Opinião

Preciosa vontade

O fortalecimento progressivo e educativo da disposição faz com que não seja por sorte ou destino que os grandes feitos sejam realizados, mas pelo ciclo virtuoso de tempos passados. Quem cuida da sua vontade não deixa desprotegido seu próprio patrimônio pessoal através de obras e realização. Apenas uma consciência satisfeita consigo mesma de forma honesta, verdadeira e cuidadosa pode ser leve e alegre, bem como de ter a felicidade do dever cumprido.

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Paulo Hayashi Jr. é doutor em Administração. Professor e pesquisador da Unicamp.

O ser humano necessita de propósitos válidos para aproveitar com melhor efetividade sua caminhada na Terra. Caso contrário, há o desperdício de tempo e recursos preciosos para si e para o universo. Com boa vontade, o que se pretende pode ser perseguido com energia e disciplina. A vontade consegue movimentar as fibras íntimas do ser, bem como de organizar os diversos recursos internos que, caso sem ela, ficariam sem uso ou subaproveitados. Assim, ela representa legítimo capitão que organiza e orquestra os diferentes departamentos do ser, desde seus pensamentos e sentimentos até mesmo o labor que edifica no tempo.

Pode-se dar a desculpa de não querer, mas o prejuízo não se pode legitimar pela situação. É o próprio indivíduo responsável pela vigilância ou pela falta de atenção. Pouca ou nenhuma disposição configura o desleixo em não cultivar a vontade como legítima planta delicada que necessita de cuidados especiais. Para que ela cresça saudável é essencial que os pequenos trabalhos cotidianos que necessitam de atenção e movimentação do indivíduo não sejam relevados ao esquecimento. O fortalecimento progressivo e educativo da disposição faz com que não seja por sorte ou destino que os grandes feitos sejam realizados, mas pelo ciclo virtuoso de tempos passados. Quem cuida da sua vontade não deixa desprotegido seu próprio patrimônio pessoal através de obras e realização. Apenas uma consciência satisfeita consigo mesma de forma honesta, verdadeira e cuidadosa pode ser leve e alegre, bem como de ter a felicidade do dever cumprido.

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Paulo Hayashi Jr. – Doutor em Administração. Professor e pesquisador da Unicamp

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ARTIGO

A Septuaginta, a Hebraica e Qumran

Há outros manuscritos medievais do Antigo Testamento, o mais antigo é uma cópia do Cairo dos profetas de 895 d.C., enquanto o Codex de Aleppo, de 930 d.C., carrega o selo de aprovação do grande filósofo Maimônides, há um Codex Babilônico dos Profetas (916 d.C.) e uma cópia do Pentateuco do século X no Museu Britânico.

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Mario Eugenio Saturno é Tecnologista Sênior do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e congregado mariano.

Desde o início da Igreja (ekkesia, comunidade, assembleia) de Jesus Cristo, as Escrituras (Antigo Testamento) utilizadas eram as da Septuaginta (LXX) na língua grega e não a Hebraica. Esta versão somente passou a ser valorizada na época de Jerônimo porque havia grandes diferenças entre as duas Bíblias e julgou-se que a Hebraica fosse original e mais correta. E essa impressão continuou até 1947, quando foram descobertos os pergaminhos do Mar Morto.

Descobri alguns livros que tratam do assunto, de autores como Emanuel Tov, James A. Sanders, Eugene Ulrich, e Ralph W. Klein (autor do livro “Textual – Crítica do Antigo Testamento. A Septuaginta depois de Qumran” e que estou estudando e repasso aqui).

A história da Septuaginta (LXX) começa com a tradução do Pentateuco em Alexandria, Egito, no século III A.C., uma vez que a comunidade judaica de lá encontrou cada vez mais dificuldade em usar o hebraico, traduziu o Pentateuco para o grego koiné para atender às necessidades litúrgicas da sinagoga, e talvez para fins apologéticos e educacionais também.

O Texto Massorético (TM) é versão hebraica do Antigo Testamento, padronizada entre os séculos VI e X d.C., pelos massoretas, usada no judaísmo rabínico e nas traduções modernas da Bíblia.

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Há outros manuscritos medievais do Antigo Testamento, o mais antigo é uma cópia do Cairo dos profetas de 895 d.C., enquanto o Codex de Aleppo, de 930 d.C., carrega o selo de aprovação do grande filósofo Maimônides, há um Codex Babilônico dos Profetas (916 d.C.) e uma cópia do Pentateuco do século X no Museu Britânico.

O Pentateuco Samaritano é a versão dos primeiros cinco livros da Bíblia (Gênesis, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio) usada pela comunidade samaritana e que rejeita o resto da Bíblia Hebraica.

A descoberta dos Manuscritos do Mar Morto (250 a.C. a 68 d.C.) demonstrou que a Septuaginta mudou menos e está mais próximo do original do que os demais textos. Por exemplo, o fragmento 4QEx de Qumran confirma Ex 1,1-6 da LXX contra o Texto Massorético.

Qumran e LXX acrescentam “seu pai” depois de Jacó; TM não. Qumran e LXX leem “E todas as pessoas de Jacó”; TM lê “E todas as pessoas que saem dos lombos de Jacó”. Qumran e LXX leem “setenta e cinco”; TM lê “setenta”. Qumran e LXX leem “pessoas. E José morreu.”; TM lê pessoas. E José no Egito. E José morreu.

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A variante “setenta e cinco” é a citada pelo mártir Estêvão (Atos 7,14) e é atestada por alguns manuscritos da LXX em Dt 10,22. É um cálculo baseado em Gn 46,20 da LXX, que contém os nomes de cinco descendentes adicionais de Efraim e Manassés.

Precisamos ainda analisar o Pentateuco Samaritano e o livro de Jeremias, cujo Texto Massorético mostra que foram acrescentadas 2.700 palavras a mais que a LXX e 4QJer, mas esta pequena amostra já mostrou que os Apóstolos e Padres da Igreja foram corretamente inspirados a utilizar a Palavra de Deus (em grego) que não depende de uma língua específica e que precisa estar sempre acompanhando as mudanças humanas da língua! Ou seja, precisamos da Igreja, uma que acerte nas escolhas teológicas, ou seja, siga a Septuaginta dos cristãos!

Mario Eugenio Saturno (fb.com/Mario.Eugenio.Saturno) é Tecnologista Sênior do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e congregado mariano

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