Queda na safra de soja reduz projeções de exportação para 2024

A oferta total de soja deverá recuar 5%, caindo para 155,296 milhões de toneladas, enquanto a demanda total está projetada em 152,1 milhões de toneladas, uma redução de 4% em relação ao ano anterior. Com isso, os estoques finais de soja deverão diminuir 31%, de 4,641 milhões para 3,196 milhões de toneladas.
Os dados são recentes, pós revisões para baixo nas estimativas da safra brasileira de soja, realizadas pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e pelas principais consultorias privadas do país. Esta redução nas expectativas reflete os impactos das enchentes que afetaram o Rio Grande do Sul em maio, um importante estado produtor.
A nova projeção para as exportações de soja brasileira em 2024 é de 94,8 milhões de toneladas, representando uma queda de 7% em comparação aos 101,863 milhões de toneladas exportadas em 2023. Esta revisão é inferior à previsão anterior de 96 milhões de toneladas, divulgada em abril.
A produção de farelo de soja deverá se manter estável em 41,750 milhões de toneladas, mas as exportações estão previstas para cair 4%, totalizando 21,7 milhões de toneladas. O consumo interno de farelo deve recuar 6%, para 18,6 milhões de toneladas, enquanto os estoques devem aumentar significativamente, subindo 99% para 2,916 milhões de toneladas.
No caso do óleo de soja, a produção deverá aumentar ligeiramente, com uma alta de 1%, alcançando 10,960 milhões de toneladas. Entretanto, as exportações de óleo de soja estão previstas para cair drasticamente, em 44%, totalizando apenas 1,3 milhão de toneladas. O consumo interno deve crescer de 8,650 milhões para 9,650 milhões de toneladas, com o uso para biodiesel aumentando 17% para 5,6 milhões de toneladas. Os estoques de óleo de soja devem subir 26%, chegando a 535 mil toneladas.
Perspectivas para Outras Culturas
A produção de grãos no ciclo 2023/2024 está estimada em 297,54 milhões de toneladas, uma queda de 7% em relação à temporada anterior, refletindo uma redução de 22,27 milhões de toneladas. As condições climáticas adversas nas principais regiões produtoras influenciaram esta diminuição. No entanto, as culturas de segunda safra, como milho, algodão e feijão, apresentaram melhores produtividades.
A produção de milho está projetada em 114,14 milhões de toneladas, com a segunda safra contribuindo com 88,12 milhões de toneladas. O algodão, beneficiado pelo clima favorável, deverá ter um incremento de 15,2% na produção da pluma, atingindo 3,66 milhões de toneladas. A produção de feijão deve crescer 9,7%, ultrapassando 3,3 milhões de toneladas. Já a produção de arroz está estimada em 10,395 milhões de toneladas, apesar dos danos às lavouras no Rio Grande do Sul.
Fonte: Pensar Agro


Agronegócio
Emissões de Carbono na Agricultura Brasileira Estimadas em 11,54 Dólares por Tonelada

As emissões de carbono na agropecuária brasileira foram avaliadas em US$ 11,54 por tonelada de CO2 equivalente (tCO2e), conforme estudo da Embrapa Territorial (SP), que se baseou em pesquisas científicas de diversos países. O levantamento, publicado na edição de janeiro de 2025 da Revista de Economia e Sociologia Rural, considera fatores como o PIB, o uso de fertilizantes nitrogenados e a participação da agricultura na economia. A pesquisa oferece uma referência de preço para empresas e instituições que buscam incentivar práticas sustentáveis.
A economista Daniela Tatiane de Souza, analista da Embrapa, destaca que poucos estudos utilizam critérios científicos e sistemáticos para calcular as emissões de carbono na agricultura. “Ter uma estimativa de valor é essencial para o desenvolvimento de políticas e programas de incentivo à sustentabilidade”, explica.
Metodologia e Fatores Determinantes
Para calcular o preço das emissões de carbono, a equipe da Embrapa realizou uma revisão de publicações científicas sobre precificação do carbono, com base em fontes como Science Direct, Web of Science e Google Scholar. A pesquisa abrangeu 32 estudos publicados entre 2004 e 2024, com destaque para a China, Austrália e Reino Unido. Os valores encontrados para a tonelada de CO2 equivalente variaram de US$ 2,60 a US$ 157,50, dependendo da metodologia adotada e do nível tecnológico da agricultura nos países analisados.
O estudo apontou que o principal fator que influencia o preço do carbono é o Produto Interno Bruto (PIB) de cada país. “Economias maiores tendem a ter preços de carbono mais baixos, enquanto em mercados voluntários ou menos regulamentados, um aumento nas emissões pode não resultar em preços mais altos”, afirma Souza. A participação da agricultura na economia e o uso de fertilizantes nitrogenados também desempenham papéis importantes na precificação.
Para estimar o preço do carbono na agropecuária brasileira, a Embrapa utilizou dados nacionais e um modelo econométrico, chegando ao valor de US$ 11,54 por tonelada de CO2 equivalente, alinhado com os preços observados no mercado voluntário de carbono.
A Importância da Precificação do Carbono
O gás carbônico, principal gás de efeito estufa desde a Revolução Industrial, tornou-se um indicador ambiental crucial. A precificação do carbono visa criar incentivos financeiros para a adoção de tecnologias e práticas agrícolas mais sustentáveis, como a redução do uso de nitrogênio e a diminuição da emissão de óxido nitroso, outro importante gás de efeito estufa.
“A precificação do carbono é necessária para determinar o valor de uma tonelada de CO2 que deixou de ser emitida ou foi removida da atmosfera”, explica o pesquisador da Embrapa Lauro Rodrigues Nogueira Júnior. Ele ressalta que o valor calculado pode ser usado como referência em programas governamentais de redução de emissões e em iniciativas de pagamento por serviços ambientais, cada vez mais comuns no Brasil.
Este estudo é o segundo realizado pela Embrapa Territorial sobre a precificação do carbono no setor rural. Em 2024, o centro de pesquisa estimou o preço do carbono na citricultura brasileira em US$ 7,72 por tonelada de CO2 equivalente, em parceria com o Fundo de Defesa da Citricultura (Fundecitrus) e o Fundo de Inovação para Agricultores da empresa Innocent Drinks. A pesquisa também mensurou o estoque de carbono no cinturão citrícola brasileiro, estimando um total de 36 milhões de toneladas de carbono no solo e nas áreas de vegetação nativa.
Fonte: Portal do Agronegócio
Fonte: Portal do Agronegócio
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