Usineiros dizem que 2ª alta de tributos no ano tira competitividade do álcool

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Com o aumento de tributos anunciado na quinta-feira (20), é a segunda vez somente neste ano que o governo aumenta a taxação sobre etanol.

Em nota divulgada neste sábado (22), a Unica (entidade que reúne os produtores de álcool e açúcar) afirma que, com a tributação, o combustível ficou em desvantagem em relação à gasolina.

Em janeiro, o governo interrompeu a desoneração de PIS/Cofins para os produtores de etanol, o que elevou o tributo sobre o combustível em R$ 0,12 por litro.

Nesta semana, com dificuldades de caixa, o governo anunciou o aumento da tributação sobre o combustível e também sobre a gasolina e o diesel. O etanol foi tributado em mais R$ 0,20 por litro.

Dessa forma, segundo calcula a Unica, o litro do hidratado vendido nas bombas pode ficar até R$ 0,32 mais caro com os dois aumentos de impostos acumulados neste ano.

Já a gasolina tipo C pode ficar R$ 0,30 mais cara, dada a sua composição (75% de gasolina e 25% de etanol).

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“Essa comparação evidencia a perda de competitividade do etanol hidratado em relação à gasolina C, que as recentes alterações de tributos impingiram ao etanol”, afirma a nota da entidade.

A diferença de rendimento entre os dois combustíveis exige que, para ser competitivo, o etanol hidratado tem que custar ayé 70% do preço da gasolina.

A Unica afirma que, com o segundo aumento de tributos, isso não está ocorrendo.

“Para não alterar a competitividade do etanol hidratado, o aumento de tributos deveria guardar a relação de 70% ante a gasolina C. Não foi o que aconteceu. Pelo contrário, haverá perda de competitividade no momento do abastecimento dos veículos”, diz a nota.

A queixa da entidade desmonta o discurso ensaiado pelo governo, nos dias que antecederam o anúncio, de que o aumento de tributos seria mais duro sobre a gasolina e, assim, beneficiaria o etanol.

“O que se constata nessa decisão do governo é que não há nenhum traço de política pública para viabilizar o consumo de combustíveis renováveis. Se houvesse, o etanol teria ficado fora desse aumento de tributos”, diz a nota da Única.

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“Depois de amargar seis anos de controle e preços da gasolina e de desoneração tributária desse combustível em relação ao etanol hidratado, o setor é induzido a pagar novamente a conta seja porque sofreu aumento de carga tributária e redução de competitividade, e também pelo aumento de custos que irá sofrer com o aumento no custo do diesel”.

Folhapress

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ECONOMIA

Usinas bioenergéticas realizam encontro estratégico para a safra 2025

CRV Industrial e Rubi S.A. reúnem líderes para desenvolver planejamento.

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CRV Industrial e Rubi S.A realizaram um workshop estratégico para planejar a safra 2025. Fotos: João Lima.

As usinas bioenergéticas CRV Industrial, com unidades em Carmo do Rio Verde (GO) e Capinópolis (MG), e a Rubi S.A, presente em Rubiataba e Uruaçu (GO), realizaram um encontro estratégico para planejar as ações voltadas à safra 2025. O workshop aconteceu na última semana e reuniu líderes das áreas agrícola, industrial e administrativa das empresas.

Para embasar o planejamento, foi aplicado um questionário que coletou insights e percepções dos gestores sobre diferentes aspectos da empresa. A partir dessa ferramenta, foram estabelecidas diretrizes estratégicas de curto, médio e longo prazo, com metas claras para cada setor.

A missão das usinas – “Produzir açúcar, biocombustíveis e energia a partir de fontes renováveis, com respeito às pessoas e ao meio ambiente” – foi um dos principais temas debatidos no encontro. Os participantes discutiram a importância de alinhar missão, visão e valores às novas demandas do mercado e às projeções futuras do setor. Também foram analisadas tendências de mercado, concorrência e regulamentações que podem impactar o negócio.

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E para enriquecer as discussões, os departamentos envolvidos apresentaram cases de sucesso e iniciativas simples, mas eficazes, que podem ser implementadas em todas as unidades, promovendo maior qualidade na execução das atividades, economia de recursos e aprimoramento contínuo dos processos.

Mão de obra

Outro tema central do planejamento foi a gestão de pessoas, com foco na retenção de talentos. Segundo a Superintendente de Gestão Integrada das usinas, Marcilene Cristina, o desafio de encontrar e manter mão de obra qualificada na região tem sido um ponto de atenção.

“Quando planejamos a safra, conseguimos antecipar desafios e gargalos, permitindo que tudo ocorra em conformidade. O principal destaque desse encontro foi a retenção de talentos, considerando a dificuldade que temos enfrentado na contratação de profissionais na nossa região”, destacou Marcilene.

Além da gestão de talentos, o encontro também abordou a necessidade de investimentos em infraestrutura, tecnologia e capital humano para fortalecer o crescimento sustentável das usinas. O planejamento estratégico traçado servirá como um guia para garantir eficiência operacional e competitividade no setor bioenergético.

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