Economia

Usinas goianas conquistam certificação Halal

Açúcar Cristal Branco das unidades garantem espaço no mercado islâmico.

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A CRV Industrial e a Cooper-Rubi, usinas sucroenergéticas localizadas em cidades no Vale do Vale do São Patrício, receberam a certificação internacional Halal, que assegura que os produtos alimentícios foram produzidos de acordo com a jurisprudência islâmica, e, portanto, estão competentes a serem exportados para países muçulmanos.

Halal é uma palavra árabe que significa lícito, permitido. Mas também é um conceito que permeia a alimentação e o uso de produtos cosméticos e farmacêuticos por muçulmanos em todo o mundo.

Essa é a primeira vez que as unidades conquistam essa certificação que garante a exportação do alimento, no caso o açúcar cristal branco, para essas nações do mundo. As auditorias foram realizadas remotamente.

“Quando um alimento possui certificação Halal, consequentemente está atestado ter sido produzido em todas as suas etapas dentro das regras de religião. Além disso, os produtos certificados são mais seguros, já que a higiene e limpeza são pontos fundamentais durante todo o processo de certificação”, explica a engenheira de alimentos, Anna Flaviele.

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Vale evidenciar que dentre os documentos de exportação quando o destino é algum país islâmico, o certificado Halal é um dos mais importantes.  Essa representa uma chave de acesso a um mercado em ascendência, o mercado de consumo muçulmano, que atualmente conta com 1,9 bilhão de consumidores no mundo. E as estimativas para 2060 é que uma, em cada três pessoas, seja muçulmana.

 

No Brasil

Dados do último relatório global do estado da economia islâmica mostram que o Brasil é o maior exportador de comida Halal do mundo. Em 2019, por exemplo, o país exportou US$ 16,2 bilhões nesse tipo de produto, 12% a mais do que o segundo colocado, a Índia, que negociou US$ 4,4 bilhões. O país tem um nível elevado de credibilidade e tornou-se um dos países mais respeitados neste ramo.

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ECONOMIA

CRV Industrial aposta na meiose para otimizar o cultivo da cana e reduzir custos

Técnica amplia a produção, melhora a qualidade das mudas e favorece a sustentabilidade no campo

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CRV Industrial aposta na meiose para otimizar o cultivo da cana e reduzir custos. Fotos: CRV

A CRV Industrial, usina bioenergética localizada em Carmo do Rio Verde, está investindo no plantio por Meiose como uma estratégia para otimizar o cultivo da cana-de-açúcar. Esse método permite que parte da área seja plantada inicialmente para gerar mudas destinadas ao restante da lavoura, possibilitando o uso temporário da terra com outras culturas ou o pousio.

De acordo com o superintendente agrícola, Carlos Jordão, a técnica visa otimizar o plantio, reduzir custos e preservar a área de moagem. Como teste inicial, a empresa implantou 100 hectares com Meiose, que se transformarão em 900 hectares para atender à área planejada. Esse sistema também já está sendo utilizado na unidade da empresa em Minas Gerais.

Jordão destaca que as principais vantagens desse método incluem a redução de operações agrícolas, a diminuição de custos, maior flexibilidade na janela de plantio, viabilidade do plantio em períodos chuvosos, interrupção do ciclo de pragas, melhor qualidade das mudas, maior rendimento no corte e preservação da cana destinada à moagem. “Entretanto, desafios como a necessidade de mão de obra especializada e o manejo dos tratos culturais da linha-mãe ainda são pontos de atenção”, ressalta.

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Na CRV Industrial, o manejo da Meiose está sendo realizado com MPB (Mudas Pré-Brotadas), o que otimiza o processo e permite melhor aproveitamento da janela de plantio. A maior parte das mudas está sendo utilizada em plantios de um ano e meio, sendo metade mecanizada e metade por Meiose. Esse modelo contribui para a redução da área de mudas cortadas, pois uma única linha pode se desdobrar em oito a dez linhas.

A linha de Meiose exige um investimento maior devido à irrigação, com custo médio de R$ 17 mil por hectare. No entanto, a quebra da Meiose gera economias significativas em transporte e outros custos operacionais. “Quando se divide o custo total, o valor final fica em torno de R$ 11 mil por hectare. A ideia é expandir a técnica para uma área entre 2.500 e 3.000 hectares, economizando hectares de mudas e mantendo um custo competitivo em relação ao plantio mecanizado”, explica Carlos Jordão.

A CRV Industrial aposta nessa estratégia para aumentar a eficiência e a sustentabilidade na produção de cana-de-açúcar. Além da redução de custos, a possibilidade de plantar outras culturas entre as linhas da Meiose permite um melhor aproveitamento da terra e contribui para a melhoria do solo. O projeto reforça o compromisso da empresa com a inovação e a busca por soluções sustentáveis para o setor sucroenergético.

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