Oficina fortalece linha de cuidado do câncer do colo do útero para mulheres indígenas Yanomami e Ye’kwana
Esta semana, a saúde das mulheres indígenas Yanomami e Ye’kwana está no centro das discussões em Roraima. Desde segunda-feira (3), ocorre, em Boa Vista, a oficina Diagnóstico e Planejamento: Construção da Linha de Cuidado do Câncer do Colo do Útero no Dsei Yanomami e Ye’kwana.
A atividade, que segue até esta quinta-feira (6), na Universidade Federal de Roraima (UFRR), é financiada pela Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) e organizada e coordenada pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), pela Secretaria de Saúde Indígena (Sesai) e pelo Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI) Yanomami e Ye’kwana.
Trata-se de um encontro fundamental para a qualificação da atenção à saúde indígena com uma abordagem intercultural, que reúne profissionais e instituições para debater estratégias de rastreio, diagnóstico e tratamento do câncer do colo do útero nas comunidades.
Além de fortalecer colaboração entre diferentes instituições, promovendo um apoio interinstitucional, o objetivo é estruturar um modelo de atendimento que respeite a cultura e as especificidades das mulheres Yanomami e Ye’kwana, garantindo um acesso mais eficaz e humanizado aos serviços de saúde.
Entre os participantes estão representantes da Secretaria de Atenção Primária à Saúde (Saps), dos DSEI Leste de Roraima e Alto rio Negro, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), representantes do governo do estado de Roraima, além de profissionais que atuam diretamente na assistência no DSEI YY, como enfermeiros, médicos, técnicos de enfermagem e antropólogos.
Diagnóstico precoce
A Oficina Diagnóstico e Planejamento: Construção da Linha de Cuidado do Câncer do Colo do Útero no Dsei Yanomami e Ye’kwana é um passo crucial na construção de um sistema de saúde mais inclusivo e eficiente para os povos indígena.
O câncer do colo do útero é uma das principais causas de mortalidade entre as mulheres indígenas, sendo agravado pelas dificuldades de acesso ao diagnóstico precoce e ao tratamento adequado.
Leidiane Souza
Ministério da Saúde
Fonte: Ministério da Saúde
SAÚDE
Ministra da Saúde anuncia reajuste de 30% no custeio das Equipes de Saúde da Família Ribeirinha
Durante agenda em Manaus (AM), nesta quarta-feira (5), a ministra da Saúde, Nísia Trindade, anunciou um reajuste médio de 30% no custeio das Equipes de Saúde da Família Ribeirinha (eSFR). A medida será formalizada nos próximos dias, com a publicação de uma portaria no Diário Oficial da União, e faz parte da estratégia do governo federal para fortalecer a atenção primária em áreas de difícil acesso na Amazônia.
“O fortalecimento do SUS, que foi a missão dada a mim pelo presidente Lula, já resultou em melhorias concretas nos indicadores de saúde. Um exemplo disso é o aumento de 60% no número de cirurgias realizadas na região amazônica, em parceria com estados e municípios”, destacou Nísia. Vale lembrar que essa é a primeira vez desde 2017 que o governo federal reajusta o repasse às eSFR.
O anúncio foi feito durante a abertura do “Encontro Nacional da Estratégia Saúde da Família Ribeirinha: nos caminhos das águas o SUS se fortalece”, realizado na Assembleia Legislativa do Amazonas, com a presença de parlamentares, prefeitos e gestores da saúde.
Investimentos ampliados e novos incentivos
O financiamento para essas equipes mais que dobrou, passando de R$ 80,5 milhões em 2022 para R$ 168,1 milhões em 2024. Para 2025, a previsão de investimento é ainda maior: R$ 288 milhões, um aumento de 71% em comparação ao ano passado.
Com esse reforço, o Ministério da Saúde pretende expandir o número de equipes ribeirinhas, chegando a 340 até o final de 2025. Atualmente, 310 equipes estão homologadas e em operação.
Mudanças e reajustes na nova portaria
A nova portaria promove uma série de ajustes para aprimorar a atenção primária em regiões ribeirinhas, fortalecendo a Política Nacional de Atenção Básica (PNAB) e a Política Nacional de Saúde Integral das Populações do Campo, da Floresta e das Águas (PNSIPCFA). Entre as principais mudanças, estão:
Valorização dos profissionais
Os incentivos financeiros foram ampliados para:
- Profissionais de nível superior: de R$ 2.500 para R$ 5.000 por profissional (até dois por equipe);
- Auxiliares e técnicos de enfermagem: de R$ 1.500 para R$ 2.375 por profissional (até 11 por equipe);
- Auxiliares e técnicos em saúde bucal: de R$ 1.500 para R$ 2.375 por profissional (até um por equipe).
Incentivos para transporte terrestre e fluvial
- Aquisição de veículos pick-ups 4×4: incentivo de R$ 6.000 mensais por veículo (até dois veículos por equipe);
- Ampliação do recurso para transporte fluvial: de R$ 2.673,50 para R$ 6.000 mensais por embarcação (até quatro embarcações por equipe).
Melhoria na infraestrutura dos pontos de apoio
Os pontos de apoio para as equipes também receberão reajuste no financiamento, garantindo melhores condições de atendimento:
- De R$ 2.673,50 para R$ 4.000 mensais.
Reajuste do incentivo fixo para as equipes:
- O valor fixo de custeio das equipes foi elevado de R$ 13.920 para R$ 24.000 mensais.
Apoio à implantação de novas equipes:
- O recurso de apoio para novos municípios passou de R$ 20.000 para R$ 50.000 por equipe.
Criação de incentivos por desempenho:
- Premiações de até R$ 8.000 por equipe, conforme o cumprimento das metas estabelecidas.
Impacto na assistência à população ribeirinha
Criadas em 2010, as Equipes de Saúde da Família Ribeirinha e as Unidades Básicas de Saúde Fluviais (UBSFs) são fundamentais para levar atendimento médico, odontológico e de enfermagem às populações isoladas da Amazônia Legal e do Pantanal Sul-Mato-Grossense. Durante a agenda em Manaus, a ministra conheceu o Barco Hospital São João XXIII, que oferece atendimento especializado em saúde com recursos do SUS.
No Amazonas, 131 equipes atuam diretamente na atenção primária, assegurando assistência a milhares de pessoas que dependem exclusivamente do SUS para acesso à saúde pública. Além disso, o estado conta com 37 UBSFs – embarcações equipadas para consultas médicas, exames laboratoriais e até pequenos procedimentos cirúrgicos.
Apesar dos avanços, os desafios na região ainda são grandes, devido à dispersão dos domicílios, isolamento geográfico, acesso limitado à energia e dificuldades de comunicação. Esses fatores tornam o trabalho das equipes de saúde ainda mais essencial para garantir o direito à saúde nas áreas ribeirinhas.
“Ainda há desafios. Por isso, escutamos as demandas de comunidades, trabalhadores e gestores para garantir mais estrutura e ampliar o atendimento nessas regiões de grandes distâncias. E é exatamente isso que estamos fazendo com todos esses incentivos”, concluiu a ministra.
Edjalma Borges
Ministério da Saúde
Fonte: Ministério da Saúde
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