Senado: candidatos à presidência defendem independência institucional

A sessão que elegerá o novo presidente do Senado foi aberta por Davi Alcolumbre, em sua última sessão como presidente da Casa, por volta das 15h. A sessão começou com cinco candidatos, mas houve desistências de Jorge Kajuru (Cidadania-GO), Lasier Martins (Podemos-RS) e Major Olímpio (PSL-SP) em favor de Simone Tebet (MDB-MS).
Cada candidato teve 15 minutos para defender suas posições antes que os votos fossem depositados nas urnas, espalhadas pelo plenário e em mais três locais do Senado, para que senadores possam votar com um menor risco de contaminação pela covid-19 e sem precisar ir ao plenário.
Jorge Kajuru (Cidadania-GO) fez críticas ao atual presidente do Senado, Davi Alcolumbre, antes de anunciar a retirada de sua candidatura em apoio a Tebet.
Lasier Martins (Podemos-RS) fez uma defesa do combate à corrupção e declinou de sua candidatura em apoio à candidata do MDB.
Major Olímpio (PSL-SP) também fez uma defesa ao combate à corrupção e retirou sua candidatura para apoiar Simone Tebet “para termos a primeira mulher presidente do Senado”.
Rodrigo Pacheco (DEM-MG) exaltou as diferenças políticas e o diálogo entre todos os senadores. Pacheco destacou sua defesa à independência do Senado em relação aos demais Poderes. Segundo ele, não haverá influência externa na vontade dos senadores. “Asseguro, com toda a força do meu ser, o meu propósito de independência em relação aos demais Poderes e às demais instituições, buscando sempre harmonizar o Poder Legislativo com os demais Poderes da República”. Pacheco também defendeu a “vacina imediata” para os brasileiros e a ajuda do Estado aos mais necessitados, conciliando o respeito ao teto dos gastos públicos à assistência social.
Simone Tebet (MDB-MS) iniciou seu discurso agradecendo àqueles que se mantiveram fiéis à sua candidatura. Defendeu um pacto político sem barganhas políticas ou interesses individuais e também falou em independência do Senado. “Independência não para fazer oposição, mas para que possamos exercer nosso dever constitucional de legislar e fiscalizar os demais Poderes, para que sejamos o freio e contrapeso a qualquer tentativa de abuso de poder vindo de quem quer que seja”. A emedebista falou em fazer andar reformas estruturantes, com destaque para a reforma tributária, que estacionou no Congresso há vários meses.
Edição: Aline Leal e Fábio Massalli


POLÍTICA NACIONAL
Hugo Motta: não vamos permitir que a discussão do novo PNE seja politizada

O presidente da Câmara, deputado Hugo Motta (Republicanos-PB), afirmou nesta quinta-feira (13) que não vai permitir que as discussões do novo Plano Nacional de Educação (PNE) sejam politizadas com radicalismo e extremismo. Segundo ele, o foco deve ser os recursos a serem melhor investidos, o reconhecimento dos professores, a infraestrutura das escolas, a melhoria da merenda escolar e a aplicação das novas tecnologias no ensino. Motta discursou no Encontro Anual Educação Já 2025, promovido pela organização Todos pela Educação.
O Plano Nacional de Educação estabelece diretrizes e metas para o desenvolvimento nacional, estadual e municipal da educação. O atual PNE venceu em 25 de junho de 2024, mas uma lei sancionada pelo presidente Lula prorrogou o prazo até o final deste ano. A proposta para a terceira edição do plano, de autoria do Poder Executivo (PL 2614/24), estabelece 18 objetivos a serem cumpridos até 2034.
Debate
Motta destacou que pretende criar uma comissão especial para debater o plano assim que as comissões permanentes da Casa forem instaladas e o Orçamento for aprovado. Para ele, o colegiado é uma das prioridades de sua gestão à frente da Câmara.
“Não podemos deixar que a comissão especial politize o tema, não vamos gastar energia com viés ideológico, para não atrapalhar o projeto. Vamos discutir sobre eficiência, e não narrativas ou preciosismos”, defendeu.
“Faço esse apelo: será um crime contra o País se deixarmos essa matéria ser politizada pelo radicalismo político”, ponderou Motta.
Para Motta, o Parlamento precisa estar aberto para dialogar com todos os especialistas para aprimorar o PNE apresentado pelo Executivo. Segundo ele, uma das prioridades deve ser estabelecer uma meta para que todos os municípios possam ter creches e atender às crianças na primeira infância.
Reportagem – Luiz Gustavo Xavier
Edição – Roberto Seabra
Fonte: Câmara dos Deputados
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