TSE realizará teste de votação on-line nas eleições de 2020
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) vai usar as eleições municipais deste ano para testar mecanismos que, no futuro, poderão permitir votações pela internet, a partir do telefone celular – sem necessidade de comparecimento do eleitor às urnas. O novo sistema não vai valer para a disputa deste ano, mas é mais uma tentativa da Corte de ampliar a participação de eleitores no processo de escolha de seus representantes.
O objetivo é também encontrar formas de reduzir custos do processo eleitoral, a exemplo de experiências de outros países. Um chamamento a empresas interessadas em apresentar modelos virtuais que poderiam vir a ser utilizados foi publicado ontem. A ideia do TSE é distribuir estandes com sistemas experimentais, na votação de 15 de novembro, nas cidades de Curitiba (PR), Valparaíso de Goiás (GO) e São Paulo (SP).
As companhias que se habilitarem poderão montar uma estrutura dentro de locais de votação, em espaços abertos e com ampla circulação. Os eleitores dessas cidades estariam livres para experimentar os sistemas a partir dos próprios smartphones.
Os testes não guardarão qualquer relação com as escolhas oficiais de prefeitos e vereadores que acontecerão neste ano. As demonstrações terão candidatos e partidos fictícios e não haverá compartilhamento de dados eleitorais com as empresas que se oferecerem para apresentar suas tecnologias.
A partir da experiência nas eleições de novembro, o TSE pretende debater estratégias para eventuais mudanças no sistema brasileiro de votações. Na Corte eleitoral há um grupo de trabalho que se dedica a estudar novas tecnologias para modernizar o processo. Segundo o TSE, não é possível dizer se ou quando um novo tipo de procedimento será implementado.
Exemplos
As estratégias para inovar com sistemas de participação passam obrigatoriamente pela preservação de três critérios: segurança, sigilo e eficiência. A avaliação é a de que as urnas eletrônicas historicamente cumprem esses requisitos de forma satisfatória. No entanto, as máquinas demandam custos elevados de manutenção, substituição e de logística, por conta dos envios aos rincões do Brasil.
Caso o Brasil venha a permitir o voto online, não será pioneiro. O coordenador-geral da Academia Brasileira de Direito Eleitoral e Político (Abradep), Marcelo Weick Pogliese, afirma haver experiências bem-sucedidas em alguns municípios do México e na Estônia, por exemplo. O país europeu é considerado um paradigma de democracia e governo digital. Em 2007, os estonianos foram os primeiros a fazer uma eleição geral pela internet.
“O Brasil, por exemplo, não faz tantos plebiscitos e referendos, sob o pretexto de que é caro demais. Pela internet, nos municípios, poderíamos melhorar formas de consulta popular. É óbvio que nada será transformado da noite para o dia, mas o legal é que o TSE está tendo essa preocupação com o futuro. Em tese, você permite outras formas de acesso”, disse Pogliese.
Com uma tese de doutorado que se debruçou sobre votações digitais, o coordenador da Abradep afirma que é possível manter a segurança das eleições. Há uma série de alternativas tecnológicas que podem equiparar o nível do sigilo do voto pela internet, a partir de casa, com o da urna eletrônica. Como exemplo, ele cita o mecanismo que sempre vai considerar o último voto do eleitor. Dessa forma, diz, uma escolha feita sob coação poderia ser revista, em segredo. Outra saída seria limitar um voto por dispositivo.
“Teríamos que ter um conjunto de cuidados. Não defendemos que se acabe com o voto presencial, com a urna eletrônica. Mas defendemos que o voto eletrônico seja uma alternativa.” A Abradep formalizou ao TSE, em maio, pedido para que a Corte considerasse a opção.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo. (Agência Estado)
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GERAL
Segurança nos aplicativos: como evitar o vazamento de dados?
Especialista em tecnologia detalha medidas para garantir a privacidade online.
Em um mundo cada vez mais digitalizado, a segurança dos dados dos usuários tornou-se uma das maiores preocupações. Com tantos aplicativos em nossos dispositivos móveis e computadores, surge a necessidade de garantir que as informações pessoais permaneçam protegidas contra possíveis vazamentos.
Michelle Menhem, especialista em tecnologias, destaca a importância de senhas fortes, controle de acesso, criptografia de dados sensíveis e o cumprimento de regulamentos de privacidade, como a LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados), fundamentais para garantir a privacidade dos usuários.
“É importante realizar testes regularmente e implementar padrões de segurança de dados”, explica a especialista. Ela também ressalta que os próprios usuários desempenham um papel fundamental na prevenção de vazamentos de dados, ao seguir as melhores práticas de prevenção e estar cientes dos riscos online.
“Para garantir que os dados dos usuários estejam protegidos, é recomendado o controle de acesso rigoroso para limitar quem pode visualizar e modificar informações, backups regulares para prevenir perdas de dados, monitoramento constante de proteção para identificar e responder a possíveis ameaças, atualizações frequentes de software para corrigir vulnerabilidades e a implementação de políticas claras de segurança para garantir a conformidade e a adesão às melhores práticas de proteção de dados“, ressalta Michelle.
“Manter os dados seguros é uma preocupação cada vez maior, por isso, é necessário adotar medidas que protegem nossas informações pessoais”, finaliza Michelle.
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