Opinião

Os 1700 anos de Niceia

O diabetes pode causar o aumento da glicemia e em altas taxas pode levar a complicações no coração, nas artérias, nos olhos, nos rins e nos nervos. Em casos mais graves, pode levar à morte.

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Mario Eugenio Saturno é Tecnologista Sênior do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e congregado mariano.

Você é cristão? Muitos responderão que sim… Você sabia que há um critério para definir quem seja cristão de verdade? E que esse critério foi estabelecido pelos primeiros cristãos no ano 325, na cidade de Niceia? E complementado depois em Constantinopla? Católicos e protestantes confirmam este juramento de fé ao menos uma vez por ano, exceto no Brasil, alguns pastores protestantes não estão tão atentos. Se você é evangélico, abra os olhos e pergunte ao seu pastor, se ele não ensinar este Credo, mude para uma Igreja.

Durante o próximo Jubileu (em que a Igreja distribui indulgências gratuitamente), ocorrerá um aniversário muito significativo para todos os cristãos: completar-se-ão 1700 anos da celebração do primeiro grande Concílio ecuménico, o de Niceia. Desde os apóstolos, os Pastores reúnem-se em assembleia com a finalidade de tratar doutrina e disciplina. Nos primeiros séculos da fé, multiplicaram-se os Sínodos tanto no Oriente como no Ocidente cristão e visando a unidade do Povo de Deus e o anúncio fiel do Evangelho. O Ano Jubilar poderá ser uma importante oportunidade para melhor evangelizar: todos os batizados, cada qual com o próprio carisma e ministério, deem testemunho da presença de Deus no mundo (vide o Spes Non Confundit 17).

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O Concílio de Niceia teve a missão de preservar a unidade, então seriamente ameaçada pela negação da plena divindade de Jesus Cristo e da sua igualdade com o Pai. Estiveram presentes cerca de trezentos Bispos. Depois de vários debates, todos, com a graça do Espírito, reconheceram-se no Símbolo de fé que ainda hoje professamos na Celebração Eucarística dominical. Os Padres conciliares quiseram iniciar aquele Símbolo empregando pela primeira vez a expressão “Nós cremos”, testemunhando que, naquele “Nós”, todas as Igrejas se encontravam em comunhão e todos os cristãos professavam a mesma fé.

O aniversário do Concílio convida os cristãos a unirem-se no louvor e agradecimento à Santíssima Trindade e, em particular, a Jesus Cristo, o Filho de Deus, “consubstancial ao Pai”, que nos revelou este mistério de amor. E ainda: “Que todos sejam um só, como Tu, Pai, estás em mim e Eu em ti; para que assim eles estejam em Nós e o mundo creia que Tu me enviaste” ( Jo 17, 21).

No Concílio de Niceia, tratou-se também da data da Páscoa. A este respeito, ainda hoje existem posições diferentes, que impedem de celebrar, no mesmo dia, o evento fundante da fé. Por uma circunstância providencial, isso acontecerá precisamente no ano de 2025. Seja isto um apelo a todos os cristãos do Oriente e do Ocidente para a unidade em torno de uma data comum para a Páscoa.

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Outro convite premente que o Papa Francisco deseja fazer destina-se às nações mais ricas, para que deem o perdão das dívidas dos países que nunca poderão pagá-las. Mais do que magnanimidade, é uma questão de justiça, há uma verdadeira “dívida ecológica”, particularmente entre o Norte e o Sul. Se queremos verdadeiramente preparar no mundo a senda da paz, empenhemo-nos em remediar as causas remotas das injustiças, e saciemos os famintos.

Mario Eugenio Saturno (fb.com/Mario.Eugenio.Saturno) é Tecnologista Sênior do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e congregado mariano

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ARTIGO

A leitura de literatura e a saúde mental das crianças

A saúde mental das crianças nunca esteve tão fragilizada como está agora!

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Dr. Francisco Neto Pereira Pinto é Professor Universitário, Psicanalista e Escritor.

Neste janeiro branco, mês dedicado à conscientização da saúde mental e emocional, esta afirmativa nos convida a refletir sobre a situação desse público tão singular que, cada vez mais cedo, está experimentando as dores do adoecimento psíquico. Nesse sentido, o psiquiatra e psicanalista brasileiro Joel Birman, em seu texto A juventude na atualidade, diz que as crianças e os adolescentes estão vivenciando um estado de desamparo sem precedentes e estão cada vez mais vulneráveis a traumas variados.

Nesse cenário, a leitura de literatura pode contribuir e muito para promover a saúde mental dos pequenos. A renomada antropóloga francesa, Michele Pètit, que dedicou grande parte de sua carreira a trabalhar com crianças refugiadas e em contextos de guerra, enfatiza o poder transformador da leitura. Em suas experiências, ela testemunhou inúmeras vezes como a simples leitura de textos, trechos ou mesmo de fragmentos pode resgatar crianças e adolescentes da prisão de cenas traumáticas. Para Pètit, essas leituras são uma ferramenta poderosa para que os jovens possam ressignificar suas experiências, dando nome a angústias e dores que ameaçam sua saúde psíquica.

Outro estudioso dedicado à educação e à saúde das crianças, o psicanalista Bruno Bettelheim, acrescenta que a literatura infantil é um dos melhores recursos disponíveis para ajudar as crianças a atribuir significado às suas vivências e encontrar propósito na vida. Essas visões destacam a importância da leitura como um instrumento essencial para o desenvolvimento emocional e psicológico dos jovens, até mesmo em contextos adversos.

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A prática da leitura de literatura infantil pode começar ainda na gestação, quando os pais leem para o bebê que está na barriga. À medida que a criança cresce, essa atividade pode continuar de forma prazerosa e educativa. Enquanto o adulto se guia pelos textos, o pequeno pode acompanhar pelas imagens, o que promove uma interação rica e estimulante. Não é necessário que os pais se preocupem em ser fiéis à história; a imaginação pode fluir livremente, tanto a dos adultos quanto a das crianças.

É fundamental que a leitura não seja imposta como uma obrigação, mas que a criança tenha a liberdade de se expressar, mesmo antes de adquirir fluência na linguagem. Os pais podem ainda dar vida às histórias com encenações e dramatizações, tornando o momento mais lúdico e envolvente. E se a criança pedir para repetir a mesma história várias vezes, isso deve ser encarado positivamente, pois indica uma conexão significativa e um impacto emocional profundo para ela.

Para quem deseja iniciar ou enriquecer a leitura de literatura infantil em casa, diversas sugestões podem ser exploradas, abrangendo clássicos internacionais e brasileiros, de autores de diferentes épocas e estilos. Entre os recomendados estão nomes consagrados como Charles Perrault, Irmãos Grimm e Hans Cristian Andersen, cujas histórias encantam gerações. Representando a rica produção nacional, destacam-se Monteiro Lobato, Lygia Bojunga, José Mauro de Vasconcelos, Ziraldo, Ana Maria Machado, Ruth Rocha, Pedro Bandeira, dentre outros, que oferecem narrativas envolventes e significativas.

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Autores contemporâneos como Ilan Brenman, Otávio Júnior, Daniel Munduruku, Eliane Potiguara e Francisco Neto Pereira Pinto também merecem atenção, proporcionando uma vasta gama de obras que dialogam com a atualidade e com a diversidade cultural. Muitos desses títulos estão disponíveis na Amazon, facilitando o acesso a essa valiosa fonte de conhecimento e entretenimento para crianças e adultos, que é a literatura infantil.

Boa saúde mental para todos!

Dr. Francisco Neto Pereira Pinto é Professor Universitário, Psicanalista e Escritor. Autor dos livros À beira do Araguaia; Saudades do meu gato Dom, O Gato Dom e Você vai ganhar um irmãozinho, todos disponíveis na Amazon. @francisconetopereirapinto

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