Política
Tecnologia a favor da eficiência
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Quando considerada a transformação digital no contexto do setor público, os sistemas web se destacam como aliados na inovação de processos. A Assembleia Legislativa do Estado de Goiás (Alego) possui programas desenvolvidos especialmente para suas necessidades operacionais e são eles o tema da segunda matéria da série sobre as ações da Diretoria de Tecnologia da Informação (DTI) da Casa. O primeiro texto abordou os avanços que conferiram mais transparência ao Parlamento goiano.
Em linhas gerais, um sistema web é um software (coleção de programas, instruções e dados que orientam o computador a executar tarefas) hospedado virtualmente. Mediante login e senha, esse diferencial possibilita o fácil acesso a todos os usuários cadastrados, a partir de quaisquer navegadores e dispositivos. É desnecessária a instalação de programas adicionais, o que faz a ferramenta mais acessível.
Por ser mais específico e robusto, o desenvolvimento do sistema web envolve procedimentos complexos, os quais ficaram sob responsabilidade da Assessoria Adjunta de Desenvolvimento de Sistemas e Web Design, vinculada à DTI. A Assembleia de Goiás possui mais de um e, nesta reportagem, serão abordados dois deles: o Sistema de Emendas Parlamentares (SEP) e o Sistema de Gestão de Frequências (SGF).
Diretor-adjunto da DTI, Diego Mendes afirma que ambos foram elaborados tendo em vista as demandas do Parlamento goiano. Como principal ganho, ele indica a otimização de tarefas, a qual resulta em economia e mais produtividade. “Todos os nossos sistemas são totalmente seguros. Além disso, há um trabalho contínuo de manutenção e atualização conforme surgem novas exigências”, explica.
Eficiência operacional
No contexto relativo à tramitação dos projetos que tratam da Lei Orçamentária Anual (LOA), a emenda parlamentar é o instrumento constitucional que permite ao Legislativo decidir sobre a destinação de verbas públicas sob responsabilidade do Executivo. A emenda é parte do orçamento público e pode ser individual impositiva (cuja alocação de recursos é obrigatória), individual não impositiva, de relator ou da Mesa Diretora.
Para ser aprovada e posteriormente aplicada pela Governadoria a partir da Secretaria de Estado de Relações Institucionais de Goiás (Serint), a emenda parlamentar deve seguir uma série de regras. O não cumprimento das normas necessárias ou encaminhamento de documentações de forma incorreta, por exemplo, podem ocasionar atrasos no processo e, por consequência, no atendimento à população.
Na Alego, o trâmite dos documentos ocorre pelo Sistema de Emendas Parlamentares (SEP) há alguns anos. “Inicialmente, eram utilizados formulários em papel, que evoluíram para um modelo com planilhas virtuais e, depois, a Assembleia desenvolveu seu próprio sistema web”, conta o chefe da Procuradoria de Orçamento, Finanças e Controle Externo, Rafael Vasconcelos.
A chefe de gabinete do deputado Wagner Camargo Neto (Solidariedade), Ana Paula Fagundes, reitera que o SEP facilita a destinação anual de emendas parlamentares, parte importante da atuação dos deputados. “É um sistema on-line de fácil manejo”, elogia.
Em 2024, conta o diretor-adjunto da DTI, Diego Mendes, o SEP passou por importantes atualizações para se adequar às novas regras legais, otimizar o processamento e fortalecer a eficácia das ações legislativas.
Entre as novidades implementadas ao sistema no ano passado, o procurador Rafael Vasconcelos destaca o preenchimento dos campos “áreas”, “objetos” e “grupo de natureza de despesa” (GND).
“A questão do GND sempre gerou muita dúvida entre deputados e assessores. Por exemplo, para a destinação de recursos para uma obra, seria a GND 3 (outras despesas correntes) ou 4 (investimentos)? Agora, o SEP define esse campo automaticamente”, explicita Vasconcelos. O deputado preenche a “área”, em seguida, o sistema já oferece apenas opções de “objetivos” condizentes a ela e, após esta decisão, o próprio SEP estabelece o GND.
Outro ponto ressaltado pelo chefe da Procuradoria de Orçamento diz respeito à exigência de cadastro nacional da pessoa jurídica (CNPJ) do beneficiário. Desde 2024, a ferramenta digital da Alego verifica se o CNPJ está válido assim que o número é preenchido e, caso não esteja, sequer permite que a emenda seja salva. Além disso, Vasconcelos cita novas travas do sistema que evitam problemas futuros na tramitação, como a imposição da necessidade de apresentar corretamente a dotação orçamentária a ser cancelada para dar suporte às emendas não impositivas.
O chefe da Seção de Apoio à Comissão de Tributação, Finanças e Orçamento, Antônio Scalabrini, faz coro aos elogios. “Em pouco tempo, a melhora já é 100% perceptível”, avalia.
Cooperação
Para os incrementos ao SEP realizados no ano passado, a DTI do Parlamento goiano trabalhou em colaboração com a Serint. O gerente de tecnologia da informação da Pasta, Caio Amaral, considera que o investimento em tecnologia para aprimorar a destinação de emendas permite ganhos em áreas como transparência, agilidade, monitoramento e avaliação de resultados. O controle da integridade dos dados, redução de erros humanos, processos de auditoria e confiabilidade são listados como alguns dos benefícios imediatos.
A parceria entre as áreas de tecnologia do Executivo estadual e da Alego segue em 2025, agrega a participação das secretarias de Estado da Administração e Geral de Governo, e promete resultar no lançamento de um novo sistema web integrado.
Provisoriamente batizado de EmendasGO, o software tem como objetivo gerir todo o ciclo de execução das emendas parlamentares. “A ideia é seguir desde a habilitação dos beneficiários, destinação de recursos pelo parlamentar, análise documental e prestação de contas, até a emissão de relatórios gerenciais”, antecipa o diretor-adjunto da DTI, Diego Amaral.
Conforme adianta Caio Amaral, da Serint, o trâmite acontecerá da seguinte forma: o parlamentar alimenta o SEP com a indicação inicial das emendas. Após a publicação do anexo V da LOA, os dados alimentados no SEP são carregados para dentro do EmendasGO, e os servidores da Serint, Saúde e Educação já podem iniciar os trâmites para empenho, liquidação e pagamento das emendas.
Na opinião do procurador legislativo Rafael Vasconcelos, a parceria com a Serint envolve ganhos para ambas as partes e, mais importante, para a celeridade na aplicação dos recursos.
Recursos humanos
Conforme exige a Resolução nº 1.779/2023, todos os servidores da Alego são obrigados a comprovar suas respectivas frequências. Por peculiaridades de suas funções, alguns deles, como os lotados em gabinete parlamentar e chefias, são impossibilitados de utilizar o registro de ponto facial para certificar o comparecimento ao trabalho.
Para tais casos, uma das formas de se atestar o cumprimento da jornada é com a entrega de relatórios de atividades. Preenchidos à mão, tais documentos devem ter correspondência semanal e são encaminhados à Diretoria de Gestão de Pessoas (DGP) da Casa de Leis, que audita as centenas de relatórios impressos. É um processo burocrático, pouco eficiente e que demanda tempo.
Com objetivo de modernizar o procedimento, a DTI e a DGP se uniram para desenvolver o Sistema de Gestão de Frequências (SGF). O diretor-adjunto da DTI, Diego Mendes, aponta que a iniciativa tem como foco o aprimoramento no manejo dos recursos humanos no Parlamento goiano. “O SGF foi projetado para monitorar as atividades dos servidores de forma precisa e automatizada, contribuindo para uma gestão mais eficiente e transparente na Alego”, detalha.
O sistema web requer mais do que o simples preenchimento de um relatório semanal. Para que o documento seja salvo, o SGF exige anexos, como fotos e documentos, que comprovem a realização das tarefas. Além disso, para garantir a autenticidade da autoria, no momento de finalização com assinatura digital, é obrigatório que o servidor encaminhe uma foto de seu rosto registrada naquele exato instante anexada ao relatório. Posteriormente, compara-se a fotografia com o respectivo registro facial vinculado ao usuário.
“Por ser um órgão público, a Alego tem muitas singularidades relativas à jornada de trabalho e o SGF veio para suprir as demandas na DGP”, realça a chefe da Seção de Controle de Frequência de Secretarias, Narayane Antonelli. “É um sistema simples, totalmente digital e de fácil uso. Tudo fica devidamente documentado e passa por validação das chefias imediatas antes de chegar até nós para auditoria”, opina a servidora.
No mesmo sentido, a assessora adjunta de controle de frequência, Bruna Carvalho, enfatiza a segurança do SGF e os ganhos advindos com a novidade. “Por ser um sistema digital e dispensar o uso de papel, o Parlamento goiano economiza recursos financeiros e dá mais um passo no seu caminho para a modernização”, atesta.
A ferramenta foi testada por servidores de dois gabinetes no ano passado e a expectativa é que seja disponibilizada para todo o público-alvo no decorrer de 2025. À reportagem, a DGP afirmou que prepara um evento interno para lançamento do SGF no próximo mês de fevereiro.
Fonte: Assembleia Legislativa de GO
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POLÍTICA
Karlos Cabral requer mudanças na política de compra de alimentos da agricultura familiar
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Com o intuito de instituir a Política Estadual de Compra da Produção da Agricultura Familiar, o deputado Karlos Cabral (PSB) apresentou um projeto para alterar a Lei n° 19.767, de 18 de julho de 2017. A propositura, de n° 2674/24, recebeu voto em separado, apresentado na Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJ) pelo líder do Governo, Talles Barreto (UB), em que requereu diligência para colher o parecer das Secretarias de Estado da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e de Relações Institucionais sobre o tema. A matéria já retornou à CCJ, com os devidos documentos oriundos da diligância. Com isso, tão logo os trabalhos da comissão sejam retomados, após o dia 17 de fevereiro, o projeto deverá entrar em pauta de votação.
O objetivo da iniciativa é aprimorar a política existente com o intuito de fomentar o setor, promover a inclusão social e econômica dos agricultores familiares e, simultaneamente, impulsionar o fornecimento de alimentos para o Governo, em especial para a educação pública.
As alterações propostas incluem aumentar de 30% para 40% o porcentual obrigatório de aquisição direta da produção dos agricultores familiares pelo Governo do Estado. O projeto prevê que, quando comprados de família rural individual, será feita no nome da mulher, em no mínimo 50% do valor adquirido.
Além disso, a proposta visa a fomentar ainda mais as ações para o fortalecimento da agricultura familiar em Goiás, por meio do aumento da aquisição direta de alimentos pelo Governo para abastecer diferentes áreas, como educação (merenda escolar), sistema carcerário e outros.
Cabral enfatiza que, de acordo com os dados da Confederação Nacional dos Agricultores Familiares e Empreendedores Familiares do Brasil (Conafer), cerca de dois terços da produção de frutas, verduras e legumes da horticultura, em todo o País, são cultivados pelos agricultores e empreendedores familiares. “Ao comprar diretamente dos agricultores familiares, os órgãos públicos garantem qualidade nutricional e frescor, uma vez que esses alimentos chegam às mesas dos cidadãos logo após a colheita. Essa prática contribui para a redução de defensivos agrícolas, reduz o desperdício alimentar, promove a diversificação da produção, fortalece as comunidades rurais economicamente e socialmente. Valorizar o trabalho árduo dos agricultores e garantir um abastecimento responsável são metas essenciais nesse processo.”
Fonte: Assembleia Legislativa de GO
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