Planalto prega ‘humildade’ após pesquisa

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A nova alta na rejeição do governo Dilma Rousseff, apontada por pesquisa Datafolha divulgada neste fim de semana, fez o Palácio do Planalto adotar a receita da “humildade” e da “paciência”. O levantamento mostra que 65% dos brasileiros rejeitam a administração da petista, índice comparável apenas ao obtido por Fernando Collor dias antes de ser alvo de impeachment, em setembro de 1992, quando registrou 68%. Apenas 1 em 10 eleitores consideram a gestão “ótima ou boa”.

“O governo tem de ter humildade para reconhecer que a pesquisa reflete um momento de dificuldade política e econômica”, afirmou ao jornal O Estado de S. Paulo o ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social (Secom), Edinho Silva. “Estamos vivendo uma situação de dificuldade econômica, o governo tem consciência das dificuldades e está fazendo ajuste para que sejam superadas. Estamos virando a página do ajuste e entrando na agenda de retomada da economia.”

O Planalto aposta em medidas como os recentes lançamentos do Plano Safra e do Plano de Infraestrutura e também futuros, como na área energética e de banda larga, além do Minha Casa, Minha Vida 3, para ver os índices de popularidade de Dilma melhorarem. Em avaliação recente da conjuntura política, feita em reunião fechada com religiosos no Instituto Lula, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva admitiu que ele e a sucessora estão “no volume morto” e o PT, “abaixo do volume morto”.

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O otimismo do Planalto, no entanto, não é compartilhado entre os aliados do PT no Congresso. Para um importante líder da base, a situação “vai piorar ainda mais um pouco antes de começar a melhorar”, por que são “muitas frentes, e todas difíceis e mal articuladas”.

Ciente das dificuldades econômicas e do impacto da Operação Lava Jato e do risco de reprovação das contas do governo no Tribunal de Contas da União (TCU), havia quem esperasse resultado pior nos dados do Datafolha, como aprovação de apenas um dígito.

Para o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), a queda da popularidade da presidente é a continuidade de um processo de desgaste que chegou ao “fundo do poço”. Essa deterioração, em sua avaliação, foi provocada pela conjunção de fatores negativos, como a piora da economia e o escândalo de corrupção na Petrobras. “E, principalmente, pelo fato de estar fazendo um ajuste que não foi falado na campanha”, afirmou.

O líder do PT Câmara, Sibá Machado (AC), enfatizou que nos primeiros seis meses de governo a agenda foi focada no ajuste fiscal e em cortes no Orçamento. “Toda vez que a economia tem maus indicadores, há uma perda de popularidade”, disse. “Antes de uma crise política, há uma crise econômica e um massacre na mídia de modo geral.”

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Presidente do PSDB e candidato derrotado por Dilma no segundo turno, o senador Aécio Neves (MG) agradeceu nas redes sociais “o apoio de tantos brasileiros”. Na pesquisa Datafolha, o tucano apareceu 10 pontos à frente de Lula em uma eventual disputa pelo Planalto. Para Aécio, o recorde de rejeição da presidente “mostra a consciência crescente dos brasileiros em relação às mentiras de que foram vítimas durante a campanha eleitoral do ano passado e em relação à traição do atual governo, que descumpriu promessas feitas ao País”.

Com informações do Estadão Conteúdo

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Caiado dá nova demonstração de força e União Brasil conquista 94 prefeituras em Goiás

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Governador Ronaldo Caiado e Antônio Rueda, presidente nacional do União Brasil. Foto: Divulgação

O União Brasil, partido presidido em Goiás pelo governador Ronaldo Caiado, elegeu 589 prefeitos em todo o Brasil nas eleições municipais deste ano. Deste total, 94 estão em Goiás, o que representa quase 16% de todas as vitórias do partido no País. O número expressivo renova a força da legenda no estado, onde pode ainda conquistar a capital — a definição ficou para o segundo turno.

A eleição deste ano marca um crescimento significativo no número de prefeituras conquistadas pelo União Brasil em Goiás. Em 2020, antes da fusão que criou o partido, o DEM de Ronaldo Caiado conquistou 62 prefeituras. Já o PSL, que viria a se unir ao DEM para formar o União Brasil em 2022, elegeu 5 prefeitos. Em 2024, portanto, o União Brasil avança mais de 40% em relação às últimas eleições municipais em Goiás.

Com a conquista de municípios importantes, o União Brasil fortaleceu sua presença em todas as regiões do estado. No Entorno de Brasília, por exemplo, vai comandar Águas Lindas e Luziânia; na Região Metropolitana de Goiânia, Trindade e Senador Canedo. O partido também sagrou-se vitorioso em cidades estratégicas como Ceres, Rialma, Jaraguá, Goianésia no Vale do São Patrício, além de Porangatu, Iaciara, Simolândia, Inhumas e Itumbiara.

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O governador Ronaldo Caiado celebrou os resultados obtidos no cenário estadual. “O União Brasil mostrou sua força em Goiás. Elegemos 94 prefeitos em todo o estado, fortalecendo nosso compromisso com o desenvolvimento local, por meio de parceiras para continuar com o avanço da qualidade de vida para os mais de sete milhões de goianos”, afirmou o governador. Presidente nacional do União Brasil, Antônio Rueda esteve em Goiânia no domingo de eleições e, antes do resultado, afirmou que esperava que o partido fizesse cerca se 500 municípios, número que foi superado após a apuração.

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