Senadores apontam contradição de Wajngarten em depoimento a CPI

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A reunião da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia foi marcada por polêmicas no período da tarde desta quarta-feira (12). Quinta pessoa a depor à CPI, o ex-secretário especial de Comunicação Social Fábio Wajngarten foi questionado por senadores que integram a comissão sobre entrevista concedida à revista Veja em abril deste ano, um mês após deixar o cargo. 

Na entrevista, Wajngarten afirma que o acordo com a farmacêutica Pfizer para fornecimento de vacinas contra a covid-19 não prosperou por “incompetência e ineficiência” da “equipe que gerenciava o Ministério da Saúde nesse período”.

No depoimento de hoje, o ex-secretário confirmou que o governo recebeu, em setembro do ano passado, uma carta da Pfizer ofertando doses da vacina e que o pedido ficou parado por, pelo menos, dois meses. Mas negou ter chamado de incompetente o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello.

“Incompetência é ficar refém da burocracia, morosidade na tomada de decisões é um problema em casos excepcionais como temos na pandemia. A não resposta da carta [da Pfizer], o não retorno no tempo adequado numa pandemia”, disse.

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O relator da comissão, senador Renan Calheiros (MDB-AL), pediu a prisão do ex-secretário por considerar que ele mentiu à CPI.  “Se este depoente sair daqui ileso, vamos abrir uma porta que depois vamos ter muita dificuldade para fechar. Se não tomamos decisões diante do flagrante evidente, é óbvio que isso vai enfraquecer a comissão.”

Mas o presidente da comissão, Omar Aziz (PSD-AM) negou o pedido. “Eu não sou carcereiro de ninguém. Eu sou democrata, se ele mentiu, nós temos no relatório [final da CPI] como pedir o indiciamento dele, mandar para o Ministério Público para ele ser preso, mas não por mim, mas depois que ele for julgado. E aqui não é o tribunal de julgamento”, disse o presidente da CPI.

Durante a reunião da CPI,  a senadora Leila Barros (PSB-DF) reproduziu trecho da gravação da entrevista em que Wajngarten usaria o termo “incompetência”, divulgado pela revista Veja na tarde de hoje.

O senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) defendeu Wajngarten. “O cúmulo do absurdo é a gente ver uma pessoa honesta, falando a verdade aqui, estão tentando tirar uma entrevista como parâmetro do que é verdade ou não que ele fala nessa CPI.”

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Ele e Renan se desentenderam e trocaram ofensas. Depois disso, a reunião foi suspensa, sendo retomada pouco após as 19h.

Segurança jurídica

Ainda na parte da tarde, perguntado pelo senador Renan Calheiros, Fábio Wajngarten negou que tenha havido procrastinação para a compra das vacinas.

“Não havia segurança jurídica para a assinatura porque havia uma lacuna legal. Três cláusulas impediram, empacaram e emperraram que a negociação avançasse de forma mais rápida: resolução de conflitos em Nova York, e não no Brasil; isenção completa de responsabilização e indenização; e edição de uma medida provisória para o país elencar ativos e bens em caso de processos internacionais”, afirmou.

Edição: Bruna Saniele

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Datena agride Pablo Marçal em debate; Assista

O candidato José Luiz Datena (PSDB), o Datena agrediu Pablo Marçal (PRTB) com uma cadeirada em meio ao debate na TV Cultura, no Teatro B32, na avenida Faria Lima, neste domingo (15). O primeiro foi expulso, e o segundo deixou o programa que reunia os postulantes à Prefeitura de São Paulo. O debate foi interrompido em seguida e voltou com os outros quatro participantes.

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Datena agride Pablo Marçal em debate. Foto: Captura de Vídeo

O candidato José Luiz Datena (PSDB), o Datena agrediu Pablo Marçal (PRTB) com uma cadeirada em meio ao debate na TV Cultura, no Teatro B32, na avenida Faria Lima, neste domingo (15). O primeiro foi expulso, e o segundo deixou o programa que reunia os postulantes à Prefeitura de São Paulo. O debate foi interrompido em seguida e voltou com os outros quatro participantes. O candidato do PRTB provocou o apresentador nos blocos anteriores.

“Senhoras e senhores, nós vamos às manchetes dos debates pela pior cena já vista em debates. Peço que se comportem para terminarmos bem o debate. Vamos voltar ao ar em seguida”, disse o mediador Leão Serva após a confusão, afirmando que a agressão foi um dos “eventos mais absurdos da história da TV brasileira”.

A assessoria de Pablo disse que o influenciador e autodenominado ex-coach seguiu para uma unidade de saúde para receber atendimento. Após a agressão, jornalistas que acompanhavam o debate de uma sala de imprensa se dirigiram à porta do estúdio, mas foram impedidos de seguir primeiro pela segurança do local e, depois, pela polícia. O combinado era que não haveria plateia no teatro e, por isso, os jornalistas acompanhavam o embate do lado de fora.

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Datena já havia partido para cima de Marçal no debate anterior, realizado por TV Gazeta e Canal MyNews no dia 1º, mas sem chegar a agredi-lo.

Antes disso, o prefeito e candidato à reeleição Ricardo Nunes (MDB) se tornou o principal alvo do debate, também marcado por uma tentativa de isolar Marçal, que foi ora ignorado ora criticado pelos rivais.

Guilherme Boulos (PSOL), Tabata Amaral (PSB) e Marina Helena (Novo), os outros três convidados do programa, usaram perguntas e respostas para desqualificarem a gestão de Nunes. O emedebista teve confrontos sobretudo com Boulos, seu principal oponente.

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