Plínio Valério critica venda da mineradora Pitinga a estatal chinesa

O senador Plínio Valério (PSDB-AM) voltou a criticar a venda da mineradora Pitinga, no Amazonas, a uma estatal chinesa. Em pronunciamento no Plenário do Senado nesta quarta-feira (12), ele destacou que ingressou com um mandado de segurança no Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1) para suspender a transação, que considera “um erro tremendo”, com impactos na soberania nacional.
Segundo o senador, a mina de Pitinga possui reservas de estanho e cassiterita, mas também rejeitos que contêm minerais estratégicos. Ele alertou que os chineses dispõem da tecnologia necessária para explorar esses rejeitos, o que poderia comprometer o controle brasileiro sobre esses recursos.
— Nós estamos dando de mão beijada para os chineses montanhas de rejeitos que contêm urânio e contêm lítio. Toda a tabela periódica de terras raras está lá, no Amazonas, na mina de Pitinga — afirmou.
Plínio Valério também criticou a falta de anuência do Congresso Nacional na venda da mineradora. Ele argumenta que negociações desse porte devem passar pelo aval dos parlamentares, conforme determina a legislação.
— Estou aqui, também, pelo Brasil. Isso é um acinte à soberania nacional e um acinte à nossa população — protestou.
O parlamentar informou que a Justiça Federal no Amazonas determinou que as autoridades responsáveis prestem informações sobre a venda em um prazo de dez dias antes da análise do pedido de liminar. Ele também cobrou uma atuação firme do Ministério Público Federal na defesa dos interesses nacionais.
Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)
Fonte: Agência Senado


POLÍTICA NACIONAL
Projeto prevê garantia para obra executada com recurso de emenda parlamentar

O Projeto de Lei 4279/24, em análise na Câmara dos Deputados, exige que as obras e os serviços de engenharia executados com recursos de emendas parlamentares possuam instrumentos de mitigação de riscos, como seguro-garantia ou fiança bancária.
O intuito do projeto é garantir que as obrigações contratuais sejam cumpridas pelos responsáveis pela obra, evitando obras inacabadas.
Conforme o texto, a garantia servirá para cobrir danos relacionados à obra, como acidentes, e ainda danos por descumprimento de cláusulas contratuais. O edital deverá prever o tipo de instrumento que poderá ser contratado, podendo ser:
- caução em dinheiro ou em títulos da dívida pública;
- apólices de seguro;
- fiança bancária; ou
- título de capitalização, com resgate pelo valor total.
Não haverá exigência de garantia em apenas três situações: quando o valor da garantia superar 4,5% do valor do contrato, em contratos inferiores a R$ 500 mil, ou quando houver justificativa técnica para a dispensa da contratação de seguro.
Continuidade
O projeto é do deputado Fernando Monteiro (PP-PE). De acordo com ele, o texto é importante para melhorar a qualidade e a transparência das obras executadas com recursos públicos, além de coibir obras federais inacabadas.
“A medida proporcionará uma camada adicional de segurança e fiscalização, garantindo que os recursos sejam aplicados de maneira eficiente e responsável”, explica Monteiro.
Próximos passos
O projeto será analisado em caráter conclusivo nas comissões de Finanças e Tributação, e de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ). Para virar lei, a proposta precisa ser aprovada pela Câmara e pelo Senado.
Saiba mais sobre a tramitação de projetos de lei
Reportagem – Janary Júnior
Edição – Roberto Seabra
Fonte: Câmara dos Deputados
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