Simone Tebet defende parcerias público-privadas para gerar emprego

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Em campanha no centro de Curitiba, no famoso ponto conhecido como Boca Maldita, na manhã desta segunda-feira (22), a candidata do MDB à Presidência da República, Simone Tebet, propôs a realização de parcerias público-privadas (PPPs) para a gerar empregos e desenvolver a infraestrutura do país. Simone citou um plano nacional para estradas e ferrovias.  

“O Brasil precisa voltar a crescer, gerar emprego e renda, e isso só se faz com parceria com a iniciativa privada. Nós estamos aqui no Paraná, que é um exemplo típico do que o Brasil precisa. De um estado rico, que é o segundo maior produtor de grãos, mas que depende de logística, depende de ferrovias, de estradas duplicadas”, disse acrescentando que, se eleita, fará o maior programa de logística de parceria, de PPPs, de ferrovias e rodovias do Brasil.

Sobre a expectativa para o início do horário eleitoral obrigatório em rádio e televisão na próxima sexta-feira (26), a presidenciável disse que a oportunidade “é extremamente positiva” e pretende se apresentar como alguém diferente. “As pesquisas mostram que nós estamos diante de uma eleição, a eleição mais atípica e estranha da história do Brasil, onde nós temos os dois que pontuam que são os dois mais rejeitados. Então é o momento de nós nos apresentarmos ao Brasil. É uma mulher pra falar do Brasil que nós queremos pros nossos filhos, pros nossos companheiros e sem dúvida nenhuma não é nada do que está aí”, ressaltou.

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A candidata acrescentou que entre os pontos que vai apresentar está um projeto que “erradica a miséria” e, pela primeira vez, segundo ela, vai colocar a educação como prioridade nacional.

Ainda em defesa de uma maior representação de mulheres na política, Simone Tebet apresentou uma meta: “queremos ter 30% de mulheres eleitas neste ano, o que não é suficiente, mas já representa o dobro dos atuais 15% que participam da vida política nacional”, destacou.

Ainda nesta segunda-feira a candidata emedebista  visita uma empresa em Colombo, na região metropolitana, e retorna a Curitiba para visitar um comitê de campanha. Ela também concederá entrevista a uma emissora de São Paulo.

Confira a agenda dos candidatos à Presidência da República para esta segunda-feira.

Edição: Denise Griesinger

Fonte: EBC Política Nacional

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POLÍTICA NACIONAL

Projeto prevê salvaguardas à população afetada e ao meio ambiente para instalação de usinas eólicas e solares

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O Projeto de Lei 4386/24 prevê uma série de salvaguardas para a instalação de usinas eólicas e solares, com o objetivo de resguardar as populações afetadas e o meio ambiente. O texto também prevê medidas para proteger os proprietários de terras arrendadas pelas usinas solares e eólicas.

Conforme a proposta, os contratos de arrendamento de imóvel para instalação das usinas terão duração de 20 anos e serão regidos pelo Código Civil. O projeto prevê ainda:

  • a renovação contratual dependerá da expressa anuência do proprietário do imóvel rural;
  • a revisão do contrato poderá ser feita quando constatada a violação dos princípios da boa-fé;
  • o contrato deve garantir o direito à indenização e ao cancelamento quando a operação da usina provocar acidentes, incluindo ambientais;
  • é vedada a utilização de cláusulas que contenham exigências referentes a sigilo (salvo as informações que comprometam a operação do empreendimento);
  • também não será permitida a cobrança pela prestação de assessoria jurídica pela parte contratante e a prorrogação automática do contrato.

Excessos
O deputado Fernando Mineiro (PT-RN), autor do projeto, afirma que o objetivo é combater excessos cometidos pelas usinas eólicas e solares contra os pequenos proprietários das terras onde os empreendimentos são instalados.

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Segundo ele, são frequentes as denúncias de abuso por parte dos empreendedores, como exigência de confidencialidade contratual, contratos por até 50 anos com prorrogação automática, e baixos alugueis pagos aos pequenos proprietários das terras.

“O caráter de irretratabilidade e irrevogabilidade dos contratos impede ainda que os proprietários desistam do negócio antes do término da vigência contratual sem que para isso sejam onerados de forma desproporcional”, disse Mineiro.

Meio ambiente
Em relação ao meio ambiente, o PL 4386/24 prevê salvaguardas como a proibição de usinas solares e eólicas em áreas de reserva legal e outras áreas protegidas. O texto determina ainda:

  • na definição do local do empreendimento, será considerado o menor impacto com uso da cartografia social, zoneamento ecológico-econômico e outros estudos recomendados pela comunidade impactada;
  • será garantida a consulta pública prévia aos estudos de licenciamento e das ações de mitigação de impactos causados pelo empreendimento;
  • novas consultas poderão ser feitas se houver incremento nos impactos negativos inicialmente identificados;
  • será exigida a apresentação do estudo e do relatório de impacto ambiental (EIA/Rima) para os empreendimentos com potência conjunta acima de 3 megawatts (MW); e
  • o EIA e o Plano Básico Ambiental (PBA) deverão prever o plano de descomissionamento da usina e a recuperação das áreas degradadas.
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Outorga das usinas
O texto contém ainda salvaguardas para a outorga, como exigência de publicação prévia do despacho de registro de recebimento de outorga (DRO) das usinas solares, termelétricas e eólicas com potência conjunta superior a 3 MW.

O DRO é um documento em que o proprietário da usina solicita informação sobre acesso à rede elétrica e licenças dos órgãos ambientais.

Próximos passos
O projeto será analisado em caráter conclusivo pelas comissões de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural; Minas e Energia; Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável; e Constituição e Justiça e de Cidadania. Para virar lei, a proposta precisa ser aprovada pela Câmara e pelo Senado.

Saiba mais sobre a tramitação de projetos de lei

Reportagem – Janary Júnior
Edição – Roberto Seabra

Fonte: Câmara dos Deputados

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