industrial da Saúde (CEIS) e o incentivo à inovação científica. “A questão da mulher é transversal e, entre os temas discutidos, está o Complexo Industrial da Saúde. Acredito que precisamos acompanhar mais de perto o desenvolvimento desse trabalho, pois há pesquisadores inovando nessa área, o que pode trazer impactos positivos para as políticas públicas de saúde”, afirmou Feghali. 

Para Antônia Lúcia, deputada pelo estado do Acre, há necessidade de medidas mais rígidas para garantir a aplicação de vacinas em crianças e políticas voltadas ao tratamento de câncer e saúde mental. “Vossa Excelência terá a oportunidade de se debruçar sobre projetos fundamentais para o combate ao câncer e a manutenção da qualidade de vida das pessoas com deficiência psicológica. Além disso, gostaria de sugerir a criação de uma tipificação criminal para servidores públicos que se recusarem a aplicar vacinas nas crianças”, pontuou a parlamentar. 

“Estou muito feliz por vê-lo à frente do Ministério da Saúde. Conheço seu trabalho e a diferença que fez no Governo Federal e na Secretaria de Saúde da capital paulista. Um dos pontos que precisamos discutir é a distribuição de fraldas geriátricas nas UBS”, propôs a deputada Juliana Cardoso (SP). 

A deputada Célia Xakriabá (MG) destacou pautas voltadas à saúde indígena e alertou sobre os impactos ambientais na saúde dos povos originários. “Temos duas coisas em comum: o senhor, que é doutor do corpo, e nós, povos indígenas, que somos doutores e embaixadores da floresta. Nesse sentido, temos dois projetos fundamentais. Um deles regulamenta as profissões de Agente Indígena de Saúde (AIS) e de Agente Indígena de Saneamento (Aisan), no âmbito do Subsistema de Atenção à Saúde Indígena (SasiSUS). O outro, de minha autoria, trata dos impactos dos agrotóxicos nas terras indígenas. Vivemos um momento de profunda crise climática, e precisamos discutir de que maneira podemos enfrentar esse problema”, alertou. 

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O ministro Alexandre Padilha, ao ouvir as parlamentares, destacou que o encontro reforça a parceria entre o Ministério da Saúde e a bancada feminina para impulsionar projetos que ampliem o acesso das mulheres aos serviços de saúde. “Saiu daqui um casamento entre o Ministério da Saúde e a bancada das mulheres. Vou me reunir com a Liderança do Governo na Câmara para avaliar a possibilidade de priorizarmos esses projetos. Vamos fazer de março um mês extremamente produtivo para a saúde integral das mulheres no Congresso Nacional”, afirmou. 

Outras importantes iniciativas mencionadas são a instalação de uma sala de situação permanente no Ministério da Saúde para acelerar agendas relacionadas às mulheres, o fortalecimento da Rede Alyne e a ampliação da prevenção e diagnóstico do câncer de colo de útero e de mama. Padilha também destacou que a Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec) discutirá a incorporação de novos medicamentos para o tratamento da endometriose e anticoncepcionais que beneficiem mulheres e adolescentes em situação de vulnerabilidade social. 

O ministro da Saúde reforçou, ainda, a importância de reduzir o tempo de espera para exames e tratamentos, garantindo um atendimento mais rápido e eficiente para a população feminina. “Vamos consolidar o Brasil como a maior rede pública de prevenção diagnóstica de câncer do mundo. Temos todas as condições de fazer isso e é uma prioridade absoluta nossa”, destacou. 

Edjalma Borges
Ministério da Saúde

Fonte: Ministério da Saúde

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