Usinas goianas - CRV Industrial e Cooper-Rubi - efetivam aprendizes de destaque

Primeiro emprego: jovens deixam a condição de aprendizes e passam a ser funcionários

Usinas goianas – CRV Industrial e Cooper-Rubi – efetivam aprendizes de destaque

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Um dos desafios do jovem no mercado de trabalho é encontrar uma primeira oportunidade de emprego.  O programa Jovem Aprendiz vem sendo uma estratégia para possibilitar o acesso a um primeiro emprego para as pessoas até certa faixa etária. Além de trazer uma oportunidade profissional, direcionada a certa área ou setor empregatício.

O Programa tem colaborado para inserção destes indivíduos no mercado de trabalho, abrindo caminhos para que estes obtenham o seu primeiro emprego. Assim sendo, alguns destes jovens fazem parte do quadro de funcionários da Cooperativa Agroindustrial de Rubiataba (Cooper-Rubi) e da CRV Industrial. Eles tiveram seu talento e esforço reconhecidos pelos gestores e se efetivaram nas usinas.

Segundo a Supervisora de Rh da Cooper-Rubi, Sbetania Brito, as contratações dos jovens aprendizes permitem que as empresas capacitem os novos colaboradores de acordo com as principais necessidades dentro da cultura interna da empresa. “O programa capacita e favorece a especialização de mão-de-obra qualificada, tornando estes nossos colaboradores futuros. Isso significa treinar para atender demandas específicas, relacionadas ao modelo de negócio e filosofia de trabalho pretendido”.

Jackeline Oliveira, Supervisora de Rh da CRV Industrial, complementa que é muito importante para a usina ter jovens qualificados e que queiram crescer junto com a empresa. Através do programa não apenas o jovem é beneficiado, mas também a empresa e a comunidade em que ele está inserido.  O aprendiz é remunerado, assim pode ajudar na renda familiar, além de movimentar a economia local. E os talentos, de acordo com seus respectivos desempenhos, são contratos pela empresa. Desde o início do programa em 2018, 20 jovens já foram efetivados junto as empresas Cooper Rubi e Agro Rub. Sendo efetivados ao quadro da CRV Industrial em média 10 jovens.

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Bons exemplos

Fabiele Abilene Alves da Silva, de 23 anos, é exemplo que ser aprendiz é um grande passo na construção de uma carreira profissional. Em 2018, já casada e com uma filha, a jovem ingressou na Cooper-Rubi, em Rubiataba, como aprendiz. Em pouco mais de um ano, ela conheceu os processos do setor de armazém de açúcar e o de qualidade da indústria.

Fabiele Abilene Alves da Silva

Ela aproveitou a experiência que adquiriu e se candidatou a uma vaga efetiva. “Todo o aprendizado foi fundamental para eu entrar no mercado de trabalho”. Fascinada pelo mundo administrativo, Fabiele pensa em se formar na área. “Sempre incentivo meus amigos, familiares e vizinhos a participar do programa. A Cooper-Rubi abriu as portas para mim, me ensinou e me deu a oportunidade de crescimento”, afirma.

O estudante de engenharia, Leonardo Chaves Bolentine, de 21 anos, atua no setor agrícola da usina. Mas ele entrou na unidade em 2018 como aprendiz, dentro de um escritório, na central de ordem de serviço. Algum tempo depois, foi convidado para trabalhar na agrícola, especificamente na área de topografia.

Leonardo Chaves Bolentine

“Meu primeiro emprego formal só foi alcançado por eu ter sido jovem aprendiz. Me deu a oportunidade de crescer no mercado de trabalho. Sabemos que ainda existe a exploração do trabalho infantil e adolescente, então trabalhar como aprendiz me proporcionou desfrutar dos direitos como com horários de descanso, décimo terceiro e opção de férias e ainda sendo contemplado para ser efetivo na empresa”, afirma.

Jordana Camila Gomes Pinto

Jordana Camila Gomes Pinto, de 22 anos, atua no Departamento Pessoal da CRV Industrial, em Carmo do Rio Verde, mas só foi contratada porque foi aprendiz. “No período de um ano e quatro meses aprendi a conviver com diversos tipos de pessoas. Além de conhecer normas, deveres e obrigações do setor. Toda forma de aprendizado é considerado crescimento. E a cada dia aprendo mais com a empresa, então sim, me vejo crescendo a cada dia”, pontua.

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O primeiro emprego de carteira assinada de Lara Caruliny Alexandre da Cruz, de 23 anos, só foi possível ao programa de aprendiz da CRV Industrial, no qual atuou em diversos departamentos como arquivo, controle de acesso e recepção do escritório. Após um tempo afastada após término do contrato, em dezembro de 2020, a jovem foi novamente chamada para. Hoje Lara está na recepção.

Lara Caruliny Alexandre da Cruz

Ela, que faz faculdade de direito, se vê crescendo na empresa. Quando aprendiz percebeu que é importante ter comprometimento e proatividade para enfrentar os desafios do ambiente profissional. “Além disso, aprendi lições valiosas: escutar mais do que falar, aprender a aprender, trabalho em equipe e a importância da comunicação”, revela. Fotos: João Lima

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ECONOMIA

CRV Industrial aposta na meiose para otimizar o cultivo da cana e reduzir custos

Técnica amplia a produção, melhora a qualidade das mudas e favorece a sustentabilidade no campo

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CRV Industrial aposta na meiose para otimizar o cultivo da cana e reduzir custos. Fotos: CRV

A CRV Industrial, usina bioenergética localizada em Carmo do Rio Verde, está investindo no plantio por Meiose como uma estratégia para otimizar o cultivo da cana-de-açúcar. Esse método permite que parte da área seja plantada inicialmente para gerar mudas destinadas ao restante da lavoura, possibilitando o uso temporário da terra com outras culturas ou o pousio.

De acordo com o superintendente agrícola, Carlos Jordão, a técnica visa otimizar o plantio, reduzir custos e preservar a área de moagem. Como teste inicial, a empresa implantou 100 hectares com Meiose, que se transformarão em 900 hectares para atender à área planejada. Esse sistema também já está sendo utilizado na unidade da empresa em Minas Gerais.

Jordão destaca que as principais vantagens desse método incluem a redução de operações agrícolas, a diminuição de custos, maior flexibilidade na janela de plantio, viabilidade do plantio em períodos chuvosos, interrupção do ciclo de pragas, melhor qualidade das mudas, maior rendimento no corte e preservação da cana destinada à moagem. “Entretanto, desafios como a necessidade de mão de obra especializada e o manejo dos tratos culturais da linha-mãe ainda são pontos de atenção”, ressalta.

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Na CRV Industrial, o manejo da Meiose está sendo realizado com MPB (Mudas Pré-Brotadas), o que otimiza o processo e permite melhor aproveitamento da janela de plantio. A maior parte das mudas está sendo utilizada em plantios de um ano e meio, sendo metade mecanizada e metade por Meiose. Esse modelo contribui para a redução da área de mudas cortadas, pois uma única linha pode se desdobrar em oito a dez linhas.

A linha de Meiose exige um investimento maior devido à irrigação, com custo médio de R$ 17 mil por hectare. No entanto, a quebra da Meiose gera economias significativas em transporte e outros custos operacionais. “Quando se divide o custo total, o valor final fica em torno de R$ 11 mil por hectare. A ideia é expandir a técnica para uma área entre 2.500 e 3.000 hectares, economizando hectares de mudas e mantendo um custo competitivo em relação ao plantio mecanizado”, explica Carlos Jordão.

A CRV Industrial aposta nessa estratégia para aumentar a eficiência e a sustentabilidade na produção de cana-de-açúcar. Além da redução de custos, a possibilidade de plantar outras culturas entre as linhas da Meiose permite um melhor aproveitamento da terra e contribui para a melhoria do solo. O projeto reforça o compromisso da empresa com a inovação e a busca por soluções sustentáveis para o setor sucroenergético.

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