Agronegócio
Práticas agrícolas sustentáveis ajudam na preservação do Cerrado
Um estudo realizado por pesquisadores da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ) e da Embrapa demonstra que práticas agrícolas sustentáveis podem preservar a porosidade e a agregação do solo em níveis próximos aos de áreas de vegetação nativa no bioma Cerrado.
Conduzida por Letícia Pimenta, Vanessa Pereira, Amanda Santos, Maria Eduarda Xistuli, Érika Pinheiro (UFRRJ), David de Campos (Embrapa Solos) e Celso Manzatto (Embrapa Meio Ambiente), a pesquisa ressalta a importância do manejo adequado para a saúde do solo e a sustentabilidade da agricultura e da pecuária.
A pesquisa avaliou a porosidade do solo em áreas com diferentes sistemas de manejo, como o plantio de milho convencional, a pastagem produtiva com capim mombaça, e uma área de Cerrado denso preservado, localizada em João Pinheiro, Minas Gerais. Os resultados apontaram que a conservação da porosidade do solo em áreas de pastagem se deve ao uso controlado da taxa de lotação animal e à rotação entre piquetes, estratégias que permitem a recuperação do capim, prevenindo a compactação causada pelo pisoteio do gado.
Nas áreas de cultivo, os pesquisadores destacaram a relevância de práticas como o plantio direto, utilizado anteriormente para a produção de abóbora. Essa técnica evitou o uso de maquinário pesado, ajudando a manter a estrutura do solo favorável à infiltração de água e ao desenvolvimento radicular, elementos essenciais para a produtividade agrícola no Cerrado, um bioma rico em biodiversidade, mas sensível a impactos ambientais.
Os autores do estudo enfatizam que práticas sustentáveis como essas são fundamentais para garantir a longevidade produtiva e a resiliência dos solos do Cerrado, contribuindo não só para a segurança alimentar, mas também para a preservação de um dos ecossistemas mais ameaçados do Brasil.
Fonte: Pensar Agro
Agronegócio
Embrapa revela que cascudinho-da-soja ameaça safra brasileira
Uma pesquisa da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) apontou para o crescimento de uma praga com potencial para reduzir a produtividade da soja em até 30%, o que equivale a perdas de 8 a 10 sacas por hectare, impactando diretamente o potencial econômico das lavouras. O cascudinho-da-soja (Myochrous armatus) tem preocupado produtores rurais, especialmente nas regiões Centro-Oeste e Norte do Brasil, por sua capacidade de causar danos significativos nas plantações.
De acordo com dados da Embrapa, o cascudinho atua desde as primeiras fases da cultura da soja, prejudicando as plantas já na fase de germinação. Na fase larval, a praga vive no solo e destrói as raízes das plantas, enquanto na fase adulta, o ataque se intensifica, com a alimentação no caule, hastes e pecíolos. Isso pode levar ao tombamento e até à morte das plantas, resultando em uma queda considerável na produção.
Hudslon Huben, especialista em manejo agrícola, destaca que os danos são especialmente críticos em plantas jovens. “O cascudinho ataca principalmente no início do ciclo da cultura, o que é ainda mais problemático quando ocorre em períodos de estiagem. Nessas condições, as perdas podem ser ainda mais graves, deixando as plantas enfraquecidas ou até matando-as”, explica Huben.
A identificação correta do cascudinho é um desafio para os produtores, pois a praga é similar ao torrãozinho (Aracanthus mourei). O cascudinho adulto tem coloração preto-fosca, mas pode variar de marrom a acinzentado, dependendo do tipo de solo. Suas larvas, por sua vez, são amareladas e se desenvolvem no solo.
A Embrapa, que é referência em pesquisa agrícola no Brasil, alerta para a importância do monitoramento constante das lavouras e do uso de estratégias de manejo integrado. Isso inclui a combinação de monitoramento frequente, além da aplicação de produtos químicos e biológicos registrados para combater a praga.
Fonte: Pensar Agro
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