Fuga em Anápolis pode ter sido facilitada

A fuga de dois criminosos em Anápolis na madrugada de ontem (6), levantou a suspeita de facilitação por parte de algum servidor. A Diretoria-Geral de Administração Penitenciária de Goiás (DGAP) informou que afastou o chefe de equipe responsável pela segurança e instaurou procedimento administrativo para a apuração das responsabilidades e das circunstâncias do fato ocorrido.
Sem se identificar, um servidor afirmou acreditar que o fato se trata de facilitação porque numa situação de fuga, outros presos também teriam se aproveitado das circunstâncias para sair do local também. “Outra coisa é que não estão comentando nada sobre o assunto. Geralmente esses casos causam repercussão entre os servidores e dessa vez, ninguém quer se posicionar”, disse.
Inicialmente, as informações de servidores descreviam que a falta dos dois presos só foi percebida no final da manhã de ontem, após cerca de doze horas depois de eles terem fugido do local. Mas a DGAP se limitou a dizer em nota que as forças policiais já estão em busca para a recaptura dos custodiados Ariel Pedroso da Silva e Emerson Cardoso de Alcântara.
Os dois seriam ligados a facções criminosas, o que ainda não é confirmado pela DGAP. Na ficha criminal de Ariel Pedroso constam crimes de tráfico de drogas, porte ilegal de armas de fogo e associação criminosa. Por estes crimes, Ariel foi condenado a 10 anos e 4 meses de prisão, sendo que ele iniciou o cumprimento da pena em 2016, no presídio de Anápolis, o mesmo de onde fugiu ontem.
Ariel já teria fugido do local uma vez e foi preso em dezembro de 2017, quando foi abordado em uma Fiat Strada carregada com droga. Ele estava na companhia de Roberto Augusto Rodrigues quando foram parados pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) na rodovia BR-070, em Jaraguá. Eles abandonaram o carro e fugiram a pé pela mata, deixando 94 tabletes de pasta base de cocaína que estavam avaliados em R$ 2 milhões.
Ariel e Roberto foram alvos de um resgate na Unidade Prisional de Jaraguá cerca de dez dias depois. As imagens da ação criminosa foram registradas pelas câmeras de segurança da unidade. Além dos dois, outros 28 detentos também fugiram. Ariel foi preso novamente em setembro deste ano durante fase da operação Tártaro, da Polícia Civil. Desde então, ele estava na cadeia de Anápolis novamente.
Já Emerson Cardoso de Alcântara é preso provisório desde 15 de outubro de 2018 por crime de tráfico de drogas.


PLANTÃO POLICIAL
Corpos encontrados são de família desaparecida em Alvorada do Norte, diz polícia
Conforme a PC, a família estava desaparecida desde 25 de fevereiro, e as investigações indicaram que eles teriam sido mortos e enterrados no local onde viviam.

A Polícia Civil (PC) havia localizado na manhã desta quarta-feira (12) três corpos em uma fazenda. Após os exames periciais, foi constatado que os corpos são de um homem, uma mulher grávida de oito meses e uma criança de 1 ano e 8 meses. Eles foram encontrados em uma propriedade rural na região do Assentamento P.A. Corrente, que fica à cerca de 70 quilômetros de Alvorada do Norte.
Conforme a PC, a família estava desaparecida desde 25 de fevereiro, e as investigações indicaram que eles teriam sido mortos e enterrados no local onde viviam. A Polícia Técnico Científica foi acionada para perícia, e as buscas pela autoria do crime continuam.
Confira a nota da PC, na íntegra:
A Polícia Civil Goiás informa que a Delegacia de Polícia de Alvorada do Norte, em ação conjunta com o Corpo de Bombeiros Militar, localizou três corpos em uma propriedade rural situada na região do Assentamento P. A. Corrente, a cerca de 70 km de Alvorada do Norte. A família comunicou o desaparecimento dos parentes no dia 25 de fevereiro: um homem, uma mulher grávida de 8 meses e uma criança de 1 ano e 8 meses. Desde a notícia do fato, a PCGO realizou inúmeras diligências na tentativa de localizar os paradeiros dos envolvidos. Durante as investigações, foi levantada a informação de que possivelmente a família teria sido morta e enterrada na propriedade rural em que viviam. Foi realizada varredura em toda a propriedade rural, que possui a extensão de 6 alqueires, e localizadas as ossadas. A retirada dos cadáveres foi efetuada e a PCGO acionou a Polícia Técnico-Científica para recolhimento do material humano e encaminhamento para perícia. As investigações continuam para localização do autor do crime.
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