Brasil amplia presença no mercado global de orgânicos no SIAL Paris 2024

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O Brasil reforçou sua presença no mercado internacional de produtos orgânicos ao participar do Salon International de l’Alimentation (Salão Internacional de Alimentação), aberto em Paris  neste domingo (20.10), uma das maiores feiras de alimentos e bebidas do mundo.

Com 18 empresas de orgânicos e outras 96 companhias brasileiras, o país busca aumentar sua visibilidade e fortalecer suas exportações no setor de alimentos sustentáveis, especialmente para a Europa, onde a demanda por produtos orgânicos está em alta.

Entre os destaques estão a Amazon Açaí, do Pará, que apresentou produtos à base de açaí, e a Itajá Organic Sugar, de Goiás, que já exporta açúcar orgânico para mais de 20 países e visa expandir ainda mais sua presença global. Esses produtores têm aproveitado o crescente interesse por alimentos de origem comprovada e fora de áreas de desmatamento, uma tendência cada vez mais forte nos mercados europeus.

Segundo a Associação de Promoção dos Orgânicos (Organis), o consumo de produtos orgânicos no Brasil cresceu 16% entre 2021 e 2023. Na Europa, países como Suíça, Alemanha e França lideram a demanda por esses alimentos, o que abre novas oportunidades para produtores brasileiros. A participação em eventos internacionais, como a SIAL Paris e a Biofach, tem sido fundamental para consolidar o Brasil como um dos principais fornecedores de orgânicos no cenário global.

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A Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil), que coordena a presença brasileira no evento, destacou a importância da feira para impulsionar os negócios e a imagem do Brasil como fornecedor de alimentos sustentáveis. Em edições anteriores, como a Biofach 2024, realizada em fevereiro na Alemanha, empresas brasileiras geraram milhões de dólares em negócios, e a expectativa é que a SIAL Paris mantenha esse ritmo de crescimento.

Atualmente, o Brasil conta com 26 mil produtores de orgânicos registrados no Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA), abrangendo desde a produção primária até o processamento de alimentos. A rastreabilidade e a sustentabilidade desses produtos são fatores que têm conquistado cada vez mais a confiança dos consumidores internacionais.

Fonte: Pensar Agro

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Agronegócio

Cooperativismo agrícola ganha destaque como motor de desenvolvimento sustentável e social

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O cooperativismo no Brasil e no mundo exerce um papel cada vez mais relevante, especialmente no contexto agrícola. De acordo com a Organização das Cooperativas do Brasil (OCB), o país conta com mais de 4.500 cooperativas, das quais 71,2% são voltadas à agricultura familiar, um setor essencial para a produção de alimentos.

No âmbito global, existem mais de três milhões de cooperativas com cerca de um bilhão de membros, representando 12% da população mundial. Esse movimento tem sido destacado como um fator chave para o desenvolvimento social e econômico, especialmente em eventos de grande relevância, como a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2024 (COP29), que termina amanhã (22.11) em Baku, Azerbaijão.

De acordo com o Anuário do Cooperativismo Brasileiro, existiam em 2023, um total de 4.693 cooperativas no Brasil:

1185 do Setor Agropecuário
235 do Setor de Consumo
728 do Setor de Crédito
284 do Setor de Infraestrutura
720 do Setor de Saúde
655 do Setor de Trabalho, Produção de Bens e Serviços
886 do Setor de Transporte

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As cooperativas Agropecuárias possuem mais de 1 milhão de cooperados e representam uma força significativa na produção e comercialização de alimentos e matérias-primas.

O cooperativismo no setor agrícola vai além da produção de alimentos e da geração de lucro. Ele se transforma em uma ferramenta poderosa de desenvolvimento sustentável, proporcionando vantagens econômicas tanto para o agricultor quanto para o meio ambiente.

As 10 maiores e quanto faturaram segundo dados da Forbes Agro100 2023:

  • COAMO – R$ 26,07 bilhões
  • C. VALE – R$ 22,44 bilhões
  • LAR COOPERATIVA – R$ 21,07 bilhões
  • COMIGO – R$ 15,32 bilhões
  • COCAMAR – R$ 10,32 bilhões
  • COOXUPÉ – R$ 10,11 bilhões
  • COPERCITRUS – R$ 9,03 bilhões
  • COOPERALFA – R$ 8,41 bilhões
  • INTEGRADA COOPERATIVAS – R$ 8,32 bilhões
  • FRÍSIA Agroindustrial – R$ 7,06 bilhões

Matheus Kfouri Marinho, presidente do Conselho de Administração da Coopercitrus, destacou em seu discurso na COP29 que a adoção de práticas sustentáveis, como a integração lavoura-pecuária-floresta e o uso de tecnologias de precisão, gera economia para os produtores e, ao mesmo tempo, reduz o impacto ambiental. Essa visão inovadora evidencia o potencial do cooperativismo como um catalisador de práticas agrícolas mais responsáveis.

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A importância do cooperativismo no Brasil é ainda mais evidente, considerando que ele representa mais de um milhão de produtores rurais. Como explicou Eduardo Queiroz, coordenador de Relações Governamentais do Sistema OCB, as cooperativas têm uma presença vital no cotidiano dos brasileiros, sendo responsáveis por metade dos alimentos consumidos no país, desde o café até a carne.

Além disso, as cooperativas facilitam a comunicação direta com o produtor rural, permitindo discussões sobre sustentabilidade e práticas agrícolas mais eficazes. Exemplos como o da Cooxupé, que oferece educação ambiental e muda para a preservação do meio ambiente, e o projeto Gerações, que busca promover melhorias nas propriedades rurais, reforçam o papel fundamental das cooperativas no desenvolvimento de uma agricultura mais sustentável e socialmente responsável.

Fonte: Pensar Agro

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