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Jataí Agroindústria de Biocombustíveis inicia operações após quase uma década de paralisação

Funcionamento e repercussões na economia serão detalhados durante café da manhã com a imprensa, nesta terça-feira, 1º de outubro.

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Jataí Agroindústria de Biocombustíveis. Foto: Divulgação

O município de Jataí celebra uma importante conquista com o início das operações da Jataí Agroindústria de Biocombustíveis Ltda., um projeto que estava parado há quase 10 anos. As atividades da nova indústria já geram 500 empregos diretos e indiretos, com previsão de movimentar R$ 28 milhões mensais. Com capacidade para processar 500 toneladas de milho por dia, a planta tem capacidade de produzir 210 mil litros de etanol, 125 toneladas de DDG (subproduto para ração animal), 7.500 kg de óleo de milho e 50 mil litros de xarope de vinhaça diariamente.

A presença dessa indústria é estratégica para a economia local, especialmente por agregar valor à produção de milho. Jataí é uma das cidades com maior produção de milho do estado de Goiás e do Brasil. O processamento desse grão pela Jataí Agroindústria de Biocombustíveis, além de gerar empregos diretos, aumenta a arrecadação de impostos, permitindo mais investimentos em saúde, educação e infraestrutura. Isso mostra como a transformação do milho em produtos de maior valor agregado, como etanol e ração animal, pode impulsionar o desenvolvimento econômico e social da cidade e região.

Engenheiro responsável pelo projeto, Vital Nogueira que uma vantagem dessa planta industrial é a capacidade para esmagar milho e sorgo. “Goiás planta muito sorgo granífero, que é utilizado para alimentação animal. Então você pode moer ambas as culturas, fazendo com que os dois produtos gerem uma ração aí de alto valor proteico também”, explica.

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Outra vantagem é a capacidade para aumentar a produção. Ainda de acordo com Vital Giacomini, a previsão é dobrar a capacidade produtiva, o que dá a oportunidade para os produtores de Jataí venderem seu milho para que seja industrializado na própria cidade. Os benefícios se estendem ainda para a pecuária local com fornecimento da ração de alto valor proteico, o DDG. “É uma planta que só vem somar dentro do município, vai fazer com que o produto plantado e colhido em Jatai seja industrializado aqui na cidade”, comemora

Sustentabilidade

A operação da nova indústria também vai atingir pelo menos três cadeias produtivas renováveis: a biomassa, oriunda do eucalipto; a indústria do etanol e a indústria de rações agropecuárias.  Para gerar o menor impacto ambiental, a planta industrial foi desenvolvida sob critérios ambientalmente corretos, sem a geração de nenhum resíduo, tampouco efluente, com processos de transformação e aproveitamento de 100% da matéria-prima. Ou seja, tudo que se transforma na indústria se utiliza dentro do processo, gerando etanol, ração animal, óleo e xarope da vinhaça de milho, utilizados na indústria de ração animal.

Uma década de perseverança

Propriedade do empresário Walter Giacomini, a indústria enfrentou por dez anos obstáculos burocráticos e falta de apoio político para obter as certificações necessárias para o funcionamento. A reviravolta aconteceu em agosto de 2024, quando o vice-prefeito de Jataí, Geneilton Assis, juntamente com o senador Wilder Morais, assumiu a frente das negociações em Brasília. Após várias negociações, o documento final foi liberado no dia 27 de setembro de 2024, viabilizando o início das atividades da indústria.

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“Este é um exemplo de como empresários corajosos e uma política voltada ao desenvolvimento econômico podem transformar uma região”, afirmou Geneilton Assis. “A arrecadação gerada por essa indústria será revertida em benefícios diretos para a população, como investimentos na saúde, educação e infraestrutura”, completou.

O sucesso da empreitada é um marco para Jataí, que agora se posiciona como um polo importante para a produção de biocombustíveis no estado de Goiás, mostrando que, com foco e parceria entre setor privado e público, é possível promover o desenvolvimento sustentável e a geração de empregos.

Serviço

Evento: Café da manhã com a imprensa

Data: 1º de outubro de 2024

Local:  Jataí Agroindústria de Biocombustíveis Ltda. – Distrito Agroindustrial de Jataí-GO

Horário: 8h30

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Agronegócio

Cooperativismo agrícola ganha destaque como motor de desenvolvimento sustentável e social

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O cooperativismo no Brasil e no mundo exerce um papel cada vez mais relevante, especialmente no contexto agrícola. De acordo com a Organização das Cooperativas do Brasil (OCB), o país conta com mais de 4.500 cooperativas, das quais 71,2% são voltadas à agricultura familiar, um setor essencial para a produção de alimentos.

No âmbito global, existem mais de três milhões de cooperativas com cerca de um bilhão de membros, representando 12% da população mundial. Esse movimento tem sido destacado como um fator chave para o desenvolvimento social e econômico, especialmente em eventos de grande relevância, como a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2024 (COP29), que termina amanhã (22.11) em Baku, Azerbaijão.

De acordo com o Anuário do Cooperativismo Brasileiro, existiam em 2023, um total de 4.693 cooperativas no Brasil:

1185 do Setor Agropecuário
235 do Setor de Consumo
728 do Setor de Crédito
284 do Setor de Infraestrutura
720 do Setor de Saúde
655 do Setor de Trabalho, Produção de Bens e Serviços
886 do Setor de Transporte

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As cooperativas Agropecuárias possuem mais de 1 milhão de cooperados e representam uma força significativa na produção e comercialização de alimentos e matérias-primas.

O cooperativismo no setor agrícola vai além da produção de alimentos e da geração de lucro. Ele se transforma em uma ferramenta poderosa de desenvolvimento sustentável, proporcionando vantagens econômicas tanto para o agricultor quanto para o meio ambiente.

As 10 maiores e quanto faturaram segundo dados da Forbes Agro100 2023:

  • COAMO – R$ 26,07 bilhões
  • C. VALE – R$ 22,44 bilhões
  • LAR COOPERATIVA – R$ 21,07 bilhões
  • COMIGO – R$ 15,32 bilhões
  • COCAMAR – R$ 10,32 bilhões
  • COOXUPÉ – R$ 10,11 bilhões
  • COPERCITRUS – R$ 9,03 bilhões
  • COOPERALFA – R$ 8,41 bilhões
  • INTEGRADA COOPERATIVAS – R$ 8,32 bilhões
  • FRÍSIA Agroindustrial – R$ 7,06 bilhões

Matheus Kfouri Marinho, presidente do Conselho de Administração da Coopercitrus, destacou em seu discurso na COP29 que a adoção de práticas sustentáveis, como a integração lavoura-pecuária-floresta e o uso de tecnologias de precisão, gera economia para os produtores e, ao mesmo tempo, reduz o impacto ambiental. Essa visão inovadora evidencia o potencial do cooperativismo como um catalisador de práticas agrícolas mais responsáveis.

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A importância do cooperativismo no Brasil é ainda mais evidente, considerando que ele representa mais de um milhão de produtores rurais. Como explicou Eduardo Queiroz, coordenador de Relações Governamentais do Sistema OCB, as cooperativas têm uma presença vital no cotidiano dos brasileiros, sendo responsáveis por metade dos alimentos consumidos no país, desde o café até a carne.

Além disso, as cooperativas facilitam a comunicação direta com o produtor rural, permitindo discussões sobre sustentabilidade e práticas agrícolas mais eficazes. Exemplos como o da Cooxupé, que oferece educação ambiental e muda para a preservação do meio ambiente, e o projeto Gerações, que busca promover melhorias nas propriedades rurais, reforçam o papel fundamental das cooperativas no desenvolvimento de uma agricultura mais sustentável e socialmente responsável.

Fonte: Pensar Agro

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