Opinião
Principais aptidões para ter êxito como empreendedor
Gosto de reforçar que toda empresa tem seus desafios sejam eles com colaboradores, fornecedores e clientes. Ser líder é ser o “resolvedor” desses problemas. Logo, busque desenvolver habilidades que te auxiliem na resolução prática desses desafios. Lembre-se de que obstáculos sempre vão existir, em qualquer área, mas estar aberto a aprender ajuda a aprimorar certas competências e encontrar soluções.
É muito importante que os empreendedores e gestores expandam sua visão para enxergar de maneira mais ampla a empresa e assim conseguir acelerar o desenvolvimento e sucesso do seu negócio. Mas como desenvolver essa habilidade? Seria algo treinável? A resposta é sim. Para isso, é importante aperfeiçoar determinadas competências.
A primeira dessas aptidões está ligada ao comportamento. Um gestor deve ser disciplinado, ao mesmo tempo leve. Lembre-se de que só conseguimos dar o que temos, cuidando da saúde física e emocional. Tenha momentos de prazer e não esqueça de rir. Faça uma autoanálise, anote e perceba o quanto está empenhado em alcançar seus objetivos e determine prazos que possa cumprir para cada um deles, com entusiasmo e um propósito genuíno. Em resumo, tenha rotina, metas e foco bem definidos.
Gosto de reforçar que toda empresa tem seus desafios sejam eles com colaboradores, fornecedores e clientes. Ser líder é ser o “resolvedor” desses problemas. Logo, busque desenvolver habilidades que te auxiliem na resolução prática desses desafios. Lembre-se de que obstáculos sempre vão existir, em qualquer área, mas estar aberto a aprender ajuda a aprimorar certas competências e encontrar soluções.
Outra aptidão a ser desenvolvida é treinar o olhar crítico. Saber identificar os problemas e conseguir transformá-los em oportunidades. Isso ajuda a não focar apenas nas dificuldades e, sim, no que precisa da sua atenção. Além de aprender a lidar com as adversidades, busque também avaliar fraquezas e ameaças que possam atrapalhar o trabalho. Dessa forma, você consegue mapear possíveis riscos e prever, além de prevenir algo de ruim ou ainda evitar que determinada situação piore.
Para ter sucesso no seu time, coloque pessoas certas nos lugares certos, além de identificar as erradas que precisam sair. Para isso, crie uma cultura empresarial, dando pertencimento, envolvendo e dividindo com seu time. Desenvolva habilidades internas focando num ponto fundamental do negócio, as pessoas. Pessoas com talento e motivação trabalham de maneira mais focada. Faça uma seleção minuciosa de quem entrará para a sua equipe.
Por último e não menos importante, desenvolva a resiliência. Crie a habilidade de não desistir, apesar das dificuldades. A grande diferença entre um gestor comum e um empreendedor de sucesso é que ele não desiste quando o problema fica maior e quando existem mais cobranças.
O empreendedor de sucesso simplesmente resolve a situação e continua a batalha. Portanto, treine sua mente e aprimore suas habilidades. Mantenha-se firme e entenda que o sucesso é superar todas as barreiras com a cabeça erguida. Continue acreditando e se esforçando que a recompensa virá.
Leonardo Chucrute é CEO do Zerohum, mentor de empresários, palestrante e autor de livros didáticos
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ARTIGO
PEC 6X1: oportunidade para o debate franco acerca da legislação trabalhista
A baixa produtividade nacional está também associada a uma qualidade educacional deficiente, fator que dificulta a implementação de uma jornada reduzida sem impacto negativo na produção. O recente relatório da McKinsey sobre o futuro do trabalho destaca que, para competir em um mercado global, é necessário cultivar habilidades de criatividade, autoaprendizado e flexibilidade. O Brasil, com uma educação pública ainda deficiente, precisaria investir significativamente nesses aspectos para que seus trabalhadores pudessem se beneficiar plenamente de uma jornada reduzida e competir em uma economia mundial em transformação.
A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 6X1, de autoria da deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP), tem como objetivo a redução da jornada de trabalho de 44 para 36 horas semanais, mantendo os salários e reorganizando a carga semanal em até quatro dias. Essa proposta vem ao encontro de tendências globais, onde o debate sobre a jornada de trabalho e sua adaptação aos novos tempos — especialmente com o avanço da tecnologia e da inteligência artificial — tem ganhado força.
A PEC 6×1, inspirada pelo Movimento Vida Além do Trabalho (VAT), idealizado pelo vereador Rick Azevedo (PSOL-RJ), pode ser vista como um ponto de partida para uma análise mais profunda sobre o sistema trabalhista brasileiro e suas limitações, tanto para trabalhadores quanto para empregadores.
A questão da jornada de trabalho reduzida é sustentada por um contexto de aumento da produtividade, impulsionado pelas inovações tecnológicas. Essas inovações permitiram que, em alguns setores, menos horas de trabalho resultassem em níveis de produção iguais ou superiores aos modelos tradicionais. No entanto, a discussão sobre a redução da jornada de trabalho não se limita aos ganhos de produtividade. Ela também envolve uma série de outros fatores, como qualidade de vida, saúde mental, e até mesmo a busca por um equilíbrio entre vida pessoal e profissional.
Em termos práticos, a PEC 6X1 procura responder à demanda por uma jornada de trabalho que promova o bem-estar dos trabalhadores sem sacrificar o desempenho econômico. Entretanto, há obstáculos no que diz respeito à aplicabilidade da medida no contexto brasileiro. O arcabouço jurídico trabalhista do país, com regulamentações amplas, visa proteger o trabalhador, mas frequentemente é apontado como um fator que engessa a iniciativa privada e dificulta a criação de empregos.
A complexidade e os custos associados ao cumprimento das leis trabalhistas brasileiras muitas vezes desestimulam empresários, especialmente os pequenos e médios, de contratar formalmente. O excesso regulatório pode ser, em parte, responsável pela baixa produtividade e pela informalidade ainda presente no mercado de trabalho brasileiro.
Além disso, o Brasil já enfrenta desafios específicos em relação ao mercado de trabalho, como a escassez de mão de obra em algumas regiões e o aumento da informalidade. Há também uma pressão social crescente para ajustar programas de assistência, como o Bolsa Família, para que realmente sirvam como apoio temporário, incentivando a entrada no mercado de trabalho. Isso alinha-se à célebre frase do ex-presidente americano Ronald Reagan, para quem “o melhor programa social é o emprego”. Nesse sentido, um mercado de trabalho desburocratizado e uma política de assistência social orientada para a autonomia individual poderiam ser fundamentais para garantir uma economia mais forte e inclusiva.
A baixa produtividade nacional está também associada a uma qualidade educacional deficiente, fator que dificulta a implementação de uma jornada reduzida sem impacto negativo na produção. O recente relatório da McKinsey sobre o futuro do trabalho destaca que, para competir em um mercado global, é necessário cultivar habilidades de criatividade, autoaprendizado e flexibilidade. O Brasil, com uma educação pública ainda deficiente, precisaria investir significativamente nesses aspectos para que seus trabalhadores pudessem se beneficiar plenamente de uma jornada reduzida e competir em uma economia mundial em transformação.
A PEC 6X1, assim, abre uma oportunidade rara para rever os princípios que sustentam o sistema trabalhista brasileiro e questionar se esse modelo atende às necessidades contemporâneas de um mundo em rápida mudança. Trata-se de uma chance para empreender uma reforma que, ao mesmo tempo que preserva a dignidade dos trabalhadores, valorize a iniciativa privada e encoraje a criação de empregos de qualidade. Como se diz, “quando o cavalo selado passa, é hora de pular e aproveitar a chance”.
André Naves é Defensor Público Federal formado em Direito pela USP; especialista em Direitos Humanos e Inclusão Social; mestre em Economia Política pela PUC/SP; cientista político pela Hillsdale College; doutor em Economia pela Princeton University; escritor e professor (Instagram: @andrenaves.def).
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