Brasil
Presidente nomeia general Freire Gomes para comando do Exército

O general Marco Antônio Freire Gomes assumiu oficialmente, nesta quinta-feira (31), o Comando do Exército Brasileiro, em cerimônia no Clube do Exército, em Brasília, com a presença do presidente Jair Bolsonaro.
Freire Gomes substitui o general Paulo Sérgio Nogueira, que estava à frente do posto há quase um ano e que agora será o novo ministro da Defesa. Nogueira entra no lugar de Braga Netto, que deixou o cargo para concorrer às eleições como provável candidato à vice-presidente na chapa de reeleição de Bolsonaro.
“Sinto um aperto no coração por deixar o convívio diário com minha tropa, e com as lides do Exército, mas posso afirmar que entrego o comando plenamente realizado como comandante de um exército que tem militares de elevado valor profissional e moral, e que ao povo brasileiro sempre serviu e servirá”, afirmou o general Paulo Sérgio Nogueira em seu discurso de despedida. O novo comandante do Exército não falou na cerimônia.
Pela manhã, o presidente Jair Bolsonaro havia dado a posse a nove ministros e outros integrantes do governo que se desincompatibilizaram dos cargos para concorrem a cargos eletivos nas eleições de outubro deste ano.
Perfil
Marco Antônio Freire Gomes exercia o cargo de Comandante de Operações Terrestres, em Brasília. O general, nasceu em 31 de julho de 1957, em Pirassununga, interior de São Paulo e foi incorporado ao Exército em 14 de fevereiro de 1977, na Academia Militar das Agulhas Negras (Aman), em Resende (RJ). Foi declarado aspirante a oficial de cavalaria em dezembro de 1980.
Como Oficial General exerceu os cargos de Comandante da Brigada de Operações Especiais e do Comando de Operações Especiais, em Goiânia; 1º Subchefe do Comando de Operações Terrestres (Coter), em Brasília; Comandante da 10ª Região Militar, em Fortaleza; Secretário-Executivo do GSI/PR, em Brasília; Comandante Militar do Nordeste, em Recife; e Comandante de Operações Terrestres, em Brasília.
Durante a sua carreira militar, serviu em unidades de Cavalaria, como o 10º Regimento de Cavalaria Mecanizado (RC Mec), em Bela Vista (MS); o 10º Esquadrão de Cavalaria Mecanizado, em Recife (PE); e o 16º RC Mec, em Bayeux (PB). Além disso, serviu no 1º Batalhão de Forças Especiais e no Comando da Brigada de Infantaria Paraquedista, ambos no Rio de Janeiro (RJ); e integrou o Grupo de Observadores das Nações Unidas na América Central (ONUCA). Foi instrutor da Seção de Instrução Especial (SIESP) da Academia Militar das Agulhas Negras (AMAN); e, também, o primeiro Comandante do 1º Batalhão de Ações de Comandos, em Goiânia (GO).
Ainda como oficial superior exerceu as funções de Chefe da Divisão de Operações e Divisão de Inteligência do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República (GSI/PR), em Brasília (DF); Chefe do Serviço Militar Regional do Comando da 11ª Região Militar, em Brasília (DF); Adido Militar de Defesa e do Exército junto à Embaixada do Brasil no Reino da Espanha; Chefe da Seção de Doutrina e Assistente da 3ª Subchefia do Estado-Maior do Exército, em Brasília (DF); Oficial do Estado-Maior Conjunto do Ministério da Defesa, em Brasília (DF); e Oficial do GSI/PR, também na capital.
Edição: Fernando Fraga


POLÍTICA NACIONAL
Redução de impostos de importação prejudica produtores, diz Pontes

O senador Astronauta Marcos Pontes (PL-SP) criticou a decisão do governo federal de reduzir as alíquotas do imposto de importação para itens como carne, café e açúcar. Ele afirmou, em pronunciamento nesta quarta-feira (12), que a medida pode gerar um efeito imediato nos preços, mas enfraquece a produção nacional e prejudica a competitividade dos produtores brasileiros.
— O Brasil é o maior produtor mundial de café, açúcar, carne e diversos outros produtos que agora terão alíquota zerada para importação. Qual a lógica disso? Qual o sentido de sufocar ainda mais nossos agricultores e pecuaristas, já sobrecarregados com altos custos, burocracia e insegurança jurídica? — questionou.
O senador destacou que a decisão não leva em conta as dificuldades enfrentadas pelos produtores nacionais, que já lidam com altos custos operacionais e carga tributária elevada. Para ele, a isenção do imposto amplia a dependência do mercado brasileiro em relação a produtos importados e pode impactar negativamente a geração de empregos no setor agropecuário.
— O governo deveria investir em logística, desburocratização e incentivos à produção. Mas, em vez disso, opta por uma solução que prejudica o pequeno produtor e entrega o mercado brasileiro a concorrentes estrangeiros — declarou.
Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)
Fonte: Agência Senado
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