As penas de Tiago Henrique somam mais de 600 anos e prisão
Transferência de Serial killer para a cadeia de Nova Crixás causa preocupação em policiais penais

Apontado como serial killer de Goiás e condenado a mais de 600 anos de prisão, Tiago Henrique Gomes da Rocha foi transferido de um presídio na Grande Goiânia para a cadeia de Nova Crixás. A medida causou preocupação nos policiais penais da unidade prisional, segundo informou o presidente do Sindicato dos Policiais Penais de Goiás, Maxsuel Miranda, nesta quarta-feira (9).
A Diretoria-Geral de Administração Penitenciária (DGAP) informou, em nota, que o preso está em cela individual e isolado dos demais detentos. O órgão completou que a segurança no local e na cela onde está o serial killer foi reforçada por policiais penais.
Segundo informado pela equipe da unidade prisional de Nova Crixás, a principal preocupação é de uma fuga, mas que também há temor de ele ser morto por outros detentos do local.
“A preocupação principal é com a fuga. E ele também pode ser morto pelos outros presos, porque o local não tem o mesmo nível de segurança do Núcleo de Custódia, que é segurança máxima. Ele não pode ser transferido para uma cadeia pequena”, ponderou Miranda.
Transferência
Tiago Rocha foi transferido do Núcleo de Custódia do Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia, um local de segurança máxima, para Nova Crixás, no sábado (5), durante a operação Kaisen. Além do serial killer, mais de 1,1 mil detentos foram recambiados para outras unidades prisionais do Estado.
Segundo a DGAP, essa transferência não causou superlotação em nenhum presídio do estado e foi planejada há mais de um ano para que seja feita uma reforma no Núcleo de Custódia.
“A unidade tem mais de 60 anos, um custo de manutenção muito alto, tem problemas sanitários, elétricos e hidráulicos e uma arquitetura que não se adequa mais aos tempos de hoje. Sempre foi um problema no estado e agora temos condições de reorganizar”, explicou o titular da DGAP, o coronel da Polícia Militar Agnaldo Augusto
Série de homicídios
O detento, que trabalhava como vigilante, está preso desde 14 de outubro de 2014 e ficou conhecido como o serial killer de Goiás por ser apontado como responsável por mais de 30 assassinatos, sendo a maioria contra mulheres.
Até esta quarta-feira, segundo levantamento do Tribunal de Justiça de Goiás, Tiago Henrique Rocha enfrentou 40 julgamentos por homicídios e foi absolvido em três processos. As penas somam mais de 600 anos e prisão.
O vigilante também já foi condenado pela Justiça a 12 anos e 4 meses de prisão em regime fechado por ter assaltado duas vezes a mesma agência lotérica do Setor Central, na capital goiana.
Nota da DGAP
A 1ª Coordenação Regional Prisional informa que as transferências foram realizadas de forma estratégica mantendo a ordem e a disciplina dos ambientes prisionais, sem qualquer intercorrência. As movimentações de presos em Goiás são realizadas com base na lei 19.962/2018 em seu artigo 1º inciso III , a qual dispõe sobre autonomia da instituição para realizar transferências de custodiados para presídios de sua responsabilidade. “autonomia e independência do órgão estadual de administração penitenciária para gestão de vagas, implantação e movimentação dos encarcerados.”
-A 2ª Coordenação Regional Prisional da instituição salienta que o detento mencionado por este veículo de comunicação está isolado dos demais presos, em cela de segurança reforçada e individual. A Coordenação ressalta ainda que a segurança no local também foi reforçada.
– Toda a operação Kaisen foi realizada por ação conjunta das forças de segurança pública (PC, PM, Polícia Científica, Polícia Penal, Bombeiros e PRF) sem qualquer intercorrência, tendo sido planejada já mais de ano, com informações precisas das inteligências policiais e coordenada pela SSP e DGAP.
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CIDADES
Em Goiás, jogador de 14 anos morre após passar mal enquanto jogava bola com amigos
Zequinha deu seus primeiros passos com a bola aos 6 anos, quando jogava futsal. Atualmente, treinava como ponta-direita no G2 Futebol Clube, de Goiânia. Ele era o irmão mais velho entre os três filhos da família.

Um jogador de futebol identificado como Ezequiel Sena Neres, o Zequinha de 14 anos, morreu após passar mal enquanto jogava bola com amigos, em Goiânia. Ele treinava profissionalmente e chegou a ser levado ao hospital, mas não resistiu, informou o pai do adolescente Dione Neres.
O caso aconteceu no último sábado (8), em um condomínio próximo da saída para Senador Canedo. Conforme Dione, o seu filho estava jogando com amigos da igreja que frequenta, quando passou mal. O pai contou que rapidamente levou o filho até um hospital pediátrico, onde foi atendido.
“Ele chegou bem fraco no hospital. Os médicos tentaram restabelecer ele, mas não conseguiram. Ele tinha todos os exames, sendo apto para a atividade”, acrescentou Dione.
Conforme informações da família, o atestado de óbito diz que a causa da morte deverá ser esclarecida por exames complementares.
Orgulho
Zequinha deu seus primeiros passos com a bola aos 6 anos, quando jogava futsal. Atualmente, treinava como ponta-direita no G2 Futebol Clube, de Goiânia. Ele era o irmão mais velho entre os três filhos da família. “Menino de ouro. Craque. Inteligente”, elogiou o Dione.
“Meu garoto de ouro tinha sonho de ser empresário, queria ser bem-sucedido na vida. O desejo dele era já parar de jogar esse ano e focar em estudos. Queria ir morar sozinho cedo”, descreveu o pai.
O clube lamentou a morte do atleta nas redes sociais. “É com muita tristeza que comunicamos o falecimento do nosso atleta Ezequiel (conhecido como Zequinha). Que Deus te receba com sua alegria. Nossos sentimentos a toda sua família, e pedimos que Deus os conforte nesse momento tão difícil. Família G2 em luto”, disse em nota.
O corpo de Ezequiel foi sepultado nesta segunda-feira (10), no Cemitério Parque de Goiânia.
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