Pandemia
Fiocruz aponta alta de casos e óbitos por covid-19 em pacientes jovens
O Boletim do Observatório Fiocruz Covid-19 referente às semanas epidemiológicas 14 e 15, período de 4 a 17 de abril, constata que a doença tem infectado cada vez mais pessoas jovens, processo chamado pela Fiocruz de rejuvenescimento da pandemia.
A análise divulgada hoje (23) aponta que a faixa etária dos mais jovens, de 20 a 29 anos, foi a que registrou maior aumento no número de mortes por covid-19: 1.081,82%. Já nas idades de 40 a 49 anos, houve o maior crescimento do número de casos: 1.173,75%.
Nas semanas epidemiológicas 14 e 15, a quase totalidade dos estados apresentou estabilidade dos indicadores, com exceção de Roraima, onde foi verificada nova alta tanto no número de casos quanto de óbitos. No Amapá, houve pequena redução no número de casos.
Rio de Janeiro (8,3%), Paraná (6,2%), Distrito Federal (5,3%), Goiás (5,2%) e São Paulo (5,1%) apresentaram as maiores taxas de letalidade. De acordo com os pesquisadores, os valores elevados de letalidade revelam graves falhas no sistema de atenção e vigilância em saúde nesses estados, como a insuficiência de testes de diagnóstico, identificação de grupos vulneráveis e encaminhamento de doentes graves.
Taxas de mortalidade elevadas também foram verificadas nos estados de Rondônia, Espírito Santo, Rio Grande do Sul e Mato Grosso do Sul. Esse padrão mantém essas regiões como críticas para as próximas semanas, o que pode ser agravado pela saturação do sistema de saúde nesses estados.
As maiores taxas de incidência de covid-19 foram observadas nos estados de Rondônia, Amapá, Tocantins, Ceará, Minas Gerais, Espírito Santo, Mato Grosso do Sul e Mato Grosso, e no Distrito Federal.
UTI
Segundo a Fiocruz, as taxas de ocupação de leitos de unidades de Terapia Intensiva (UTIs) no SUS por pacientes adultos com covid-19 em diversos estados se mantêm, em geral, em níveis muito elevados. Dados de 19 de abril, em comparação aos do último dia 12, indicam a saída do Amapá de zona de alerta crítico para zona de alerta intermediário, na qual já se encontravam Amazonas, Maranhão e Paraíba. Exceto por Roraima, fora de zona de alerta, os demais estados e o Distrito Federal permaneceram em zona de alerta crítico.
Catorze estados e o Distrito Federal encontram-se com taxas de ocupação superiores a 90%: Rondônia (94%), Acre (94%), Tocantins (93%), Piauí (94%), Ceará (98%), Rio Grande do Norte (93%), Pernambuco (97%), Sergipe (97%), Espírito Santo (91%), Paraná (94%), Santa Catarina (97%), Mato Grosso do Sul (100%), Mato Grosso (96%), Goiás (90%) e Distrito Federal (98%).
SRAG
A análise constata que as incidências de Síndromes Respiratórias Agudas Graves (SRAG), outro indicador estratégico, se encontram em níveis de estabilidade em muitos estados ou em redução. No entanto, ainda estão em níveis muito altos. Cerca de 90% dos casos de SRAG são devido a infecções por Sars-CoV-2. De acordo com o estudo, os estados com níveis altos e estáveis de SRAG são principalmente das regiões Sul e Nordeste.
Edição: Denise Griesinger
SAÚDE
Dr. Zacharias Calil alerta sobre os perigos do crescimento da obesidade no Brasil
O cirurgião-pediátrico aponta ainda a urgência de se prevenir a obesidade nas escolas.
Referência em pediatria, o deputado federal Dr. Zacharias Calil (União – GO) destacou como “a cada dia que passa, a obesidade se torna uma doença associada a outras patologias, como diabetes tipo 2, a hipertensão arterial e alguns tipos de câncer” durante sua passagem pelo programa Participação Popular na TV Câmara, na segunda-feira (16).
Presidente da Frente Parlamentar Mista da Primeira Infância, Dr. Zacharias Calil aponta a urgência de se prevenir a obesidade nas escolas, já que, durante a infância, existe um grande consumo de alimentos ultraprocessados, com corantes e aromatizantes, além de um extenso uso de telas, como celulares, televisores e computadores.
A questão dos ultraprocessados foi trazida à atenção pela coordenadora da comissão de advocacy da Abeso (Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e Síndrome Metabólica), Maria Edna de Melo, que questionou o deputado quanto a sua posição pela taxação de alimentos ultraprocessados e in natura. Dr. Calil sugeriu a sobretaxa desses alimentos prejudiciais e ressaltou a importância dos alimentos in natura na infância, principalmente nas escolas, para prevenção da obesidade.
Parte da Comissão de Saúde da Câmara dos Deputados, o Dr. Zacharias Calil foi autor do Projeto de Lei 343/2023, que propõe a instalação de Centros de Referência Especializados no Atendimento Integral às Pessoas com Obesidade em todo Brasil. O médico é conhecido principalmente pela sua atuação em cirurgias complexas de separação de gêmeos siameses.
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