Reunião do IPCC aprova escopo científico dos três principais grupos de trabalho

A 62ª sessão plenária do Painel Intergovernamental sobre Mudança do Clima (IPCC), realizada em Hangzhou, na China, entre 24 e 28 de fevereiro, aprovou o escopo científico dos três principais grupos de trabalho para o Sétimo Ciclo de Avaliação do órgão científico. O Brasil foi representado pelos Ministérios da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e das Relações Exteriores (MRE).
“Isso nos permite reunir os times de autores e iniciar nosso trabalho do Sétimo Ciclo de Avaliação”, afirmou em comunicado o diretor do IPCC, Jim Skea.
Os três grupos de trabalho são segmentados nas seguintes áreas: base científica da mudança do clima; impactos, vulnerabilidade e adaptação; e mitigação da mudança do clima. O escopo científico para os grupos foi definido em reunião realizada em dezembro de 2024, em Singapura, na Malásia, que contou com a participação de seis cientistas brasileiros. Agora, os governos chancelaram as definições na sessão plenária. O que se acordou foi o ‘núcleo duro’ dos relatórios do Sétimo Ciclo de Avaliação do IPCC.
“Esses foram os grandes pontos de decisão da Sessão. Os debates foram muito intensos. Embora o escopo tenha sido definido por cientistas de várias áreas do conhecimento, os governos têm que dar sua chancela”, explica o diplomata Pedro Ivo Ferraz da Silva, do Departamento de Clima do MRE. “Sempre há um debate intenso sobre quais pontos, quais temas que vão ser ressaltados e uma necessidade que haja sempre o equilíbrio entre os interesses dos países, em especial dos países em desenvolvimento e desenvolvidos”, complementa.
Cada grupo de trabalho produz um relatório com a avaliação sobre a melhor e mais recente ciência disponível. Ao final de todo o ciclo de avaliação, que varia entre 5 e 7 anos de duração, o IPCC também produz um relatório síntese. O deste ciclo está previsto para 2029. Os relatórios proveem aos governos informações científicas para o desenvolvimento de políticas climáticas. As informações também são utilizadas para apoiar as negociações no regime internacional.
O sétimo ciclo produzirá um relatório especial sobre mudança do clima e cidades e um relatório metodológico sobre forçantes climáticas de curta duração. Também será elaborado um relatório metodológico sobre tecnologias de remoção, captura e estocagem de dióxido de carbono. O grupo de trabalho sobre impactos, vulnerabilidades e adaptação deverá realizar uma revisão das diretrizes técnicas de 1994 sobre o tema, bem como indicadores, métricas. O resultado será publicado separadamente.
O coordenador-geral de Ciência do Clima do MCTI, Márcio Rojas, que participou do processo de negociação, afirma que, com o passar dos anos, as reuniões do IPCC têm se tornado cada vez mais desafiadoras. “Avançar com conhecimento científico relevante, que aborde a urgência no enfrentamento dos eventos climáticos cada vez mais intensos e frequentes, compaginando orientações claras e precisas para a tomada de decisão em políticas públicas, ao mesmo tempo em que se evita ser ‘políticas prescritivas’, é inquestionavelmente um passo essencial a ser dado no contexto internacional, com reflexos importantes para o cenário nacional, e em particular na atuação do MCTI”, explicou.
Inteligência artificial e outros sistemas de conhecimento – A sessão plenária também definiu sobre a realização de reuniões especiais ao longo do sétimo ciclo de avaliação. Um dos eventos abordará a incorporação de outros sistemas de conhecimento, como o conhecimento indígena, ao trabalho do IPCC. “Haverá um grande debate a respeito disso”, afirmou o diplomata.
O outro será sobre a utilização da inteligência artificiar no apoio à sistematização e avaliação do conhecimento sobre mudança do clima. Silva explica que o volume de artigos sobre o tema tem crescido de modo exponencial e que está se tornando mais complexo lidar com a quantidade de literatura científica. “O debate é se seria o caso de utilizar a inteligência artificial para ajudar os cientistas a terem uma avaliação ao mesmo tempo abrangente e profunda sobre os artigos que estão sendo produzidos. Que possa ser refletido nos relatórios do IPCC”, detalhou.


TECNOLOGIA
Com os resultados da Finep, indústria impulsiona crescimento do PIB

O secretário-executivo do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Luis Fernandes, recebeu na tarde desta quarta-feira (12/03) o diretor Financeiro, de Crédito e Captação da Finep, Márcio Stefani, que apresentou os números contábeis e financeiros sobre o desempenho em 2024, consolidando a posição da entidade no fomento a projetos estratégicos para o país.
A Finep alcançou sua maior carteira de crédito, somando R$ 22 bilhões, e registrou faturamento recorde de R$ 2 bilhões, com lucro líquido de R$ 815 milhões. Em 2024, foram liberados R$ 10,7 bilhões para projetos reembolsáveis, quase o dobro de 2023. A contratação de novos financiamentos cresceu para R$ 15 bilhões.
O FNDCT operou integralmente nos últimos dois anos, disponibilizando R$ 10 bilhões em 2023 e R$ 12,6 bilhões em 2024. Para 2025, a expectativa é ultrapassar R$ 20 bilhões. Uma mudança na Lei nº 11.540/2007 reduziu em 35% as taxas de empréstimos da Finep.
A Finep pagou R$ 1 bilhão em dividendos e impostos à União em 2024 e tem sido fundamental na Neoindustrialização por meio da Nova Indústria Brasil (NIB). Entre 2023 e 2024, foram aprovados R$ 24,5 bilhões para mais de dois mil projetos estratégicos, com contrapartidas elevando o valor a R$ 30 bilhões. A Finep reservou R$ 51 bilhões para os próximos anos.
A Transição Energética recebeu mais de R$ 6 bilhões, enquanto Transformação Digital teve 718 projetos. Cadeias Agroindustriais se destacaram em 2023, somando R$ 5,7 bilhões com contrapartidas. A descentralização da Finep incluiu instituições em 25 das 27 UFs, contratando R$ 4,4 bilhões via agentes externos, com 80% dos contratos destinados a MPMEs.
O secretário-executivo do MCTI, Luis Fernandes, destacou que os resultados da Finep refletem a estabilidade do governo e seu papel na Nova Indústria Brasil. “Os resultados da Finep acompanham os resultados do Brasil. Este é um governo que dá estabilidade e previsibilidade, o que incentiva o investimento em inovação”, afirmou.
Márcio Stefani, diretor Financeiro, de Crédito e Captação da Finep ressaltou que a financiadora tem sido essencial para o crescimento do setor industrial. “A Finep é parte do crescimento da economia industrial do país. A concessão de crédito que fazemos hoje impulsiona o presente e ainda mais o futuro da indústria brasileira”, disse.
Para 2025, a Finep prevê liberar cerca de R$ 11 bilhões em crédito, ampliando os investimentos em inovação. “Temos uma nova indústria no Brasil, uma política industrial bem definida, e a Finep está totalmente alinhada com esse norte. Por isso, os resultados estão aparecendo”, concluiu o Stefani.
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