Rio retoma vacinação de profissionais da educação na segunda-feira

A partir de segunda-feira (24), o município do Rio de Janeiro retoma a vacinação contra a covid-19 dos profissionais de educação. A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) havia iniciado a imunização desse grupo no dia 26 de abril, mas foi suspensa no dia 7 de maio, após o ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), atender a pedido de liminar da Defensoria Pública do Rio de Janeiro, que questionou a antecipação da vacinação de categorias profissionais em relação ao Programa Nacional de Imunização (PNI).
Segundo o secretário de Saúde do município, Daniel Soranz, o município tem garantidas as doses para aplicar nos grupos prioritários de pessoas com comorbidades e com deficiência permanente, que serão atendidas até o final da próxima semana. Portanto, é possível prosseguir com a vacinação para os profissionais de educação.
“A determinação do STF recomenda que, se a gente for alterar o calendário do PNI, que nós façamos uma justificativa com base em critérios científicos. A gente não está alterando o calendário. Também na recomendação estava previsto que a gente tivesse vacina reservada para o grupo de comorbidades, que é um grupo bastante sensível e a gente tem vacinas para esse grupo, então é bastante possível estarmos seguindo o calendário sem passar ninguém na frente”.
O secretário Municipal de Educação, Renan Ferreirinha, explicou que o município já aplicou a primeira dose em boa parte dos profissionais de educação acima de 50 anos na rede pública e acima de 52 anos para o ensino superior e privado, sem prejuízo aos demais grupos prioritário. De acordo com ele, a educação sempre foi considerada prioritária pela gestão.
“A gente começa agora essa retomada da vacinação dos profissionais da educação, tanto para a rede pública como na rede privada. Essa vacinação é para todos os profissionais de educação. Estamos falando de professores, merendeiros, diretores, secretários escolares, terceirizados que estão nas nossas unidades escolares. Todos que fazem parte da comunidade escolar enquanto funcionários e servidores, podem ser incluídos nesse grupo”.
Na segunda-feira podem ir aos postos de vacinação os profissionais de educação com 49 anos ou mais, chegando a 45 anos na sexta-feira. É necessário apresentar um contracheque que comprove o vínculo com instituição de ensino ou declaração da instituição, além de documento com foto e CPF.
População em situação de rua
A população em situação de rua e as pessoas privadas de liberdade também foram incluídas nesta etapa da vacinação, conforme orientação do PNI. Esses grupos serão atendidos na próxima semana. Ainda seguindo a orientação do PNI divulgada hoje, o Rio de Janeiro vai incluir as pessoas com doenças crônicas neurológicas, como acidente vascular cerebral, paralisia cerebral, esclerose múltipla e deficiência neurológica grave.
De acordo com a secretária Municipal de Assistência Social, Laura Carneiro, a cidade tem uma estimativa de 7.275 pessoas em situação de rua, que serão atendidas nos abrigos e centros de Referência Especializado para População em Situação de Rua (Centro POP). Ela explica que essas instituições já têm a relação de pessoas que atendem.
“Vai ser feito nos abrigos e nos Escritórios de Rua que já existem e nos Centros Especializados para População em Situação de Rua (Centro POP), além das instituições privadas. Nos Centros POP, embora as pessoas não durmam, elas vão lá durante o dia, são vacinadas e voltarão para a segunda dose. O resquício dessas pessoas que ainda estiverem vivendo nas ruas, vão ser abordadas pelas equipes que já conhecem todos os locais aonde elas ficam. Embora não tenham aceitado o acolhimento, provavelmente todas as pessoas em situação de rua já foram abordadas pelas nossas equipes”.
Vacinação
Segundo a prefeitura, já foram vacinadas na cidade 1,896 milhão de pessoas com a primeira dose, o que corresponde a 28,1% da população. Entre os idosos com 60 anos ou mais, a primeira dose foi ampliada em 97,3% do público alvo. Um total de 880.280 pessoas já receberam as duas doses da vacina. A meta da prefeitura é vacinar 5,2 milhões de pessoas e já foram atendidos 36% com a primeira dose.
A vacinação para pessoas com comorbidade e deficiência permanente termina na próxima semana. A prefeitura orienta quem perdeu o dia para a sua idade a ir assim que possível. Em junho, essa repescagem será feita apenas em dias específicos, a serem divulgados. A partir de junho, a cidade inicia a vacinação por idade, começando com as mulheres com 59 anos no dia 31 e os homens com 59 no dia 1º de junho.
Para quem ainda não tomou a segunda dose da CoronaVac, a SMS reforça a necessidade de completar o esquema vacinal o quanto antes, pois a disponibilidade da vacina pode acabar. Segundo o secretário Soranz, cerca de 120 mil pessoas receberam a primeira dose e estão com o prazo vencido para a segunda.
Boletim epidemiológico
De acordo com o Mapa de Risco de transmissão da covid-19, todas as 33 regiões administrativas da cidade estão atualmente em alto risco, na cor laranja. Após a cidade ficar várias semanas em risco muito alto, em vermelho, com a introdução de uma nova variante do vírus, nas duas últimas semanas se mantém uma tendência de estabilidade. Com isso, o decreto com medidas restritivas publicado no dia 7 foi prorrogado até o dia 31.
A respeito do jogo de amanhã no Maracanã, a segunda partida da final do Campeonato Carioca, entre Flamengo e Fluminense, a prefeitura ressaltou que não será permitida a presença de público e a fiscalização será reforçada para evitar aglomerações.
Sobre a nova cepa indiana do novo coronavírus, Soranz destacou que ainda não foi detectada no Rio de Janeiro e que os casos encontrados no país não são de transmissão comunitária. Segundo ele, a situação está sendo acompanhada pelo alerta da vigilância epidemiológica do Ministério da Saúde.
Edição: Valéria Aguiar


SAÚDE
“A saúde integral da mulher é prioridade absoluta do Ministério da Saúde”, afirma Padilha em primeira reunião no Congresso Nacional

No segundo dia à frente do Ministério da Saúde, o ministro Alexandre Padilha realizou a primeira reunião no Congresso Nacional com a bancada feminina da Câmara dos Deputados. O encontro ocorreu nesta quarta-feira (12) e marcou o compromisso do governo em priorizar a saúde das mulheres. “A saúde integral da mulher é prioridade absoluta na gestão do Ministério da Saúde”, defendeu Padilha.
Liderada pela deputada Benedita da Silva, a bancada feminina levou ao ministro sugestões de projetos e medidas para fortalecer o atendimento no Sistema Único de Saúde (SUS). Durante a reunião, Padilha enfatizou a importância de garantir um cuidado ainda mais amplo para todas. “Não dá para falar de saúde sem falar das mulheres, sem envolvê-las no enfrentamento dos desafios do setor. As mulheres são maioria da população e principais usuárias do SUS, seja por conta própria ou como cuidadoras de seus filhos, pais e familiares. Além disso, a maior parte dos profissionais da saúde são mulheres”, destacou o ministro.
A deputada Benedita da Silva (RJ) agradeceu ao ministro pela disponibilidade em dialogar com o grupo e reforçou a importância da parceria para avançar em projetos fundamentais. “A bancada feminina tem trabalhado intensamente e conquistado avanços em diversos projetos. Hoje, na área da saúde, temos três propostas voltadas para o câncer, três relacionadas à saúde mental e psicossocial, duas para acompanhamento em saúde, além de iniciativas específicas para a saúde da mulher negra, combate à violência sexual e regulamentação da profissão de doulas. O que queremos é ouvi-lo, dar-lhe as boas-vindas e reforçar que estamos prontas para construir juntos”, declarou Benedita.
A parlamentar Jandira Feghali (RJ) destacou a importância da participação feminina no debate sobre o Complexo Econômico-Industrial da Saúde (CEIS) e o incentivo à inovação científica. “A questão da mulher é transversal e, entre os temas discutidos, está o Complexo Industrial da Saúde. Acredito que precisamos acompanhar mais de perto o desenvolvimento desse trabalho, pois há pesquisadores inovando nessa área, o que pode trazer impactos positivos para as políticas públicas de saúde”, afirmou Feghali.
Para Antônia Lúcia, deputada pelo estado do Acre, há necessidade de medidas mais rígidas para garantir a aplicação de vacinas em crianças e políticas voltadas ao tratamento de câncer e saúde mental. “Vossa Excelência terá a oportunidade de se debruçar sobre projetos fundamentais para o combate ao câncer e a manutenção da qualidade de vida das pessoas com deficiência psicológica. Além disso, gostaria de sugerir a criação de uma tipificação criminal para servidores públicos que se recusarem a aplicar vacinas nas crianças”, pontuou a parlamentar.
“Estou muito feliz por vê-lo à frente do Ministério da Saúde. Conheço seu trabalho e a diferença que fez no Governo Federal e na Secretaria de Saúde da capital paulista. Um dos pontos que precisamos discutir é a distribuição de fraldas geriátricas nas UBS”, propôs a deputada Juliana Cardoso (SP).
A deputada Célia Xakriabá (MG) destacou pautas voltadas à saúde indígena e alertou sobre os impactos ambientais na saúde dos povos originários. “Temos duas coisas em comum: o senhor, que é doutor do corpo, e nós, povos indígenas, que somos doutores e embaixadores da floresta. Nesse sentido, temos dois projetos fundamentais. Um deles regulamenta as profissões de Agente Indígena de Saúde (AIS) e de Agente Indígena de Saneamento (Aisan), no âmbito do Subsistema de Atenção à Saúde Indígena (SasiSUS). O outro, de minha autoria, trata dos impactos dos agrotóxicos nas terras indígenas. Vivemos um momento de profunda crise climática, e precisamos discutir de que maneira podemos enfrentar esse problema”, alertou.
O ministro Alexandre Padilha, ao ouvir as parlamentares, destacou que o encontro reforça a parceria entre o Ministério da Saúde e a bancada feminina para impulsionar projetos que ampliem o acesso das mulheres aos serviços de saúde. “Saiu daqui um casamento entre o Ministério da Saúde e a bancada das mulheres. Vou me reunir com a Liderança do Governo na Câmara para avaliar a possibilidade de priorizarmos esses projetos. Vamos fazer de março um mês extremamente produtivo para a saúde integral das mulheres no Congresso Nacional”, afirmou.
Outras importantes iniciativas mencionadas são a instalação de uma sala de situação permanente no Ministério da Saúde para acelerar agendas relacionadas às mulheres, o fortalecimento da Rede Alyne e a ampliação da prevenção e diagnóstico do câncer de colo de útero e de mama. Padilha também destacou que a Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec) discutirá a incorporação de novos medicamentos para o tratamento da endometriose e anticoncepcionais que beneficiem mulheres e adolescentes em situação de vulnerabilidade social.
O ministro da Saúde reforçou, ainda, a importância de reduzir o tempo de espera para exames e tratamentos, garantindo um atendimento mais rápido e eficiente para a população feminina. “Vamos consolidar o Brasil como a maior rede pública de prevenção diagnóstica de câncer do mundo. Temos todas as condições de fazer isso e é uma prioridade absoluta nossa”, destacou.
Edjalma Borges
Ministério da Saúde
Fonte: Ministério da Saúde
- 5 dias atrás
Em São José dos Bandeirantes, guia de pesca pega peixe de 120 quilos e com cerca de 2 metros no Rio Araguaia
- ESTADO4 dias atrás
Como está a ponte que liga Rialma a Nova Glória na BR-153? Assista
- PLANTÃO POLICIAL3 dias atrás
Resgatados 40 cavalos em abatedouro clandestino especialista em “hambúrgueres”, em Anápolis
- PLANTÃO POLICIAL3 dias atrás
Homem mata esposa e se mata em seguida
- CIDADES4 dias atrás
Agricultora de Ceres colhe manga com 2 quilos
- 6 dias atrás
Polícia encontra jornalista morto e com mãos amarradas e amordoçado
- ESTADO4 dias atrás
Nota de pesar pela morte do policial civil Rafael da Gama Pinheiro
- Acidente1 dia atrás
Acidente com carro de luxo tira vida de médico na BR-060, em Anápolis; Assista