Lira pede ajuda da China para acelerar combate à covid-19 no Brasil

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), pediu ao embaixador da China no Brasil, Yang Wanming, ajuda ao governo chinês para superação da pandemia de covid-19. Após reunião com Yang Wanming, por videoconferência, nesta terça-feira (9), Lira divulgou uma carta em que reafirma a parceria entre Brasil e China e pede que o país asiático ofereça insumos e vacinas contra a covid-19.
“Eu me dirijo ao governo chinês neste momento de grande angústia para nós brasileiros, para que nossos parceiros chineses tenham um olhar amigo, humano, solidário e nos ajudem a superar a pandemia, oferecendo os insumos, as vacinas, todo o apoio” de que o Brasil precisa “neste grave momento”, disse o deputado.
Lira defendeu ainda a vacinação em massa contra a covid-19 como forma de superar a pandemia, bem como o acesso a todos os imunizantes disponíveis contra a doença. “Se nós não vacinarmos em massa a população brasileira, não sairemos dessa situação grave da pandemia. É importante que tenhamos acesso a todas as vacinas produzidas no mundo”, afirmou. “Em nome da Câmara, eu reafirmo este apelo, e que nós encontremos bilateralmente uma solução mais rápida para dar essa resposta ao povo brasileiro”, destacou.
Na carta, Lira lembra que a China é o maior parceiro comercial do Brasil e defende o diálogo para reforçar os laços entre os dois países e minimizar possíveis atritos diplomáticos.
Segundo Lira, os interesses das duas nações não podem ser afetados pelas “circunstâncias, pelas ideologias, pelos individualismos”. Mas apenas e tão somente pelo interesse nacional e pelo bem-estar dos dois povos, enfatizou.
“Faço esse apelo para que salvemos vidas de brasileiros – brasileiros que alimentam e salvam vidas de chineses com nossa produção agrícola. É com compreensão, diálogo e respeito, solidariedade mútua, que iremos reforçar cada vez mais nossos laços”, afirmou Lira.
Estreitamento de relações
Por meio de uma rede social, o embaixador Yang Wanming disse que a conversa com Lira foi uma enorme “alegria”.
“Trocámos opiniões sobre o intercâmbio entre os poderes legislativos, estreitamento das relações sino-brasileiras, sobretudo a parceria no combate à pandemia e cooperações pragmáticas”, escreveu.
Alegria enorme conversar de manhã hoje com o Presidente da Câmara dos Deputados Br @ArthurLira_. Trocámos opiniões sobre o intercâmbio entre os poderes legislativos, estreitamento das relações sino-brasileiras, sobretudo a parceria no combate à pandemia e cooperações pragmáticas.
— Yang Wanming (@WanmingYang) March 9, 2021
Edição: Nádia Franco


POLÍTICA NACIONAL
Proposta mantém condições do contrato de crédito rural em caso de prorrogação ou renegociação

O Projeto de Lei 4323/24, em análise na Câmara dos Deputados, determina que o alongamento ou a renegociação do crédito rural não mudará as condições inicialmente pactuadas pelo produtor e o banco (como juros e outros encargos), que devem ser mantidas.
O texto, que altera a Lei do Crédito Rural, também proíbe os bancos de converter o crédito rural em um título comum em caso de confissão de dívida.
Atualmente, o banco pode exigir que o produtor rural reconheça formalmente o débito para aceitar a renegociação. Nesses casos, é comum que a dívida seja transformada em uma dívida bancária comum, sujeita a encargos e condições diferentes das originalmente pactuadas.
Distorção
O deputado Evair Vieira de Melo (PP-ES), autor do projeto, afirma que essa prática, comum durante processos de prorrogação ou confissão de dívida, representa uma grave distorção do sistema de crédito rural.
“Essa conversão não apenas descaracteriza o financiamento original, mas também submete o produtor rural a condições financeiras substancialmente mais onerosas, frequentemente incompatíveis com a realidade econômica da atividade agropecuária”, disse Melo.
Próximos passos
O projeto será analisado em caráter conclusivo nas comissões de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural; Finanças e Tributação; e Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ). Para virar lei, a proposta precisa ser aprovada pela Câmara e pelo Senado.
Reportagem – Janary Júnior
Edição – Rachel Librelon
Fonte: Câmara dos Deputados
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