Velho Chico: rio percorre a cultura, a história e a economia do país

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Com 168 afluentes, o Rio São Francisco é o maior rio inteiramente brasileiro. Ele percorre 2.863 km passando por seis estados: Minas Gerais, Goiás, Bahia, Pernambuco, Alagoas e Sergipe, além do Distrito Federal. Dezoito milhões de brasileiros dependem de suas águas.

Para chamar atenção para os problemas enfrentados pelo rio e sua bacia, a campanha Eu viro carranca para defender o Velho Chico chega ao 7º ano. As carrancas, que são esculturas com figuras assombrosas, eram usadas nas embarcações para espantar as “feras” do rio e os perigos da travessia.  

O Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco, formado por representantes da sociedade civil e do governo, instituiu o dia 3 de junho como Dia Nacional de mobilização em Defesa do Rio São Francisco.

O escritor e professor de literatura da Universidade Federal da Bahia (UFBA) Aurélio de Lacerda destaca que o Velho Chico não é só o rio da integração nacional, mas enxerga poesia e vê o recurso como uma personagem brasileira.

“O Rio São Francisco é uma personagem, e, como personagem tratada na literatura, na literatura de cordel, nos causos, nos contos, nos enredos, nas cantigas, nas cantorias, essa personagem conta seus dramas, conta também as suas festas, o seu progresso.”

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Imaginem as histórias e lendas contadas pelos 70 mil índios, de 32 povos, que habitam a Bacia do Velho Chico? E pelos quilombolas, ribeirinhos, barranqueiros e pescadores.

Impulsionador da economia

Além de toda essa diversidade cultural, o Rio São Francisco é um grande impulsionador da economia dos municípios situados ao longo de seu percurso, segundo a pesquisadora da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) Maria Auxiliadora Lima. O transporte de cargas, a produção de energia elétrica, a piscicultura e o turismo estão entre os potenciais do rio.

Mas, para a especialista, a atividade agrícola é o carro-chefe do Velho Chico, com destaque para a agricultura irrigada: são mais de 150 mil hectares irrigados pelo rio.  

“Essa agricultura irrigada representa um elemento fundamental para a economia, o principal gerador de renda e desenvolvimento para as comunidades, para a região, para os municípios no entorno dessas áreas irrigadas e tem trazido benefícios sociais importantes.”

Práticas sustentáveis

O desenvolvimento implementado na região precisa vir acompanhado de práticas sustentáveis, destaca o coordenador da Articulação no Semiárido Brasileiro (Asa Brasil), Cícero Félix. Para ele, a destruição dos biomas do cerrado e caatinga para implantação da mineração e grandes áreas de cultivo para exportação, bem como a poluição, são as grandes responsáveis pela degradação da bacia do São Francisco. O especialista explica que a conservação das nascentes e a destinação de orçamento para saneamento ambiental são necessárias para a preservação do rio.

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“Conservação dos bens naturais que ainda existem, cobertura vegetal de solos, de proteção da flora e da fauna, das nascentes dos pequenos rios, dos pequenos riachos, e orçamento para saneamento ambiental da bacia do São Francisco.”

Este ano, a Campanha em defesa do Rio São Francisco ganhou prêmio da Agência Nacional das Águas na categoria entes do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos. Para fazer parte da mobilização e conhecer mais sobre a ação, basta acessar o site da campanha

Ouça na Radioagência Nacional:

Edição: Lílian Beraldo

Fonte: EBC Geral

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BRASIL

PRF intensifica fiscalização em todo o Brasil

Cresce número de mortes e acidentes em Goiás no mês de dezembro.

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PRF intensifica fiscalização em todo o Brasil. Foto: Reprodução

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) iniciou na quarta-feira (18), a Operação Rodovida, que busca reduzir acidentes e aumentar a segurança nas rodovias durante as festas de fim de ano e o Carnaval. A operação ocorre em todo o país, um dos períodos mais movimentados nas estradas.

A primeira fase, chamada Operação Natal, ocorre de 20 a 25 de dezembro. As ações priorizam a fiscalização de ultrapassagens indevidas, que podem gerar multas de até R$ 2.934,70, suspensão da habilitação e risco elevado de acidentes graves, como colisões frontais.

De janeiro a novembro, a PRF registrou 272.955 infrações por ultrapassagens indevidas, número próximo ao mesmo período de 2023. Em 2024, essas infrações causaram 1.557 acidentes, com 2.287 feridos e 363 mortes. Houve também aumento nas colisões frontais, com 4.391 casos em 2024 contra 4.206 em 2023.

Em Goiás, 15 mortes na primeira quinzena de dezembro

Nos primeiros dezoito dias de dezembro, a PRF registrou 174 acidentes nas rodovias federais em Goiás, resultando em 137 feridos e 15 mortes. Em comparação, no mesmo período do ano passado, foram 123 acidentes, 104 feridos e 11 mortes. Destacam-se as colisões frontais, uma vez que 13 das 21 mortes registradas neste ano ocorreram nesses tipos de acidentes.

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A PRF alerta que os principais fatores para os acidentes mais graves estão ligados a comportamentos imprudentes, como excesso de velocidade, ultrapassagens proibidas, não utilização do cinto de segurança e dispositivos infantis, além do uso de celular ao volante. Outro agravante é a intensificação das chuvas, comuns nesta época do ano, que tornam as estradas ainda mais perigosas.

Durante a operação, haverá reforço na fiscalização, com especial atenção para o consumo de álcool ao volante. A PRF reforça a importância da responsabilidade dos motoristas em evitar comportamentos de risco e adotar práticas que garantam a segurança de todos. Antes de viajar, é essencial verificar as condições do veículo, incluindo pneus, freios e iluminação, além de conferir a documentação obrigatória. Outro ponto destacado é o uso correto do cinto de segurança por todos os ocupantes do veículo.

A Operação Rodovida se estenderá até o final do Carnaval.

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