Sistema de videoconferência será implantado em presídios goianos

A Diretoria-Geral de Administração Penitenciária (DGAP) pretende adotar um novo sistema de videoconferência nas principais unidades prisionais do Estado. A tecnologia vai garantir economia de recursos financeiros com o fim do deslocamento de presos para as audiências judiciais, e também vai contribuir com a segurança do sistema penitenciário, além de evitar o desperdício de tempo de servidores dos poderes Executivo e Judiciário.
Para o diretor-geral da DGAP, coronel Edson Costa, a implantação do projeto vai dar maior agilidade aos processos judiciais e também mais segurança na transmissão de dados. “Temos hoje uma tecnologia bem avançada que nos dá condições de atender a administração penitenciária e também o poder judiciário com economia de recursos financeiros e humanos, de tempo e de logística, evitando-se despesas desnecessárias como, por exemplo, o deslocamento do preso”, afirmou.
A solução tecnológica proposta permite criar salas virtuais de videoconferência e o compartilhamento de vídeos, áudios e dados, podendo reunir em uma mesma conferência participantes e terminais multimídia localizados em diferentes sites e locais.
O sistema vai permitir também a realização de treinamentos a distância, sem a necessidade de deslocamento dos participantes, que terão a opção de utilizar também dispositivo móvel ou fixo.
De acordo com o gerente de Tecnologia e Informação da DGAP, Maruzan Monteiro dos Santos, será possível realizar chamadas ponto-multiponto com resolução em HD entre os terminais de videoconferência ou telepresencial para até 25 pontos em sala de reunião, com capacidade para atender até 200 participantes via rede web ou aplicativos móveis, além de 200 participantes por meio de áudio.
Sobre as vantagens do projeto, a DGAP cita a economia gerada com veículos, combustível, segurança, despesas de diárias e estadias dos envolvidos. A videoconferência evita, ainda, o desconforto causado pela presença do réu nas audiências presenciais e possíveis tentativas de resgate do preso durante traslado. Advogados e promotores públicos também serão beneficiados com a medida, já que poderão optar por acompanhar a sessão no tribunal ou na unidade onde o depoente estiver.
De acordo com a DGAP, existe um modelo similar na Casa de Prisão Provisória (CPP), mas com tecnologia defasada. Ainda de acordo com o órgão, nos meses de janeiro e fevereiro de 2018, foram realizadas 686 audiências no complexo prisional de Aparecida de Goiânia. O Grupo de Escolta realizou, somente em janeiro, um total de 1.010 escoltas.
O diretor-geral da DGAP, coronel Edson Costa, se reuniu dia 16 com a juízas Sirlei Martins da Costa, auxiliar da Corregedoria-Geral da Justiça, e Maria Socorro de Sousa Afonso da Silva, diretora do Foro da comarca de Goiânia, com o objetivo de discutir a integração do sistema de videoconferência. Atualmente, o Tribunal de Justiça de Goiás (TJGO) utiliza o sistema apenas internamente.
O diretor do Núcleo de Contratos e Aquisições de TI do TJGO, Glauco Cintra, que também participou da reunião, explicou que o registro proposto propicia maior celeridade, agilidade e possibilidade de revisão da audiência que foi realizada.
Na reunião, ficou determinado que os técnicos, da DGAP e TJGO, vão elaborar um relatório de viabilidade para a ampliação do sistema e que novo encontro será marcado para avanço da parceria.


TECNOLOGIA
Com os resultados da Finep, indústria impulsiona crescimento do PIB

O secretário-executivo do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Luis Fernandes, recebeu na tarde desta quarta-feira (12/03) o diretor Financeiro, de Crédito e Captação da Finep, Márcio Stefani, que apresentou os números contábeis e financeiros sobre o desempenho em 2024, consolidando a posição da entidade no fomento a projetos estratégicos para o país.
A Finep alcançou sua maior carteira de crédito, somando R$ 22 bilhões, e registrou faturamento recorde de R$ 2 bilhões, com lucro líquido de R$ 815 milhões. Em 2024, foram liberados R$ 10,7 bilhões para projetos reembolsáveis, quase o dobro de 2023. A contratação de novos financiamentos cresceu para R$ 15 bilhões.
O FNDCT operou integralmente nos últimos dois anos, disponibilizando R$ 10 bilhões em 2023 e R$ 12,6 bilhões em 2024. Para 2025, a expectativa é ultrapassar R$ 20 bilhões. Uma mudança na Lei nº 11.540/2007 reduziu em 35% as taxas de empréstimos da Finep.
A Finep pagou R$ 1 bilhão em dividendos e impostos à União em 2024 e tem sido fundamental na Neoindustrialização por meio da Nova Indústria Brasil (NIB). Entre 2023 e 2024, foram aprovados R$ 24,5 bilhões para mais de dois mil projetos estratégicos, com contrapartidas elevando o valor a R$ 30 bilhões. A Finep reservou R$ 51 bilhões para os próximos anos.
A Transição Energética recebeu mais de R$ 6 bilhões, enquanto Transformação Digital teve 718 projetos. Cadeias Agroindustriais se destacaram em 2023, somando R$ 5,7 bilhões com contrapartidas. A descentralização da Finep incluiu instituições em 25 das 27 UFs, contratando R$ 4,4 bilhões via agentes externos, com 80% dos contratos destinados a MPMEs.
O secretário-executivo do MCTI, Luis Fernandes, destacou que os resultados da Finep refletem a estabilidade do governo e seu papel na Nova Indústria Brasil. “Os resultados da Finep acompanham os resultados do Brasil. Este é um governo que dá estabilidade e previsibilidade, o que incentiva o investimento em inovação”, afirmou.
Márcio Stefani, diretor Financeiro, de Crédito e Captação da Finep ressaltou que a financiadora tem sido essencial para o crescimento do setor industrial. “A Finep é parte do crescimento da economia industrial do país. A concessão de crédito que fazemos hoje impulsiona o presente e ainda mais o futuro da indústria brasileira”, disse.
Para 2025, a Finep prevê liberar cerca de R$ 11 bilhões em crédito, ampliando os investimentos em inovação. “Temos uma nova indústria no Brasil, uma política industrial bem definida, e a Finep está totalmente alinhada com esse norte. Por isso, os resultados estão aparecendo”, concluiu o Stefani.
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