Opinião
Discriminação prejudica saúde de adolescentes
Um pouco de estresse faz bem e nossos corpos precisam dele. Em pessoas saudáveis, o cortisol é mais alto pela manhã, o que nos ajuda a sentir alerta e acordados. O cortisol cai gradualmente ao longo do dia, e essa inclinação é chamada de padrão diurno. Mas situações de estresse podem perturbar esse padrão e atenuar essa queda, de modo que o cortisol seja mais baixo pela manhã, mas não caia tanto ao longo do dia.
Cientistas da Escola de Cinesiologia da Universidade de Michigan, liderados por Rebecca E. Hasson, publicaram o estudo “Discriminação Racial e Desregulação do Eixo Hipotálamo-Hipófise- Adrenal em Adolescentes com Sobrepeso e Obesidade: O Contexto Importa?” na revista Psychosomatic Medicine confirmando o que outros cientistas já descobriram, que o estresse causado pela discriminação racial está relacionado a uma série de condições crônicas de saúde, e procurando determinar quais tipos de discriminação prejudicam mais.
Os cientistas entrevistaram cem adolescentes de 13 a 19 anos, que tinham obesidade ou sobrepeso (o foco da discriminação), sendo 49% negros não hispânicos e 65% meninas, sobre as experiências deles com discriminação.
O contexto da discriminação racial foi medido usando o Índice de Angústia por Discriminação Auto Relatado. E mediram o cortisol (hormônio do estresse) da saliva cinco vezes por dia durante três dias para traçar a curva. Dezesseis modelos separados de regressão linear multivariável foram realizados para analisar a relação entre discriminação racial e padrões diurnos de cortisol.
Um pouco de estresse faz bem e nossos corpos precisam dele. Em pessoas saudáveis, o cortisol é mais alto pela manhã, o que nos ajuda a sentir alerta e acordados. O cortisol cai gradualmente ao longo do dia, e essa inclinação é chamada de padrão diurno. Mas situações de estresse podem perturbar esse padrão e atenuar essa queda, de modo que o cortisol seja mais baixo pela manhã, mas não caia tanto ao longo do dia.
A pesquisa revelou que os adolescentes que sofreram discriminação tinham níveis não saudáveis do cortisol, circulando em seus corpos ao longo do dia. Perturbações nos padrões de cortisol está conectado a muitas condições crônicas de saúde, como o aumento das taxas de obesidade, risco de diabetes tipo 2, ansiedade e depressão, e quase toda doença crônica.
No geral, 69% dos participantes relataram exposição a, pelo menos, um tipo de discriminação racial (34% tiveram um tipo, 16% dois tipos e 19% três tipos). E 57% dos adolescentes negros relataram discriminação racial institucional em comparação com 27% dos adolescentes brancos, e quase três vezes mais estresse percebido devido a essa exposição. Adolescentes negros relataram aproximadamente o dobro do estresse percebido devido à discriminação cumulativa e educacional em comparação com adolescentes brancos.
Uma conclusão realmente importante é que a discriminação racial é prejudicial para todos. É preciso criar programas que despertem a humanidade de todos. Os cientistas do laboratório desenvolveram um programa de atividade física para casa e sala de aula, nomeando-o InPACT – Interrompendo o Tempo Prolongado de ficar Sentado, para proporcionar às crianças intervalos de atividade ao longo do dia.
Pesquisadores esperam que os exercícios ajudem a combater os efeitos negativos do estresse e da discriminação racial, e de fomentar os relacionamentos positivos entre colegas para desencorajar o racismo. Um exemplo a ser imitado também em nosso país.
Mario Eugenio Saturno (fb.com/Mario.Eugenio.Saturno) é Tecnologista Sênior do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e congregado mariano
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ARTIGO
Projetos de Michigan para o Brasil
A vila tem cerca de 30 famílias e 120 pessoas, todos nativos amazônicos que vivem na região de forma subsistente. Construída sobre palafitas, só é acessível por barco. Os moradores dedicam-se principalmente à pesca e à agricultura em pequena escala para o próprio sustento.
A Universidade de Michigan divulgou dias atrás um relato do que seus estudantes estão fazendo em regiões isoladas do Brasil. São alunos do Pantanal Partnership, um clube estudantil da universidade.
Por várias semanas, esses estudantes de engenharia trabalharam com comunidades rurais em busca de soluções que melhorem suas vidas, como levar energia às escolas e projetar incineradores inovadores. Esses esforços têm como objetivo promover o ecoturismo.
Desde 2004, Ethan Shirley vive e trabalha, em alguns períodos do ano, em áreas naturais do Brasil. Em 2009, ele e outra ex-aluna, Julie Bateman, fundaram o Pantanal Partnership, que, desde então, trouxe 110 estudantes para o país.
E o primeiro destino dos estudantes neste ano foi a Reserva de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá, localizada a cerca de 600 km a oeste de Manaus, na confluência dos rios Solimões e Japurá. Nesta reserva vive um macaco uacari típico desta região, com um rosto vermelho brilhante que pode ser visto de longe, cauda curta, pelos brancos e comportamento tímido, esses grandes macacos atraem turistas do mundo todo.
Atualmente, a maioria dos alunos do Pantanal Partnership é da Escola de Engenharia. Eles têm experiência com a parte teórica, robôs complexos e métodos de fabricação para construir protótipos de última geração lá nos Estados Unidos. No Brasil, o objetivo é sempre encontrar projetos viáveis para as comunidades.
Na Escola Primária da Vila Boca do Mamirauá, os estudantes são dispensados duas horas mais cedo, por volta das 10h30 por causa do calor, pois as salas de aula com paredes de tábua de madeira ficam muito quentes, de 25 °C a 35 °C, e com alta umidade, muitas vezes excedendo 80%, o que pode tornar a sensação de calor ainda mais alta.
A vila tem cerca de 30 famílias e 120 pessoas, todos nativos amazônicos que vivem na região de forma subsistente. Construída sobre palafitas, só é acessível por barco. Os moradores dedicam-se principalmente à pesca e à agricultura em pequena escala para o próprio sustento.
No ano passado, os estudantes de mestrado instalaram painéis solares no alojamento comunitário, ao lado da escola. Agora, trabalham com os habitantes locais para conectar a escola a painéis solares para uso diurno de luz, com ventiladores e bebedouros.
A próxima parada foi o Pantanal, em Poconé. Após um ano de planejamento e testes, construíram um incinerador em Poconé para eliminar de forma eficiente os resíduos sólidos. As comunidades queimam seu lixo em grandes fogueiras abertas, com um alto risco de propagação de incêndios florestais e problemas de saúde decorrentes dessas queimadas, os incineradores de barril metálicos restringem a propagação das cinzas, oferecendo uma solução para as comunidades.
Outro projeto com painéis solares foi feito na Vila Aterradinho, também no estado de Mato Grosso. O grupo planejou instalar um sistema de energia solar em uma escola indígena rural e também a rede de internet Starlink.
Essas iniciativas ajudam a prevenir o êxodo rural e dar autonomia às pessoas em áreas que possam proteger melhor a natureza ao seu redor.
Mario Eugenio Saturno (fb.com/Mario.Eugenio.Saturno) é Professor Assistente da Escola de Teologia para Leigos São José de Anchieta da Diocese de Caraguatatuba, Tecnologista Sênior do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e congregado mariano
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