Webinário ‘Vigilância e Manejo Clínico da Febre Amarela’ discute a doença com profissionais de saúde

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O Ministério da Saúde, por meio da Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente e do Centro de Operações de Emergências em Saúde Pública para Dengue e outras Arboviroses (COE Dengue), realizou nesta quarta-feira (5) o webinário Vigilância e Manejo Clínico da Febre Amarela. A ação reforça as estratégias e diretrizes do Plano de Ação para Redução da Dengue e de outras Arboviroses com o objetivo de capacitar e atualizar profissionais da saúde sobre vigilância epidemiológica e manejo clínico da febre amarela, abordando medidas de prevenção, diagnóstico e tratamento da doença.

“Estamos em um momento crucial em relação à febre amarela, com aumento de casos não apenas no Brasil, mas em várias partes das Américas. A vigilância ativa nos permite agir de forma antecipada, promovendo um trabalho conjunto para implementar os bloqueios necessários, evitar novas infecções e garantir diagnósticos precoces, fundamentais para uma evolução clínica mais favorável”, explicou Alda Maria da Cruz, diretora do Departamento de Doenças Transmissíveis (DEDT) e responsável pela abertura do evento.

O webinário foi moderado por Felipe Reque, coordenador-geral de Urgência do Departamento de Atenção Hospitalar, Domiciliar e de Urgência (DAHU) da Secretaria de Atenção Especializada à Saúde (Saes), e promoveu a troca de conhecimentos entre especialistas, pesquisadores e profissionais da linha de frente no combate à doença.

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Entre os palestrantes, estiveram: Daniel Garkauskas Ramos, coordenador-geral substituto de Vigilância de Arboviroses (CGARB), que apresentou a situação epidemiológica da febre amarela; Márcia Chame, coordenadora do Centro de Informação em Saúde Silvestre (Fiocruz), que abordou a Vigilância de Eventos Sentinela e o uso da plataforma SISS-Geo; e Ho Yeh Li, coordenadora da UTI-Infectologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, que falou sobre os aspectos clínicos e manejo da febre amarela.

“Estamos em um cenário em que fenômenos climáticos, como o El Niño, têm alterado os padrões de temperatura e chuva, impactando significativamente a transmissão de arbovírus, como a febre amarela. Isso levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a emitir um alerta para o risco de aumento das arboviroses nos países afetados por esses eventos climáticos”, explica Daniel Garkauskas Ramos.

Além disso, ele destacou a importância de sensibilizar públicos específicos, especialmente os homens que trabalham em áreas de mata, para o combate à febre amarela.

“Mais de 80% dos casos ocorrem em indivíduos do sexo masculino, que, em geral, cuidam menos da saúde, não se vacinam, demoram a procurar atendimento quando adoecem e estão mais expostos a ambientes de mata, principalmente por questões de trabalho, como atividades rurais ou outras que os colocam em contato com áreas florestais. Esses fatores configuram um risco significativo de infecção pelo vírus da febre amarela”, alertou.

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A iniciativa reafirma o compromisso do Ministério da Saúde em aprimorar a capacitação dos profissionais e fortalecer a vigilância epidemiológica, contribuindo para o controle e prevenção das arboviroses no país.

Febre amarela

A febre amarela é uma doença infecciosa febril aguda, imunoprevenível, de evolução abrupta e gravidade variável, com elevada letalidade nas suas formas graves. A doença é causada por um vírus transmitido por mosquitos, e possui dois ciclos de transmissão (urbano e silvestre). No ciclo urbano, a transmissão ocorre a partir de vetores urbanos (Ae. aegypti) infectados. No ciclo silvestre, os transmissores são mosquitos com hábitos predominantemente silvestres, sendo os gêneros Haemagogus e Sabethes os mais importantes. 

Felipe Moraes
Ministério da Saúde

Fonte: Ministério da Saúde

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SAÚDE

Ministra da Saúde anuncia reajuste de 30% no custeio das Equipes de Saúde da Família Ribeirinha

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Durante agenda em Manaus (AM), nesta quarta-feira (5), a ministra da Saúde, Nísia Trindade, anunciou um reajuste médio de 30% no custeio das Equipes de Saúde da Família Ribeirinha (eSFR). A medida será formalizada nos próximos dias, com a publicação de uma portaria no Diário Oficial da União, e faz parte da estratégia do governo federal para fortalecer a atenção primária em áreas de difícil acesso na Amazônia. 

“O fortalecimento do SUS, que foi a missão dada a mim pelo presidente Lula, já resultou em melhorias concretas nos indicadores de saúde. Um exemplo disso é o aumento de 60% no número de cirurgias realizadas na região amazônica, em parceria com estados e municípios”, destacou Nísia. Vale lembrar que essa é a primeira vez desde 2017 que o governo federal reajusta o repasse às eSFR. 

O anúncio foi feito durante a abertura do “Encontro Nacional da Estratégia Saúde da Família Ribeirinha: nos caminhos das águas o SUS se fortalece”, realizado na Assembleia Legislativa do Amazonas, com a presença de parlamentares, prefeitos e gestores da saúde. 

Investimentos ampliados e novos incentivos 

O financiamento para essas equipes mais que dobrou, passando de R$ 80,5 milhões em 2022 para R$ 168,1 milhões em 2024. Para 2025, a previsão de investimento é ainda maior: R$ 288 milhões, um aumento de 71% em comparação ao ano passado. 

Com esse reforço, o Ministério da Saúde pretende expandir o número de equipes ribeirinhas, chegando a 340 até o final de 2025. Atualmente, 310 equipes estão homologadas e em operação. 

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Mudanças e reajustes na nova portaria 

A nova portaria promove uma série de ajustes para aprimorar a atenção primária em regiões ribeirinhas, fortalecendo a Política Nacional de Atenção Básica (PNAB) e a Política Nacional de Saúde Integral das Populações do Campo, da Floresta e das Águas (PNSIPCFA). Entre as principais mudanças, estão:

Valorização dos profissionais 

Os incentivos financeiros foram ampliados para:

  • Profissionais de nível superior: de R$ 2.500 para R$ 5.000 por profissional (até dois por equipe);
  • Auxiliares e técnicos de enfermagem: de R$ 1.500 para R$ 2.375 por profissional (até 11 por equipe);
  • Auxiliares e técnicos em saúde bucal: de R$ 1.500 para R$ 2.375 por profissional (até um por equipe). 

Incentivos para transporte terrestre e fluvial

  • Aquisição de veículos pick-ups 4×4: incentivo de R$ 6.000 mensais por veículo (até dois veículos por equipe);
  • Ampliação do recurso para transporte fluvial: de R$ 2.673,50 para R$ 6.000 mensais por embarcação (até quatro embarcações por equipe). 

Melhoria na infraestrutura dos pontos de apoio 

Os pontos de apoio para as equipes também receberão reajuste no financiamento, garantindo melhores condições de atendimento: 

  • De R$ 2.673,50 para R$ 4.000 mensais.

Reajuste do incentivo fixo para as equipes:

  • O valor fixo de custeio das equipes foi elevado de R$ 13.920 para R$ 24.000 mensais. 

Apoio à implantação de novas equipes:

  • O recurso de apoio para novos municípios passou de R$ 20.000 para R$ 50.000 por equipe. 
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Criação de incentivos por desempenho: 

  • Premiações de até R$ 8.000 por equipe, conforme o cumprimento das metas estabelecidas. 

Impacto na assistência à população ribeirinha 

Criadas em 2010, as Equipes de Saúde da Família Ribeirinha e as Unidades Básicas de Saúde Fluviais (UBSFs) são fundamentais para levar atendimento médico, odontológico e de enfermagem às populações isoladas da Amazônia Legal e do Pantanal Sul-Mato-Grossense.  Durante a agenda em Manaus, a ministra conheceu o Barco Hospital São João XXIII, que oferece atendimento especializado em saúde com recursos do SUS. 

No Amazonas, 131 equipes atuam diretamente na atenção primária, assegurando assistência a milhares de pessoas que dependem exclusivamente do SUS para acesso à saúde pública. Além disso, o estado conta com 37 UBSFs – embarcações equipadas para consultas médicas, exames laboratoriais e até pequenos procedimentos cirúrgicos. 

Apesar dos avanços, os desafios na região ainda são grandes, devido à dispersão dos domicílios, isolamento geográfico, acesso limitado à energia e dificuldades de comunicação. Esses fatores tornam o trabalho das equipes de saúde ainda mais essencial para garantir o direito à saúde nas áreas ribeirinhas. 

“Ainda há desafios. Por isso, escutamos as demandas de comunidades, trabalhadores e gestores para garantir mais estrutura e ampliar o atendimento nessas regiões de grandes distâncias. E é exatamente isso que estamos fazendo com todos esses incentivos”, concluiu a ministra. 

Edjalma Borges
Ministério da Saúde

Fonte: Ministério da Saúde

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