A Polícia Federal (PF) e Receita Federal (RF) reprimem o comércio ilegal de produtos eletrônicos em operação nos Estados de Goiás, Tocantins, Mato Grosso e Amazonas. Conforme as investigações, influenciadores digitais ensinavam seguidores a importarem produtos de forma clandestina. Foram apreendidos veículos de luxo, aparelhos eletrônicos e cerca de R$ 120 mil em espécie.
Eles são investigados pelos crimes de descaminho, organização criminosa, evasão de divisas, incitação ao crime e lavagem de capitais. A operação desta quinta (28) é um desdobramento da Operação Mobile, deflagrada em abril deste ano, iniciada a partir da prisão em flagrante de vários transportadores de mercadorias, especialmente eletrônicos, sem os pagamentos dos devidos tributos.
Foram cumpridos 76 mandados judiciais de busca e apreensão e de sequestro de veículos. As investigações revelaram a existência de uma organização criminosa que atuava na importação clandestina, no transporte, depósito e na comercialização nas cidades de Goiânia, Anápolis, Palmas (TO), Manaus (AM) e Confresa (MT) de produtos eletrônicos oriundos do Paraguai. Contabilizando somente as apreensões de mercadorias realizadas em fases anteriores da operação, chega-se a um montante de aproximadamente de R$ 10 milhões.
A organização criminosa, composta por diversos integrantes, possuía divisão de tarefas especializadas entre seus membros e as empresas envolvidas realizavam movimentação financeira milionária, também utilizando criptomoedas para realizar as transações ilegais e a lavagem de capitais oriundos dos crimes praticados. Os prejuízos aos cofres públicos podem chegar ao valor de 80 milhões de reais por ano em tributos sonegados, segundo a Receita Federal.
Conforme a PF, são alvos da operação influenciadores digitais que também atuavam como coaches e que se autointitulavam “especialistas” na importação de eletrônicos, ministrando cursos e ensinando seus seguidores a fazerem importação clandestina de produtos sem o recolhimento de impostos, orientando-os, também, a como proceder para “se ocultarem” das autoridades estatais. Esses influenciadores ostentavam uma vida de luxo na internet, realizando postagens de viagens e de carros importados provenientes dos lucros das atividades ilícitas.
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