Taxação das Exportações do Agro: Um Erro que Pode Comprometer a Competitividade do Setor

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Jerônimo Goergen, Presidente da Associação das Empresas Cerealistas do Brasil (Acebra), alertou que a proposta de taxar as exportações do agronegócio brasileiro é um erro que comprometerá a competitividade do setor e coloca em risco uma das maiores fontes de riqueza do país. De acordo com Goergen, a ideia de “exportar imposto” prejudica a rentabilidade dos produtores, desestimula investimentos e enfraquece a produção nacional. Ele compara a medida a uma política já adotada na Argentina, cujos resultados foram desastrosos.

No caso argentino, a imposição de tarifas sobre as exportações agrícolas foi vista como uma maneira de garantir alimentos mais baratos e aumentar a arrecadação. No entanto, o efeito foi exatamente o oposto: a produção caiu, os investimentos diminuíram e a arrecadação fiscal despencou, resultando em sérios danos ao setor agropecuário, um dos pilares da economia do país. Goergen adverte que, se o Brasil seguir esse caminho, perderá mercados estratégicos e sofrerá uma retração na produção, deixando espaço para países concorrentes, como os Estados Unidos, fortalecerem sua posição no mercado global.

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Além disso, a proposta não resolveria o problema fiscal do Brasil. Embora o governo pudesse arrecadar mais no curto prazo, a redução da produção e dos investimentos prejudicaria a arrecadação no longo prazo. Goergen defende que o Brasil precisa de um modelo de desenvolvimento que impulsione a industrialização e a agregação de valor à produção agropecuária, permitindo que o país não se limite a exportador de commodities, mas também se torne um exportador de produtos processados.

Atualmente, o Brasil exporta soja em grão, mas importa farelo e óleo, envia algodão para fora e compra tecidos e roupas. O café, muitas vezes, é processado e embalado no exterior antes de ser reimportado a um preço mais alto. Goergen enfatiza que o país precisa de mais estímulos para que as etapas de agregação de valor ocorram internamente. Em vez de impor barreiras às exportações, o governo deveria focar em melhorar a infraestrutura, reduzir a burocracia e ampliar os acordos comerciais para fortalecer a indústria nacional.

A taxação das exportações agrícolas, portanto, não apenas enfraquece a economia, mas também prejudica o setor produtivo. O Brasil precisa focar em políticas que incentivem a agregação de valor e garantam o crescimento sustentável, mantendo o país como líder no comércio global.

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Fonte: Portal do Agronegócio

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Custo da soja sobe 3,92% em Mato Grosso e preocupa produtores

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O custo de produção da soja em Mato Grosso segue em trajetória de alta. De acordo com o projeto Custo de Produção Agropecuário de Mato Grosso (CPA-MT), divulgado pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), o custo estimado para a safra 2025/26 alcançou R$ 4.004,99 por hectare em dezembro de 2024, representando um aumento de 3,92% em relação ao mês anterior.

O avanço foi impulsionado pelo encarecimento de insumos essenciais, como sementes (+6,58%), fertilizantes (+5,07%) e defensivos agrícolas (+2,08%). Como consequência, o Custo Operacional Efetivo (COE) da produção atingiu R$ 5.582,04 por hectare, registrando uma elevação de 2,95% em comparação a novembro.

Outro aspecto que exige atenção dos sojicultores é o Ponto de Equilíbrio (PE), ou seja, o valor mínimo necessário para cobrir os custos operacionais. Segundo o Imea, esse patamar foi calculado em R$ 96,29 por saca, ou 52,08 sacas por hectare, para garantir uma produtividade média.

Embora o preço ponderado da comercialização até dezembro tenha se mantido 11,31% acima do PE, o mercado de soja tem apresentado tendência de desvalorização no último mês, acendendo um alerta para os produtores na elaboração do planejamento da próxima safra.

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Fonte: Portal do Agronegócio

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