Uma mulher ligou para o Corpo de Bombeiros e pediu uma “pizza” para denunciar um episódio de violência doméstica praticado pelo marido na cidade de Niquelândia. A vítima, na verdade, usou a estratégia para o companheiro não perceber o real pedido de socorro.

Uma viatura da corporação foi enviada ao endereço da mulher, que morava no bairro Jardim Atlântico, após tenente Rodrigo Santos Moreira perceber que não se tratava de um trote, mas de um pedido de ajuda.

O nome do marido da mulher não foi divulgado. Por isso, a nossa reportagem não localizou a defesa para se manifestar sobre o caso.

A mulher por telefone, muito abalada e assustada, preferiu não gravar entrevista, mas disse que eles viviam um relacionamento conturbado há algum tempo e a agressão foi o ponto final do casamento. Ela relatou ainda que após a violência decidiu morar em outra cidade.

Conforme o tenente Rodrigo Santos Moreira, o militar que atendeu a ligação disse que ela tinha ligado para os bombeiros e não para uma pizzaria.

“Mesmo assim, ela insistiu no pedido demonstrando bastante nervosismo na voz e, ao fundo, percebeu o choro de uma criança, o que chamou a atenção do bombeiro”, explicou o oficial.

Entretanto, o marido da mulher entendeu o verdadeiro pedido de socorro e fugiu da residência antes de os bombeiros chegarem.

Segundo a corporação, a mulher tinha hematomas na cabeça e escoriações pelo corpo. Ela foi atendida em casa e depois levada para o hospital municipal da cidade. O filho do casal foi deixado aos cuidados da avó, segundo o tenente.

Os bombeiros disseram que ela estava nervosa ao telefone e também em casa, quando os militares chegaram. A mulher não contou o motivo da briga e disse que tinha medo de morrer em razão das agressões.

As investigações

A Polícia Civil (PC) de Niquelândia disse que a mulher registrou um boletim de ocorrência, mas optou por não representar criminalmente contra o marido.

Apesar de a mulher não pedir a representação, a polícia vai investigar o caso como violência doméstica e intimou o suspeito a prestar depoimento.

Hospital que foi levado a vítima

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