Opinião

O Brasil merece respeito, é verdade!

Publicados

A semana iniciou com a marcha de uma carta, assinada por ilustres presenças na vida econômica e financeira nacional, demonstrando uma justa preocupação com as consequências da pandemia, hoje, transformada em um verdadeiro “pandemônio” e que querem atribuir a culpa de tudo o que estamos a vivenciar a uma só pessoa, nacional e não estrangeira!

A carta tem argumentos contundentes, fortes e dúbios que não batem, objetivamente com a realidade que estamos a acompanhar como, ilustramos a seguir.:

Isolamento Social: Todos aqueles que assinaram a presente carta, sem distinção nenhuma de qualquer que sejam eles, podem ficar isolados o resto da vida nas suas confortáveis casas que nada irá lhes faltar. Os seus cofres pessoais e familiares estão suficientemente abarrotados monetariamente, de tal sorte que não precisarão sair de casa para ir ao encontro de nada, pois tudo vem as suas mãos porque usam do confortável expediente de “mandar buscar”, numa demonstração de que a felicidade se expressa, no caso deles, signatários da carta, só com o ato de acionar o celular.”

Leia Também:  O Brasil e a ONU

Enfrentamento da Pandemia: “Há um ano que, quem assiste televisão, observa o enfrentamento da desgraça, como o esforço sobre-humano, de médicos, enfermeiros, autoridades governamentais liberando fortunas bilionárias para montagem de hospitais de emergência; compra de medicamentos; vacinas; insumos hospitalares e tantas outras situações invisíveis aos nossos olhos, mas que chegam às mãos dos necessitados com a urgência possível! A crise do oxigênio teve aspectos que não são contados como, por exemplo, a distância entre a fábrica desse produto e os necessitados que fica a cinco mil quilômetros de distância dos enfermos. Para transportar esse produto até as emergências, é necessário um avião adequadamente preparado, pilotos disponíveis, combustível suficiente e uma infraestrutura apropriada que, muitas vezes, não é em poucos dias que se consegue.

Efeitos Sociais: Tivemos um auxílio financeiro emergencial com o valor possível, que atendeu apenas a setenta milhões de carecidos, uma vez que não foi possível atender a todos;

Respeito à ciência: Particularmente nunca vi nenhuma cartomante, curandeiro ou pajé trabalhando para salvar infectados! É possível que haja por aí!

Leia Também:  Por que tantas recuperações judiciais?

Fica a pergunta: O que é respeito para as eminências que firmaram o presente documento? É fazer o impossível?

Prof. Cícero Maia

JORNAL DO VALE – Muito mais que um jornal, desde 1975 – www.jornaldovale.com

Siga nosso Instagram – @jornaldovale_ceres

Envie fotos, vídeos, denúncias e reclamações para a redação do JORNAL DO VALE, através do WhatsApp (62) 98504-9192

COMENTE ABAIXO:
Propaganda

ARTIGO

PEC 6X1: oportunidade para o debate franco acerca da legislação trabalhista

A baixa produtividade nacional está também associada a uma qualidade educacional deficiente, fator que dificulta a implementação de uma jornada reduzida sem impacto negativo na produção. O recente relatório da McKinsey sobre o futuro do trabalho destaca que, para competir em um mercado global, é necessário cultivar habilidades de criatividade, autoaprendizado e flexibilidade. O Brasil, com uma educação pública ainda deficiente, precisaria investir significativamente nesses aspectos para que seus trabalhadores pudessem se beneficiar plenamente de uma jornada reduzida e competir em uma economia mundial em transformação. 

Publicados

em

André Naves é Defensor Público Federal, especialista em Direitos Humanos e Inclusão Social; Mestre em Economia Política.

A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 6X1, de autoria da deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP), tem como objetivo a redução da jornada de trabalho de 44 para 36 horas semanais, mantendo os salários e reorganizando a carga semanal em até quatro dias. Essa proposta vem ao encontro de tendências globais, onde o debate sobre a jornada de trabalho e sua adaptação aos novos tempos — especialmente com o avanço da tecnologia e da inteligência artificial — tem ganhado força.

A PEC 6×1, inspirada pelo Movimento Vida Além do Trabalho (VAT), idealizado pelo vereador Rick Azevedo (PSOL-RJ), pode ser vista como um ponto de partida para uma análise mais profunda sobre o sistema trabalhista brasileiro e suas limitações, tanto para trabalhadores quanto para empregadores.

A questão da jornada de trabalho reduzida é sustentada por um contexto de aumento da produtividade, impulsionado pelas inovações tecnológicas. Essas inovações permitiram que, em alguns setores, menos horas de trabalho resultassem em níveis de produção iguais ou superiores aos modelos tradicionais. No entanto, a discussão sobre a redução da jornada de trabalho não se limita aos ganhos de produtividade. Ela também envolve uma série de outros fatores, como qualidade de vida, saúde mental, e até mesmo a busca por um equilíbrio entre vida pessoal e profissional.

Em termos práticos, a PEC 6X1 procura responder à demanda por uma jornada de trabalho que promova o bem-estar dos trabalhadores sem sacrificar o desempenho econômico. Entretanto, há obstáculos no que diz respeito à aplicabilidade da medida no contexto brasileiro. O arcabouço jurídico trabalhista do país, com regulamentações amplas, visa proteger o trabalhador, mas frequentemente é apontado como um fator que engessa a iniciativa privada e dificulta a criação de empregos.

Leia Também:  Não seja refém da Inteligência Artificial

A complexidade e os custos associados ao cumprimento das leis trabalhistas brasileiras muitas vezes desestimulam empresários, especialmente os pequenos e médios, de contratar formalmente. O excesso regulatório pode ser, em parte, responsável pela baixa produtividade e pela informalidade ainda presente no mercado de trabalho brasileiro.

Além disso, o Brasil já enfrenta desafios específicos em relação ao mercado de trabalho, como a escassez de mão de obra em algumas regiões e o aumento da informalidade. Há também uma pressão social crescente para ajustar programas de assistência, como o Bolsa Família, para que realmente sirvam como apoio temporário, incentivando a entrada no mercado de trabalho. Isso alinha-se à célebre frase do ex-presidente americano Ronald Reagan, para quem “o melhor programa social é o emprego”. Nesse sentido, um mercado de trabalho desburocratizado e uma política de assistência social orientada para a autonomia individual poderiam ser fundamentais para garantir uma economia mais forte e inclusiva.

A baixa produtividade nacional está também associada a uma qualidade educacional deficiente, fator que dificulta a implementação de uma jornada reduzida sem impacto negativo na produção. O recente relatório da McKinsey sobre o futuro do trabalho destaca que, para competir em um mercado global, é necessário cultivar habilidades de criatividade, autoaprendizado e flexibilidade. O Brasil, com uma educação pública ainda deficiente, precisaria investir significativamente nesses aspectos para que seus trabalhadores pudessem se beneficiar plenamente de uma jornada reduzida e competir em uma economia mundial em transformação.

Leia Também:  O que é o Centrão?

A PEC 6X1, assim, abre uma oportunidade rara para rever os princípios que sustentam o sistema trabalhista brasileiro e questionar se esse modelo atende às necessidades contemporâneas de um mundo em rápida mudança. Trata-se de uma chance para empreender uma reforma que, ao mesmo tempo que preserva a dignidade dos trabalhadores, valorize a iniciativa privada e encoraje a criação de empregos de qualidade. Como se diz, “quando o cavalo selado passa, é hora de pular e aproveitar a chance”.

André Naves é Defensor Público Federal formado em Direito pela USP; especialista em Direitos Humanos e Inclusão Social; mestre em Economia Política pela PUC/SP; cientista político pela Hillsdale College; doutor em Economia pela Princeton University; escritor e professor (Instagram: @andrenaves.def).

JORNAL DO VALE – Muito mais que um jornal, desde 1975 – www.jornaldovale.com

Siga nosso Instagram – @jornaldovale_ceres

Envie fotos, vídeos, denúncias e reclamações para a redação do JORNAL DO VALE, através do WhatsApp (62) 98504-9192

COMENTE ABAIXO:
Continue lendo

VALE SÃO PATRÍCIO

PLANTÃO POLICIAL

ACIDENTE

POLÍTICA

MAIS LIDAS DA SEMANA